Capítulo 10 - Um sorriso lindo

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Uma foto com um fundo branco estampava o rosto da minha mãe, ela é linda. É uma foto mais recente, pois dá para perceber as rugas nos cantos de seus olhos, olhos que parecem tão tristes.

- Aqui diz que ela tem 40 anos, nasceu em Londres, Inglaterra. Ela está registrada na ASSB desde dos seus 16 anos – Harry falava olhando para o notebook em busca de informações que pudessem nos ajudar. – Aqui diz que ela estudou em uma escola chamada Seven Kings High School.

- Eu já ouvi falar dessa escola, minha mãe adotiva estudou aí.

- Minha mãe e meu pai também. – Harry falou com uma tristeza na voz, quase imperceptível. – Deve ter sido nessa escola que elas se tornaram amigas.

- Também acho. E sobre a família? Talvez tenha alguma informação interessante. – Falei chegando mais perto de Harry para olhar melhor o computador e senti o seu perfume maravilhoso.

- Sim, aqui não fala nada sobre ela ter filhos, então ela não contou sobre você para ASSB o que é muito estranho

- Na verdade tudo que está acontecendo é muito estranho, isso não é surpresa.

- Aqui também diz que ela é filha de Albert Christian Wate. – Os olhos de Harry se arregalaram e em seguida franziu a testa ao ver o nome desse homem que eu acabei de descobrir que é meu avô.

- Quem é esse Albert para você reagir desse jeito? – Harry clicou no nome dele que nos direcionou para outra página, onde tinha informações como a da minha mãe.

- Ele é um dos principais chefes da ASSB, basicamente ele manda em tudo ali. Está a anos trabalhando na Agência e com certeza possui uma fortuna enorme. Como eu não associei o sobrenome Wate a ele.

- Então meu avô é o chefão disso tudo, meu Deus!

- Sim, pelo jeito as coisas são maiores do que a gente imaginava. – Harry falou passando as mãos pelos cabelos e fechando o notebook.

- Como vamos encontrar a Kate? – Perguntei com cautela, porque percebi que Harry estava ficando nervoso.

- Eu não sei Jenna. – Ele deu um longo suspiro e continuou. – Eu sou um simples agente, não tenho contato direto com Albert. Mas tenho contato com algumas pessoas que conhecem ele e podem nos dar mais informações a respeito da sua mãe.

- Ótimo, isso já é um grande começo.

Ficamos ali assistindo TV até muito tarde, Harry não disse mais nenhuma palavra depois que guardou seu notebook. Ele parecia preocupado, eu não queria meter ele nos meus problemas, mas ele era minha única alternativa. Eu preciso responder as tantas perguntas que se formam em minha cabeça, Harry é mais uma incógnita que apareceu na minha vida.

Abro meus olhos e a luz da TV embaça minhas vistas, eu cochilei no sofá e nem percebi. Harry estava dormindo ao meu lado, um pouco torto. Me levantei para que ele pudesse dormir melhor. Delicadamente ajeitei Harry no sofá sem acordá-lo, ele parecia estar em um sono profundo. Cada vez que eu tocava nele eu sentia um choque na ponta dos meus dedos que ia para meu estômago me deixando um pouco nervosa, mas eu gostava daquela sensação.

Dormindo Harry parecia tão sereno e calmo, tão diferente do que ele era acordado. Seus cabelos caiam sobre seu rosto de uma forma angelical e tão suave que eu não resisti em tocar seu rosto. Sua pele macia me causava arrepios, porque eu deixei ele causar esse furacão dentro de mim? Porque eu ainda sentia falta do seu beijo? Eu mesma não me entendia.

Desliguei a TV e deixei ele dormir sozinho, por mais que eu quisesse estar nos seus braços, eu não podia. Adormeci mais uma vez com Harry em meus pensamentos.

Ligações PerigosasOnde histórias criam vida. Descubra agora