Eu pedi para a Natália dormir na minha casa porque assim ficaríamos juntos a tarde toda, e assim nós poderíamos sair juntos. Nós fomos para a escola e... bem, aquelas pessoas não eram bem oque eu esperava, eu havia pensado que elas estariam de bem com a Naty, já que já havia passado um mês e não havia motivos para eles que eles não gostassem dela. Eu dei apoio a ela, e assim eu acho que ela continuou feliz o resto das aulas. Nós éramos praticamente namorados! E isso já me fazia feliz. Eu a levei para a minha casa, e eu a pedi para subir as escadas dela. A minha casa tinha dois andares, por conta do escritório do meu pai, mas eu pedi para a Natália subir a segunda escada, que dava para o terraço. Ela ficou maravilhada com a vista.
Como estava anoitecendo, tudo ficou mais lindo, com as luzes das casas ligando, o vento batendo em nosso rosto e o sorriso da Natália. Ela me abraçou forte e depois me beijou, me fazendo sorrir.
--- Meu Deus, aqui em cima... é incrível! Eu estou sem palavras. --- Ela falou, sorrindo.
--- Eu sabia que você apreciava vistas... --- Eu falei, meio sem jeito.
--- Que bom que eu tenho você! --- Ela falou, e me beijou. Sim, aquela era a mulher da minha vida. Agora eu tinha certeza. E eu faria tudo que eu pudesse para ficar com ela o resto da minha vida. Quando ela me beijava, parecia que o tempo parava, o vento, o sol, os pássaros, o tempo, todos eles pareciam nos esperar, pareciam contemplar o nosso amor, embora eu não tivesse certeza que ele fosse recíproco. Ela poderia estar só me usando nesse curto período de falência da sua vida social ou poderia realmente me amar com todas as forças, como eu a amava. Mas, no fundo da minha mente, eu me lembrei : eu havia combinado com os meus pais que eu faria minha faculdade em Londres. Nós ficaríamos divididos pelo oceano Atlântico, e eu não sei se aguentaria. Agora, comecei a me desesperar, e uma hora ou outra eu teria que avisá-la. Interrompi o beijo, ela me olhou, com aqueles lindos olhos verdes azulados olhando para os meus.
--- Bem... Eu preciso te contar uma coisa... --- Comecei. Segurei meu desespero, nossa, eu não queria largá-la! Eu queria ficar ao lado dela em todos os momentos. --- Eu... É quase certeza que vou para Londres ano que vem. Sinto muito, eu deveria ter te avisado antes. Isso aconteceu pouco tempo antes de você me chamar para ir no café, eu já deveria ter dito...
Ela me encarou um pouco, e começou a corar, como se fosse chorar.
--- Por favor, não há motivos para chorar... Quando eu voltar, será tudo como se eu nunca tivesse saído daqui. --- Eu disse, me segurando para também não chorar. Talvez ela realmente me amava tanto quanto eu a amo.
--- Ok... Vai ficar tudo bem comigo... --- Ela deixou cair uma lágrima de seus olhos --- Você vai ser feliz, vai aprender coisas novas... e quando voltar, eu vou estar aqui. --- Ela olhou para mim e tentou sorrir, mas dava para ver que ela estava triste.
--- Então... você me ama? --- Eu a perguntei.
--- Claro, mais do que qualquer coisa, mais do que o sol, mais do que as plantas, mais do que escrever, mais do que ler, mais do que desenhar, mais do que qualquer pessoa.
E aí, neste momento eu sorri. A melhor sensação do mundo é saber que sempre vai ter alguém ali... pra você. Muitas pessoas não tem sorte no amor, mas eu tive sorte de ter a Natália. Nós pegamos duas cadeiras e nos sentamos ali, para olhar o sol se pôr e conversar à vontade. Quando o sol não aparecia mais através das nuvens e dos prédios da cidade, decidimos entrar, e fomos tomar café da tarde. Minha cozinha não era a melhor de todas e nem uma das mais bonitas, mas era legal do seu jeito.
A Natália se sentou em uma das cadeiras da mesa, enquanto eu fazia ovos mexidos para nós dois e café. Depois de nós comermos, nós fomos para o meu quarto, e quando deu 9hrs da noite já estávamos dormindo.
No dia seguinte...
O dia amanheceu, e eu acordei primeiro, como sempre. Ela continuava na mesma posição da noite anterior, quando adormeceu. Eu abri as janelas e o sol ainda estava nascendo. Alguns minutos depois, enquanto eu estava lendo um livro, ela acordou, e logo em seguida sorriu para mim, e eu sorri de volta.
--- Bom dia! Você está bem? --- Perguntei para a Natália. Como ela conseguia ser linda até quando tinha acabado de acordar, e com um pijama de unicórnios?
--- Boooom dia! Sim, estou bem. --- Ela falou, alegremente, se espreguiçando. Eu sorri novamente, não consegui me conter. Ela se sentou ao meu lado, e me deu um beijo na bochecha. --- Vou arrumar as coisas para voltar para a minha casa!
--- Fica mais um pouco! Aliás, eu posso te levar. --- Eu disse, mas ela balançou a cabeça, acenando um "não".
--- Meus pais disseram para mim voltar cedo, hoje é sábado, tenho aula de artes com o meu tio, aquele dia eu faltei e ele não ficou nada feliz --- Ela disse, e se levantou, rumo ao banheiro.
--- O.k --- Eu falei, e sorri. Depois de ela se arrumar, nós nos despedimos e ela foi embora.
Três meses depois...
Já é novembro e as coisas andam bem. A Natália e eu estamos namorando, e nós encontramos amigos novos. Na verdade, é o último dia de novembro, último dia de aula, e o ano seguinte se aproximava, e a faculdade também. Meus pais já haviam resolvido que eu iria para a Inglaterra quando falei com eles que não queria mais ir para Londres, então estou sendo mais ou menos obrigado a aceitar meu destino. Amanhã, dia primeiro de Dezembro, eu irei para Londres com os meus pais, e só eu não voltarei durante 4 anos. Nós vamos alugar meu apartamento e vamos visitar a faculdade, e eu já vou começar a me acostumar com a vida inglesa. Me dá um aperto no coração ao saber que terei que deixar de ver a Natália durante 4 anos, mas sempre foi meu sonho fazer faculdade de fotografia em Londres, e vai que ela me visite? Isso seria bom, mas meus pais falaram que talvez atrapalharia meus estudos. Eu e ela poderíamos ir na London Eye, seria incrível! Mas a vida nem sempre é como planejamos, então vamos ver o que acontece na minha...
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De Repente { HISTÓRIA COMPLETA }
RomanceApós o fim de seu namoro com William na frente de toda escola e sendo zombada, Natália procura abrigo com seus livros, um café, um donut e sua doceria favorita de todos os tempos. Mas, além disso, neste mesmo dia conheceu um garoto que fugia da gang...