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Por Eduardo

Estava largado no sofa vendo um programa qualquer, quando ouço batidas na porta. Levantei e fui abrir.

- Sobrinho! Tia Joana diz me abraçando.

- Tia? Pergunto confuso

- Você esqueceu, né? Eu te liguei avisando que você iria ficar com a Marina, sua prima! Ela diz e eu rapidamente me lembro, de ela estar me ligando altas horas de uma noite, me implorando pra ficar com a pirralha.

- Ah! Verdade. Entra ai - Digo

- Estou atrasada pra viagem de segunda lua de mel - Ela sorri animada  - Tenho que ir! Ela me entrega uma mochila enorme e se despede da Marina e empurra ela pra mim depois - Cuide dela hein? Não deixa ela fazer manha! Beijos -  Diz e se despede de mim. Sumindo pelo corredor.

- Oi - Digo fechando a porta.
- Oi - Ela diz olhando tudo em volta.
- Sou o Edu, se lembra? Pergunto. Faz dois anos que não vejo tia Joana. Tanto que fui a última opção dela, quanto a ficar com a criança.
- um pouco... - Ela diz baixinho
- Vou deixar suas coisas no outro quarto. NÃO ENCOSTE EM NADA!  Digo arduamente e ela revira os olhos.

Guardei as coisas dela e voltei a sala. A porta estava aberta e ela havia sumido. Droga! Mal chegou e ja está me dando problemas.

- MARINAAAA - gritei procurando-a  e saindo pelo andar.

Aonde essa pirralha foi? Não deu nem dez minutos e eu ja perdi a menina! Pareço uma criança. Cadê os vinte e cinco anos agora? O que eu faço? Peguei o interfone e liguei na portaria.

- Alô? Seu João? Passou por ai uma menina desconhecida? Melhor, passou por ai sozinha a menina que acabou de subir com a mãe? Pergunto afoito

- Alô? Calma menino. Não passou não! Na verdade não passou em nenhuma das câmeras também. Só pode ser um fantasma! Ninguém escapa das câmeras - Ele diz atencioso

- Obrigada. Se o senhor ver ela passando me avise, por favor! Desligo sem esperar resposta.

Ok aonde essa menina se meteu? Droga!

Fui a sacada tomar um ar, olhar o bairro de cima, sabe? Senti um cheiro de fritura. Karine! Vive comendo porcarias e nunca engorda. Deve ser magra de ruim!  Pensei. Olhei pra escadinha de incêndio que dava na sacada dela. Havia um lacinho de cabelo lá e logo me veio na mente que a Marina estava com os cabelos trançados. Garota esperta!

Voltei à sala indo em direção a porta. Fechei o apê e desci pro andar de baixo e tocando a campainha.

- No que posso ajudar? Diz Karine num tom cínico

Entre Sacadas E JanelasOnde histórias criam vida. Descubra agora