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Nash Grier

  Olhei o rosto da garota em minha frente, e suspirei, nervoso.

Eu: Minha mãe não teve só a mim. Éramos eu e Jonathan. Os gémeos idênticos - Digo e suspiro - Mamãe sempre preferiu ele, e sempre esqueceu de mim. O carinho era todo para Jonathan, talvez porque ele tivesse problemas mentais e fosse mais divertido que eu...

  Angeline me olha, atenta, e demonstrando carinho.

A: Pode parar um pouco, se quiser - Nego

Eu: Os dias passavam e Jonathan ficava cada vez mais estranho, mais agressivo e possessivo - Ela assente - E tudo piorou quando eu comecei a namorar a Marianna. Eu não entendia qual era o problema dele. Era estranho. Ele a assustava.

A: Assustava? - Assinto

Eu: Sim, dizia que ela devia se afastar de mim, porque eu era perigoso e que não a amava - Mordo o lábio inferior - Eu pensei que ele a queria, que ele gostava dela. Mas só entendi, quando o ouvi em seu banheiro, se masturbando e gemendo meu nome.

A: Então, seu irmão era apaixonado por você... - Assinto

Eu: Eu tentei esquecer aquilo. Ignorei por dias. Até que ele se passou por mim, fazendo o mesmo corte de cabelo, agindo do mesmo jeito... E acabou terminou o meu namoro com a Marianna. Isso foi o suficiente pra que eu surtasse com ele. Explodi de vez

A: E ele ficou com raiva de você? - Pergunta cuidadosa e eu suspiro

Eu: Sim. E isso o tornou mais possessivo comigo. Ele dizia estar apaixonado por mim - Suspiro - Eu o rejeitava. Eu tinha raiva dele por causa do meu término com a Marianna. E aquilo o enfureceu, ele se machucava e me culpava. Fazia coisas erradas e a culpa sempre vinha pra mim. Só então a mamãe tomou raiva de mim

A: Eu sinto muito, Nash - Ela diz e comprime os lábios

Eu: A mamãe comeceu a achar que o Jonathan tinha seus problemas mentais por minha causa. Ela me tratava mal por isso - Fecho os olhos, me lembrando - Daí um dia... Recebemos fotos do Jonathan morto. Aquilo foi um dos piores dias da minha vida. A minha mãe me culpou, me xingou...Foi horrível

A: Se você quiser parar de...

Eu: Está tudo bem - Asseguro - Uns dias se passaram e a Marianna veio falar comigo, novamente. Nós tínhamos voltado. Mas aquilo não durou. Quando o aniversário da Marianna chegou, eu...Eu a encontrei morta, em seu quarto, e junto aos seus 2 irmãos, Kian e Kyle

A: Eu sinto muito mesmo, de verdade

Eu: Eu a tomei nos braços, chorando. E vendo todo aquele sangue no chão. Fiquei apavorado - Sinto as lágrimas descerem pelo meu rosto - A mãe dela chegou em casa e me viu lá. Ela gritou. E chamou a polícia

   Paro de falar, apertando as mãos com força e chorando.

Eu: Eles encontraram digitais minhas na faca que foi usada para matá-los. Mas eu...Eu não...

A: Não foi você! - Ela diz, e segura minha mão - Vocês não fizeram uma investigação mais profunda? Quer dizer... Se você não a tinha tocado naquela faca, não teria como ter sua digital

Eu: Na época, a minha família não tinha tanto dinheiro...Preferiram acreditar que eu tinha assassinado a minha própria namorada e os seus irmãos. Eu fui mandado para o hospício, com apenas 16 anos...Eu não tinha matado ninguém

A: Então... Significa que seu irmão está vivo - Ela diz convicta e eu assinto

Eu: Sim. Eu o vi, escondido, quando estava sendo levado para o hospício

A: Ele armou isso pra você, Nash - Diz

Eu: Só não entendo como conseguiu a minha digital - Ela me olha, como se tivesse a resposta

A: Gémeos idênticos têm a mesma digital. E a única coisa que pode ajudar a distinguí-las é uma análise mais profunda. E vocês não fizeram uma

Eu: O quê? Não é possível... A mesma digital? - Ela assente

A: Quando eu tinha 15 anos, fazia todo o tipo de pergunta nas aulas, especialmente, nas de biologia. Graças a Deus por isso

Eu: Isso significa que...

A: Que você pode ser livre, Nash - Sorrio e o abraço - E eu vou te ajudar até não poder mais

Eu: Obrigado, Angel - Retribuo o abraço e sorrio

     Eu seria livre, novamente.

Psycho | Nash GrierOnde histórias criam vida. Descubra agora