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Angeline Strachleigh

   Nash olhava o céu, atentamente. E de vez em quando sorria. E aquilo me deixava feliz.

N: Me sinto livre - Ele diz e me olha - E... Isso é bom

Eu: Claro que é - Concordo, sorrindo - Você é livre pra viver

N: Não sou. Eu estou sendo procurado por fugir do melhor hospício da região

Eu: Não tô nem aí. Aqui, você é livre pra fazer o que quiser. Eu não vou me incomodar

N: Me diz...Por que você é tão diferente?

Eu: Não sei. Eu sempre fui assim

N: É bem legal o seu jeito de ser - Sorrio

Eu: Está vendo? Você não é um monstro. És um ser humano. Muito querido, por sinal - Ele sorri

N: Obrigado - Diz e olha para o céu

Eu: Disponha - Respondo, olhando meus pés

N: O que eu posso... - Antes que ele terminasse de falar, meu celular o interrompeu

Eu: Desculpa - Nash assente e eu pego meu celular - Espera só um minuto

Era o JJ.

Ligação On

JJ: Angie? Onde você está?

Me: Não estou em casa

JJ: Disso eu sei. Quero saber onde estás. As meninas não têm sinal de você. E disseram que estava agindo estranha

Me: O quê? Eu estou normal. Não se preocupa

JJ: Você desligou seu GPS? Eu não estou conseguindo te achar

Me: Sim. Eu quero ficar um pouco sozinha.

JJ: Está tudo bem? Você sabe que eu posso...

Me: Jack. Está tudo bem. Eu juro. Só quero ficar um pouco só. Para pensar em umas coisas e organizar a minha vida

JJ: Você promete que se estiver precisando de algo, me liga?

Me: Sim, eu prometo

JJ: Okay

Me: Nos falamos depois

Ligação OFF

N: Se você quiser voltar, eu...

Eu: Não, Nash. Está tudo bem aqui - Interrompo - Não tenho pressa

N: Tá - Responde

Eu: Posso perguntar uma coisa?

N: Vá em frente

Eu: Porque ainda não falou com a sua família? - Vejo a expressão em seu rosto mudar

N: Minha família não se importa comigo. No fundo, eles nunca gostaram de mim - Responde, brincando com a grama - Eles nunca me aceitariam de volta, nem se o hospício estivesse me liberado. Acham que sou perigoso

Eu: Desculpa pela pergunta -  Ele assente - Olha, você pode ficar o tempo que quiser

N: Eu ainda não entendo como não tem medo de mim - Ele me olha nos olhos - Isso é estranho. Até a sua mãe tinha medo de mim

Eu: Minha mãe? - Ele assente

N: Ela é bem legal, mas...Bem esnobe. Sem ofensas, claro - Rio

Eu: Pois é. Ela é assim. Mas... No fundo é uma pessoa legal

  Nash ri baixo e eu acabo sorrindo, e me levantando.

Eu: Está ficando frio - Digo e ele se levanta - Vamos entrar - Andamos para dentro de casa

  Ando até a cozinha, sendo seguida por Nash.

Eu: O que você quer comer? - Pergunto
N: Não quero comer. Estou sem fome

Eu: Você quase não comeu nada, hoje - Ele dá de ombros

N: Isso é normal - Faço careta - Eu quero me deitar

Eu: Tá bom - Assinto - Vem, eu vou te mostrar o quarto

   Subimos as escadas e eu o levo para o quarto, em frente ao que eu sempre ficava.
   Estava limpo e arrumado. Eu sempre o deixava organizado.

N: Obrigado - Assinto

Eu: Se precisar de alguma coisa...Meu quarto é em frente - Ele assente e eu saio, entrando no meu

  Ando até o banheiro e faço minhas higienes bucais.
    Retiro a minha blusa e a atiro para o outro lado do quarto. E no mesmo momento, ouvi a porta ser aberta, fazendo com que eu me virasse.

Nash fechou a porta e veio até mim.

Eu: Está precisando de algo? - Pergunto, tentando não encarar seus lábios

     Senti meu corpo ser puxado com rapidez e em seguida meus lábios se chocaram com os de Nash.

 

Psycho | Nash GrierOnde histórias criam vida. Descubra agora