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Angeline Strachleigh

Abri os olhos e vi que estava deitada no peito de Nash. E ele estava acordado.

N: Oi - Ele me olha nos olhos e dá um meio sorriso

Eu: Oi - Estico meu braço e pego meu celular, no criado mudo

N: A sua mãe ligou - Ele se levanta

Eu: Ah Deus! - Murmuro

N: Está encrencada? - Dou de ombros

Eu: Não sei ainda - Digo e bloqueio a tela do celular, o jogando no meio dos lençóis e levantando - Vou tomar um banho

N: Eu também - Diz e sai do quarto

Entro no banheiro, faço minhas higienes bucais e tomo um banho quente. Visto um short jeans claro e um cropped vermelho.

Desci para a cozinha, preparando o café da manhã. Ovos, bacon, suco, cereal e torradas.

N: Quando vamos voltar? - Pergunta, ao entrar na cozinha

Eu: Você quer voltar quando? - Pergunto, me sentando e ele faz o mesmo

N: Não sei. Tanto faz - Diz

Eu: A gente pode ir e voltar mais tarde, o que você acha? - Ele assente e volta a comer

[...]
Entramos em casa, rápido para que ninguém nos veja e eu tranco a porta.

N: Você está... Arrependida por ontem? - O olho

Eu: Você está? - Ele nega - Eu também não

N: Sério? Não se importa de ter feito sexo comigo?

Eu: O que tem de mal em você? - Pergunto e o ouço suspirar

N: Você não se incomoda, Angeline? Não se incomoda de ter um assassino em sua casa? - Ele ia chorar

Eu: Nash...- Ando até ele e me sento ao seu lado - Eu não me incomodo com você. E tenho certeza de que não és um assassino. Eu não te conheço, mas... Se você fosse mesmo um assassino, eu não estaria mais viva. E olha só. Eu estou viva e muito bem aqui com você.

N: Você nem me conhece

Eu: Olha pra mim - Peço e ele o faz, com o rosto molhado pelas lágrimas - Eu não sei o que realmente aconteceu quando você tinha 16 anos. Mas mesmo assim, você não deve deixar que os acontecimentos do passado, te afetem desse jeito. E muito menos acreditar no que as pessoas espalham por aí.

N: Esse é o problema - Ele diz e limpa o rosto - Elas espalham sem saber o que aconteceu. Ninguém sabe da verdade...

Eu: E qual é a verdade? - Pergunto, segurando sua mão

N: Eu não matei a minha namorada e muito menos os dois irmãos dela - Ele diz sério - Eu juro que não fui eu, Angel...- Ele começa a chorar

Eu: Ei ei! Está tudo bem...- O abraço, o deixando chorar mais ainda - Eu acredito...

N: Não fui eu...Eu juro - Ele diz, entre soluços - E todos pensam que...Eu sou um assasino. Ninguém acredita em mim

Eu: Eu acredito em você - Digo, verdadeira - Se você diz que não foi você, então não foi.

N: Mas ninguém... Acredita - Ele soluça - E-eu a... Amava demais para matá-la

Eu: Shii - O abraço mais forte - Não foi você... Está tudo bem

Ficamos uns minutos assim. Ele ainda chorava em meu ombro, e eu estava sem saber como confortá-lo.

Mas eu precisava saber de toda a verdade, só assim poderia ajudá-lo a ter sua liberdade de volta.

Eu: Nash? - Ele me olha nos olhos, se afastando do abraço - Eu preciso que me conte a verdade... Preciso saber de tudo que aconteceu naquele dia

N: E-eu...- Ele gagueja

Eu: Se você guardar para si, eu nunca vou poder te ajudar. Eu preciso da verdade para tentar te dar a sua liberdade de volta - Ele assente - E prometo investigar, da melhor forma possível. Agora, me conte tudo.

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Vocês ainda lêem isso aqui??

Psycho | Nash GrierOnde histórias criam vida. Descubra agora