A lenda de Hiphtusi

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- PARTE I -

Joel Garcia da Costa

JoeFather

Prefácio

A lenda de Hiphitusi foi escrita de 18 de dezembro de 2009 a 30 de janeiro de 2010, em exatos 30 dias de trabalho dentro deste período, sendo um capítulo por dia, num desafio que propus a mim mesmo.

Essa 1ª Parte, contém os dez primeiros capítulos, teremos mais duas partes com a mesma quantidade de capítulos cada, o que pretendo divulgar nas próximas edições da Mostra ECOS.

O grande objetivo dessa história era dar detalhes da origem de um personagem que criei no meu conto Jonas, escrito no ano de 2000, que se encontra publicado na Mostra ECOS 7 e 8. Sinceramente, acredito que a história superou seu objetivo inicial, pois trouxe, além da explicação que eu buscava fazer, muitos outros desafios, pois tive que fazer um bom estudo para poder dar toda a lógica que a história necessitava, principalmente num tema que tenho uma dificuldade imensa: geografia!

Dedico essa história para todos os sonhadores do mundo, que assim como eu, ousam buscar explicação para o inexplicável...

Se eu encontrei a explicação que eu buscava?

Duvido muito, afinal, ela é inexplicável!

Joel Garcia da Costa

13 de dezembro de 2016.


1. Um homem no deserto


O sol já ia alto quando ele acordou.

Olhou em volta e somente a areia seca do deserto o cercava.

Por sorte encontrara um dia antes algumas árvores que geravam boas sombras, onde pôde descansar um pouco. Só que o seu sono estava atrasado e dormira profundamente até a manhã quente do dia seguinte.

Estava exausto!

Procurou na mochila algo para comer e só achou um pedaço de pão velho. Teria que servir, pois não tinha outra opção.

Precisava encontrar algum lugar onde houvesse comida ou estaria morto em poucos dias. A água do cantil indicava também que estava no fim.

Um leve desespero tomou conta dele, mas nada comparado ao que sentira antes, ao iniciar esta tarefa que aceitara de bom grado.

Foram meses antes e não havia sinal de arrependimento no semblante do agora homem do deserto. Somente se notava nele uma determinação incrível, digna dos grandes conquistadores do passado.

E não é que esse era o objetivo de tudo pelo que estava passando!

Só que o prêmio não seria nenhum tipo de riqueza interminável. Se alcançasse seu objetivo receberia um grande amor como troféu. Seu único amor, sua maior motivação.

Após preparar o camelo para continuar seu caminho rumo ao desconhecido, pôs-se a estudar um grande mapa que trazia consigo num canudo preso aos equipamentos. Pelo mapa estava perto, mas o deserto era ardiloso ao extremo e perdera a última noite dormindo enquanto deveria estar se orientando pelas estrelas.

Este mapa fora, de certa forma, sua primeira conquista, quando aceitara o desafio, se é mesmo que se podia chamar assim sua longa tarefa. Foi mais uma imposição louca de um ser mais louco ainda: Kedaf.

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