Marina e eu de cara viramos ótimas amigas. Ela me contou que mora lá na capital: Florianópolis, e que vai passar um tempo aqui com seu primo Eduardo. Reviramos os olhos quando ela pronunciou o nome da peste.
Era quase hora da janta e eu perguntei se ela queria me acompanhar e ela de prontidão aceitou.
- Vou fazer umas batatas, um macarrão e tirar o frango do forno, sim? Ela assente - Ótimo, liga a TV aí ou fica no balcão conversando comigo. - Digo e ela sobe no balcão e se senta no mármore.
- MARINAAA - Ouvimos outro grito olhei pra ela e ela gargalhava baixinho.
- Ei quantos anos você tem? Perguntei colocando as batatas pra fritar.
- Quatro - Ela mostrou os dedinhos.
- Você podia me emprestar esses seus cabelos ne? Me referi ao enorme cabelo cacheado e bem cuidado que ela tinha.
- mamãe não deixa! Mas todo mundo pede isso, nem acho ele tão bonito - ela diz baixinho a última parte mas consigo ouvir.
- Ele é lindo! Poucos tem um cabelão assim. Hoje é chapinha pra cá; progressiva pra lá; relaxamento pra todo canto - sorrio - seu cabelo é sua essência, mostra quem você é! Um exemplo: o meu vive largado, porquê eu sou largada! Gargalhamos.
Depois de quase quarenta minutos o jantar estava pronto. Consistia em macarrão, uma porção de fritas, frango assado, uma saladinha de leve e um suco de maracujá.
Fiz os nossos pratos e ela comia quietinha. Mas a campainha acabou com toda a nossa paz!
- Quem será que é? Perguntei e ela me olhou confusa - Levantei e fui até a porta, olhei no olho de vidro e vejo Eduardo. - Vixi! É o Eduardo - sussurrei e ela arregalou os olhos e colocou uma batata na boca me fazendo rir. Essa é das minhas! - Vou abrir. - Digo e ela nega - Relaxa, eu não vou deixar ele te levar antes de você terminar de comer - ela sorri e volta a comer.
Abri a porta e coloquei meu sorriso mais cínico que eu tinha.
- No que posso ajudar? Digo
- Cadê ela? Ele pergunta de uma vez
- Ela quem criatura? Me faço de desentendida
- A Marina. Ela pode se achar esperta, mais eu sou mais! Ele mostra o lacinho de cabelo dela.
- Droga! Ela está jantando bem ali - digo baixinho e aponto
- Vou leva-la - Ele tenta entrar
- Ou ou, quem deixou você entrar? Pergunto e o empurro pra fora
- Posso entrar? Ele diz irônico
- Não! Ah não ser que deixe ela terminar de jantar e comer uma sobremesa. Aonde já se viu! Interromper uma refeição. Nunca ouviu que faz mal? Seu ridículo - Cruzo os braços
- Ok. Ok. Ela pode terminar de comer e comer a tal sobremesa - revira os olhos - Espera. Eu também posso? Ele diz fazendo cara de cachorro que caiu da mudança.
- Entra logo - Dei espaço e fechei a porta - Mari esse idiota aqui vai comer com a gente! Digo e ela revira os olhos
- Mari? Ele diz confuso - Nossa ela está revirando os olhos. Você contagiou a menina Karine! Dei um tapa nele e ele levantou os braços em forma de rendição e foi fazer seu prato.
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Entre Sacadas E Janelas
RomanceKarine Cardoso é uma jovem de vinte e um anos. Que mora em um predio de classe media no município de Balneário Camboriú em Santa Catarina. A mesma passa por um sério dilema em sua vida : Quer escrever! O unico problema é que ela não consegue se emo...