De Repente | Visão de Caio

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Bem, aquele assunto de "namoradinha" me deixou bem bolado.

Quando fui me encontrar com ela, estava tudo perfeito, a Natália havia se tornado minha amiga, o dia estava ensolarado e o som dos pássaros nunca tinham sido tão melódicos sem a companhia dela, pelo menos para mim. O vento passava como se fosse só um detalhe, apesar de forte, por conta dela. Sim, eu realmente estava apaixonado. Mas convenhamos : ela era linda. Nós conversamos sobre livros, sobre a vida, sobre amizades. Eu entendi o porquê dela estar chorando com tamanha fúria no dia anterior. Aquele cara, que ela havia namorado, realmente era um bosta... Mas ela admitiu que ainda gostava dele, e isso me fez sentir um pouco mal. Mas, bem, ela tinha acabado de terminar com ele, então havia esperanças de que ela o esquecesse. Depois de comer e conversar, nós saímos da cafeteria rumo à casa da Natália, sem conversar muito, só quando chegamos lá, já que ela queria me agradecer por tê-la acompanhado até lá.

--- Hum... Brigada por vir até aqui comigo, hoje, tirando a parte em que fomos sequestrados, foi muito legal --- A Natália disse, balançando um pouco os pés.

--- Bom, eu que tenho que agradecer, se não fosse por você nós estaríamos mortos... --- Eu falei, um pouco nervoso. Ela foi genial ao pensar naquela alternativa de fugir do armazém, eu não conseguiria alcançar as armas, e muito menos me soltar, e provavelmente só pensaria naquela ideia depois de morto.

--- Você quer entrar? Eu tenho café, posso preparar um pouco pra gente --- Ela disse. Senti ficar um pouco corado, mas acenei um "sim" e entrei, seguindo ela.

A casa dela era incrível quase tanto quanto ela. Na entrada, havia um jardim cheio de jasmins e orquídeas, que perfumavam tudo que havia quando o vento nelas batia. A casa em si parecia as casas dos filmes do Hollywood : Havia o telhado, o piso e os detalhes das janelas e rodapés brancos, e a casa era um azul claro e fechado. Tinha dois andares, e, bem, isso significava que a casa era bem grande. Nós entramos, e fomos passando de cômodo em cômodo.

 Nós entramos, e fomos passando de cômodo em cômodo

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Imagem acima da sala da casa da Natália.

Nós paramos no quarto dela e entramos, e continuamos a conversar sem parar, talvez nós estivéssemos conversando durante horas, mas eu não me importava, na verdade me alegrava. Então, ela resolveu buscar o café que havia prometido trazer. Bem, resolvi observar os detalhes do quarto dela, que ficava no segundo andar : A cama dela ficava de na parede de uma janela que dava para o quintal, para ser mais exato para a parte das jasmins ( sim, dava para sentir o cheiro dali de cima ). Ela disse que essa era sua flor favorita, então os seus pais decoraram o quintal com elas e com orquídeas, as flores favoritas da sua irmã mais velha, que estava na Espanha fazendo faculdade. Ela usava a cabeceira da sua cama para por coisas, além do criado-mudo ao lado da cama dela, que tinha uma planta grande e várias outras coisas. Do outro lado da cama também havia outra planta, era impressionante o quanto ela gostava delas. Na borda da janela tinha um pisca-pisca, que fazia toda a diferença. Na parede direita, tinha uma grande estante cheio de livros que eu adorava : Senhor dos Anéis, Harry Potter, enfim, vários.

 Na parede direita, tinha uma grande estante cheio de livros que eu adorava : Senhor dos Anéis, Harry Potter, enfim, vários

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Imagem acima do quarto de Natália.

Ela voltou, trazendo as xícaras cheias de café, e se sentou ao meu lado. Ela agradeceu novamente por eu tê-la acompanhado até aqui e por ter feito companhia para ela hoje. Bem, ela tinha perdido todos os amigos que ela tinha, eu era o único que conversou com ela após, como ela diz, a "vergonha pública" que ela passou. Então, nesse momento, ela me beijou. Sim, ela me beijou. Eu nunca havia beijado nenhuma garota na minha vida, mas foi mágico. Foi indescritível. Eu mesmo fiquei sem palavras, e acho que ela também. Bem, só foi um beijo, mas foi lento e bom. Depois que paramos de nos beijar, ela olhou para mim. Eu senti ficar corado, mas agora eu deveria ter ficado como um pimentão. Ela riu um pouco, provavelmente da minha cara. E eu também ri. Mas, depois ela olhou para baixo e disse :

--- Hum... Desculpe. Eu não devia ter feito isso. É que esses dias eu sofri tanto e precisei tanto de alguém do meu lado... e aí eu encontrei você. E eu precisava fazer isso. Mas, agora vejo que foi um pouco idiota da minha parte...

--- Não precisa se desculpar --- Eu disse, e logo em seguida toquei na mão dela, mas me arrependi e tirei imediatamente, e ela olhou para mim --- É... se quiser que eu vá embora, pelo menos por hoje... Mas, digo, eu não achei ruim, não se preocupe --- E depois dessa frase eu também me arrependi de ter falado.

--- Está tudo bem... eu acho --- Ela disse --- Você pode ficar aqui mais um pouco? Não quero perder mais um amigo...

--- Claro! --- Eu disse, e nós conversamos por mais meia-hora, e depois nos despedimos.

Eu voltei para casa, me enfiei no meu quarto e comecei a pensar nela. Aquele beijo foi incrível. Rapidamente caí no sono, ainda sonhando com ela... Será que ela vai sair da minha cabeça?

Nos outros dias de férias...

Hoje eu acordei cedo, pensando que a Natália me mandaria alguma mensagem, mas nada. E nos outros dias ela também não manteve contato. Pensei em visitá-la, mas depois descartei essa ideia ao pensar que ela deveria estar me evitando depois do beijo. Não vi motivos para ela fazer isso, então fiquei bem chateado. Mas, depois de alguns dias sem nos falar, tentei aproveitar para ler alguns livros e assistir séries. Mas cada planta que via, cada cantoria dos pássaros, cada vento que passava, cada café que eu tomava e a cada perfume que eu sentia, eu lembrava dela. Então, no último dia de férias, eu mandei uma mensagem para ela :

Caio : Oi Natália! Bom, depois daquele dia você não falou mais comigo... O que aconteceu? Me responde ;)

Depois de alguns minutos ela visualizou :

Natália : Oi! Não pense que é alguma coisa pessoal, mas eu precisava de um tempo. Depois do nosso beijo... Ao mesmo tempo eu fiquei um pouco assustada, feliz e inspirada. Então decidi tirar um tempo para mim, desde aquele dia eu fiquei sem mexer no meu celular, eu estava lendo, escrevendo e desenhando. E principalmente, me revitalizando. Sinto muito não ter mantido contato... Mas eu precisava desse tempo. Espero que entenda. Nos vemos amanhã :D

Caio : Eu entendo. Nos vemos amanhã :D

E assim terminamos nossa conversa. Bom, amanhã seria um novo dia, e eu veria ela, o que já seria bom. Então eu relaxei e li um livro a tarde inteira, e durante à noite revisei as apostilas do dia seguinte e assisti série. Depois, óbvio, caí no sono pensando nela.


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