-Você não vai tocar no cachorro. -Cruzei os braços.
-Você sabe que ele é meu né? -Ela ficou intrigada.
-Você não vai afogar o cachorro. Ele é indefeso, você deveria brigar com alguém do seu tamanho. -Me ajeitei para atrapalhar seu caminho.
-SAI DA MINHA FRENTE, ELE É MEU E EU POSSO FAZER O QUE EU QUISER COM ELE. -Ela começou a ficar estérica.
-Você não vai tocar no cachorro. -Cruzei os braços.
-Quer saber? Não vou quebrar minha unha postiça para brigar com você por causa desse cachorro idiota. -Ela relaxou.
-Ficou com medo de sair sem cabelo também né? -Gabriel perguntou irônico.
-Você vão ficar defendendo essa peste ambulante? -Ela perguntou.
-Qual a parte do você não vai bater no cachorro você não entendeu? Você tá meio surda ou é falta de raciocínio lógico? -Perguntei.
-Então tá, esse cachorro vai morrer de fome. -Ela deu meia volta e foi embora.
Eu e o Gabriel nos entreolhamos e não sabíamos reagir. O cachorro subiu no colo do Gabriel e lá ficou.
-Ela largou o cachorro aqui, vou fazer o que com ele agora?
-Devolver? -Gabriel perguntou.
-Mas ela vai matar o cachorro, e ela não liga, é tanto que deixou o cachorro aqui. -Parei para pensar.
-Mas o que a gente vai fazer com ele? Minha mãe tem alergia a cachorro, eu não posso ficar com ele.
-Eu fico então, ele é um fofo. -Peguei o cachorrinho no colo.
-Como assim você fica? -Gabriel se levantou.
-Eu vou para casa com ele, e depois eu acho um lugar para doar, ou onde deixá-lo.
Aproveitei a deixa e fui para casa. Assim que eu cheguei a casa estava toda escura, fui direto para o meu quarto deixei o cachorrinho lá e peguei umas coisas do cachorro da Fabelli e coloquei ao lado da minha porta para quando ele quiser comer ou beber água.
Tomei um banho e coloquei um lençol grosso para se o cachorrinho quisesse deitar e ele logo entendeu e se estirou no lençol.
Deitei e logo dormi.
O sol que se atirava no meu quarto me acordou e quando eu procurei o cachorro ele estava andando em voltas como se algo o incomodasse. Fiquei o observando por um tempo e me levantei para tomar um banho.
Quando eu ia entrar no banheiro me deparei com xixi perto do vaso.
-Ai não acredito que você fez xixi na primeira noite. -Olhei para ele e o mesmo baixou as orelhinhas e se deitou como se sentisse culpa.
Abri a porta do quarto e fui procurar jornal.
Fui no quartinho da limpeza e peguei um monte de jornal que eles usam para limpar as janelas. Quando eu fechei a porta ouvi gritos.-AI MEU DEUSSS SOCOOOORROO. -A Fabelli gritou, normalmente eu não iria nem me mover, mas eu acho que deixei a porta do quarto aberta.
-Quando eu cheguei na sala ela estava parada em posição de defesa enquanto o cachorrinho latia para ela.
-Eu não acredito que você está com medo de um cachorro de meio metro. -Cruzei os braços.
-Ele invadiu essa casa, vai lá saber de onde ele veio. -Ela fica ainda na mesma posição.
-Pelo amor de Deus, ele tem menos de um metro. -Peguei ele com a mão e sai andando.
-De onde esse cachorro veio? É porque ele se atreveu a latir para mim? -Ela perguntou depois que ele já estava preso em minhas mãos.
-Parece que ele não gosta de pessoas que não prestam. -Continuei o caminho até meu quarto e adentrei o mesmo.
Coloquei os papéis em cima do xixi para cobrir e depois eu iria tirar. Assim que eu coloquei o cachorrinho veio e fez cocô em cima do jornal.
-Ah não, cocô não. -Cruzei os braços e fiquei o olhando. Ele saiu e deitou no meio do quarto.
Peguei minhas coisas e fui tomar banho em outro banheiro.
Saí do banheiro de roupa short e camiseta e o cachorrinho estava me esperando na porta.
-Que cachorro é esse? Meu pai estava no corredor saindo de seu quarto.
-Meu. -Respondi.
-Como assim seu? -Ele perguntou.
-Ele é meu. -Respondi novamente.
-Desde quando? -Ele perguntou.
-Desde ontem a noite. -Respondi.
-Então tá. Porque você não está pronta para o colégio? -Ele perguntou.
-Eu não vou para o colégio interno. -Respondi.
-Você vai para o colégio interno. -Ele respondeu por cima.
-La não entra cachorro, e eu não vou deixar aqui para sofrer com a Fabelli. -Cruzei os braços.
-Então você vai devolver onde você pegou então. -Ele falou.
-Não, eu não vou devolver. -Respondi.
-Mas você vai para o colégio. -Ele rebateu.
-Você não vai me fazer repetir né? -Perguntei.
-Então você vai ao colégio com o Cachorro. -Ele falou.
-Mas é proibido, então eu vou ficar aqui, COM o cachorro. -Falei e desci para ir a cozinha.
-Bom dia Clarissa! -Lídia fala comigo.
-Bom Dia! -Respondo normalmente.
-Quem é essa coisinha fofa? -Ela pegou o cachorrinho no colo.
-É meu, eu trouxe ontem. -Respondi.
-Ohh meu deus, ele é muito fofiinho. -Ela ficou o acariciando. - Como você vai fazer já que vai voltar ao colégio? -Ela perguntou.
-Eu não sei, só sei que não irei deixá-lo como fez a dona. -Abri a geladeira para comer algo.
-Eita, vou até começar meus afazeres antes que comece as discussões. -Ela colocou o cachorrinho no chão e saiu.
-Clarissa. -Identifico a voz do meu pai mas não acredito. Me virei para me certificar que não estava delirando.
-O que você faz na Cozinha? Você sabe o caminho daqui? -Perguntei intrigada, quando eu era menor para me esconder do meu pai ou da Fabelli eu vinha para a cozinha eles nunca me procuravam lá, 1 vez a cada 50 luas cheias eles entram na cozinha.
-Me disseram que você estava aqui, porque o espanto? -Ele perguntou.
-Nada, o que você quer? -Fui mais direta.
-Vá se arrumar para o colégio. -Ele falou.
-Você não ouviu nada que eu falei não é mesmo? -Me virei e saí da cozinha, eu não ia continuar com aquela conversa sem final.
-Leva o cachorro. -Ele se deu por vencido.
-Mas não é permitido. -Parei no meio do caminho.
-Leva na mala, na cabeça, pela porta dos fundos, pela janela, só vai para o colégio não me importa como você vai nem o que vai levar. -Ele falou.
-Okay então. -Saí para arrumar minhas malas.
Antes do recadinho queria mandar um beijo para a fofa da leitora BiiahMendesSz
Leitores da minha vida, a obra vai ficar em Hiatos estou com um sério bloqueio criativo e não consigo mais dar continuidade e sentido a obra ;(
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Clarissa Hungria
Teen FictionClarissa uma garota de 16 anos que perdeu a mãe cedo e mora com seu pai e sua madrasta. Seu pai trabalha muito e normalmente passa o dia fora de casa, então a garota passa a maior parte do dia com a madrasta Fabelli que tenta a todo custo se livrar...