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Angeline Strachleigh

    Saí do banheiro, e vi Nash em meu quarto, olhando meu álbum de fotografias.

N: Eu estou sentindo você me observar - Ele diz, de costas para mim

Eu: O que está fazendo aqui?

N: Não é óbvio? - Ele se vira pra mim, me encarando - Eu quero saber sobre você

Eu: Para quê? Para fazer alguma coisa comigo? E ameaçar a minha mãe?

N: Você está começando a pensar como pessoas comuns - Diz e eu mordo os lábios - E eu me lembro quando me disseste que eras diferente das outras

Eu: Você está me tornando assim - Respondo - Todas as coisas que você diz...Parecem ameaças e...

N: Alguma vez eu já te fiz mal? - Ele pergunta num tom alto - Já te agredi?

Eu: Eu não estava queren...

N: É claro que estava, Angeline. Afinal, você não é diferente das outras pessoas. Que acham que eu sou um monstro, sem ao menos saber o que aconteceu. Sem saber a minha versão da história

Eu: Eu não acho que você é um monstro - Digo e vejo seus olhos azuis, cheios de lágrimas, me encararem

N: Não é o que parece - Diz, e se vira - Eu vou embora... Ainda hoje - Anda até a porta

Eu: Nash, espera - Peço e ele para, ainda de costas - Você não é um monstro. Você é um ser humano, assim como eu e todas as pessoas desse planeta. E eu... Sinto muito por te fazer pensar que eu te acho um monstro. Porque eu tenho certeza que você não é

N: O pior é que vocês têm razão em achar isso - Diz e se vira

Eu: Não, ninguém tem o direito de pensar isso. E muito menos de apontar o dedo para você e afirmar isso - Comprimo os lábios - Você é jovem. Assim como eu e...

N: Você não sabe o que está dizendo. É tão... Inexperiente - Nego com a cabeça

Eu: Sei, eu sei o que digo - Respondo - Posso não ter passado pelo que você passou. Mas sou experiente o suficiente para concluir que o que dizem sobre você, pode  não ser real

N: Você não me conhece... - Ele olha para baixo

Eu: Mas estou disposta a conhecer

N: Deveria ter medo de mim - Me levanto e ando até ele

Eu: Mas eu não tenho medo de ti - Digo olhando-o nos olhos - E posso provar

N: Como?

  Levo uma das minhas mãos ao seu ombro, enquanto a outra para em seu peito. Aproximo meu rosto do seu e fecho os olhos, colando nossos lábios.

    Ele ficou parado, mas não demorou para que retribuísse.

    Nash tinha os lábios macios, e, isso tornou seu beijo mais leve. Bom. Era calmo e curioso.

   Nos separamos pelo ar. Aquele maldito ar.

Eu: Eu não tenho medo de você, Nash...Muito pelo contrário - Digo olhando em seus olhos

Psycho | Nash GrierOnde histórias criam vida. Descubra agora