O Golpe

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Capítulo 4: O Golpe

Marco Romano

Acendi o cigarro e dei uma tragada. Guardei o ar nos pulmões durante algum tempo, e deixei a fumaça escapar pelo nariz e pela boca. Eu estava pouco f0dendo para o choro do homem sendo torturado no galpão. Eu já estava acostumado com aquele tipo de súplica. Primeiro vinha a barganha, um homem quando sente que está prestes a morrer promete mundos e fundos a seu algoz, o filho da pu.ta é capaz de vender a própria mãe para tentar fazer a for parar. E meu objetivo é fazer com que a dor que ele está sentindo seja prolongada ao máximo.

Jamais me envolvo nessas vinganças, meu negócio é outro, traficar armas e drogas, nada mais nada menos. Abri essa excessão por Morena.

"- Por favor Marco, você precisa achar esse infeliz."

Lembro de Morena e como ela ficara abalada com a visita daquela senhora.

"- O nome da menina era Valentina.- Ela apela para meu ponto fraco. Catarina sabe como sou doido por Bella Valentina.

- E se fosse a nossa Valentina? "

Olho ao redor do galpão abandonado, nenhuma viva alma. É melhor assim.

Empurro a porta de madeira e me deparo com Santoro e Nick amordaçando o homem. A palha seca no chão do lugar estala debaixo de minhas botinas assim que chego mais perto da cadeira onde o filho da pu.ta está amarrado.

- Podem ir lá pra fora e cuidem para que ninguém se aproxime. Eu assumo a partir daqui.

Eles balançam a cabeça e secam as mãos manchadas de san.gue num lenço escuro que tiram de dentro do bolso da jaqueta.

- Claro chefe. – Santoro responde antes de sair.

Eu me abaixo para encarar o cara de perto. Olho no olho. Reconheço o medo no seu olhar. Tiro o pano sujo que o impede de gritar.

- Eu tenho dinheiro. Pelo amor de Deus. Eu juro que sumo e vocês nunca mais vão me ver.

Tiro o cigarro da boca e solto a fumaça pelo boca.

- Acha que é por dinheiro? – Apago meu cigarro no corte logo acima da sobrancelha ferida.

Ele berra.

- Lembra do nome da menina que você estuprou e esquartejou?

Ele arregala os olhos pretos e suplica.

- Você pegou o cara errado. Por favor me deixe ir.

Balanço a cabeça e nego.

- Não. – Tiro a faca que carrego na jaqueta. – O nome dela era Valentina.

Ele chora e se desespera, quando uso a lâmina para rasgar sua calça.

- Há um ano atrás minha mulher pediu que eu encontrasse o animal que tirou a vida daquela menina.

- Por favor, você pegou o cara erra – Não deixo que ele termine de falar e volto a amordaçá-lo.

- Eu ainda não terminei de falar! – rosno. – Não posso deixar um homem como você andando por aí.

Minha lâmina afiada agora abre um talho na cueca dele e ele se mija de medo.

Ele grunhe de medo.

- Tenho que pensar na segurança dos meus filhos. – Explico pousando a ponta da faca nas bolas dele. – Não se pode mudar um homem podre como você.

Coloco mais força na faca e rasgo as bolas dele. O san.gue escorre pela cadeira e ele se debate de dor.

- Você está san.grando bastante. – Dou uma risada. – Não queremos que uma hemorragia o mate, não é mesmo? Até porque isso seria muito rápido, e graça teria?

Até que a Morte nos Separe Série Italianos Vol 3 DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora