Capítulo - Um

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para todos os que conjuram ou não, em todos os lugares

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para todos os que conjuram ou não, em todos os lugares.
Há mais de nós do que vocês pensam.
A escuridão não pode expulsar a escuridão;
só a luz pode fazer isso.
O ódio não pode expulsar o ódio;
só o amor pode fazer isso.
Martin Luther King Jr.

avia apenas dois tipos de gente em nossa cidade. "As Bestas empacadas", que foi como meu pai afetuosamente classificara nossos vizinhos. "Os que estão condenados a ficar ou
são burros demais para ir embora. Todos os outros acham um meio de fugir." Não havia
dúvida sobre qual dos dois ele era, mas eu nunca tinha tido coragem de perguntar o motivo.
Meu pai era empresario, e morávamos na Carolina do Sul, porque todos os Campbell sempre
moraram ali, desde que o tataravô do meu tataravô, Ellen Campbell, lutou e morreu no outro lado
do Rio Santiago durante a Guerra Civi,
Era apenas mais um motivo pelo qual eu mal podia esperar para ir embora daqui.

Carolina do sul (Dakota) não era como as cidadezinhas que se vê nos cinemas, a não ser que fosse um filme
sobre cinquenta anos atrás. Estávamos longe demais De Nova York ou Estados Unidos para ter um Starbucks ou
um McDonalds. Só tínhamos Uma lanchonete - Keen, já Que a Familia de caipiras eram pães-duros demais para
comprar novas letras quando compraram o Dairy King. A biblioteca ainda tinha os livros
catalogados em cartões, a escola ainda tinha quadros-negros e nossa piscina da comunidade
era o lago Moltrier, com água marrom morna e tudo, Nunca se viu esse tipo de coisa nos filmes.
Dakota do Suk não era um lugar complicado; Dakota era Dakota. Os vizinhos ficavam dendro de casa pelo frio insuportável, sofrendo e à vista de todos. Mas não havia sentido.
Nada mudava nunca. Amanhã seria o primeiro dia de aula, no segundo ano do ensino médio na
escola Stonewall Maksim High, e eu já sabia tudo que iria acontecer: onde eu me sentaria,
com quem eu falaria, as piadas, as garotas, quem estacionaria onde.
Pelo menos é o que eu pensava quando fechei meu exemplar surrado de Matadouro Cinco,
desliguei meu iPod e apaguei a luz na última noite de Inverno.
Só que eu não podia estar mais errado.

Havia uma maldição.
Havia um garoto.
E no final, havia um túmulo.
Nunca sequer imaginei que aconteceria.

Eu estava em queda livre, despencando no ar.
C - kiara!
Ela me chamou, e o som da sua voz fez meu coração disparar.
- Me ajude!
eu estava caindo também. Estiquei meu braço, tentando segurá-lo.
Estiquei o braço, mas só encontrei ar. Não havia chão sob meus pés e minhas mãos se
enfiavam em lama. Encostamos as pontas dos dedos e vi fagulhas Vermelhas na escuridão.
Então ele escorregou por meus dedos e só consegui sentir a perda.
Limão e camomila . Eu consegui sentir o cheiro dele, até naquele momento.
Mas não consegui ssegurá-lo.
E não conseguia viver sem ele.
Me sentei de repente, tentando recuperar o fôlego.
- Morgana Campbell! Acorde! Não vou admitir que chegue atrasada ao primeiro dia de aula. - Eu
podia ouvir a voz de Amma gritando do andar de baixo.
Meus olhos focalizaram um ponto de luz suave na escuridão. Eu podia ouvir o distante som da
chuva contra a velha janela da fazenda. Deve estar chovendo. Deve ser de manhã. Devo estar
no meu quarto.
Meu quarto estava quente e úmido por causa da chuva. Por que minha janela estava aberta?
Minha cabeça estava latejando. Deitei novamente na cama e o sonho foi se dissipando.
Emma era minha segunda mãe, ela cuidava de mim enquanto meu pai ficava sempre fora trabalhando ou saindo para resolver negocios, sempre acontece. Eu estava em segurança no meu quarto, em nossa antiga casa, na mesma
cama de mogno que rangia onde provavelmente seis gerações de Campbell dormiram antes de mim,
onde pessoas não caíam por buracos negros feitos de lama e nada nunca acontecia.
Olhei para meu teto de gesso, pintado da cor do céu para impedir que as abelhas carpinteiras
fizessem ninho ali. O que havia de errado comigo?

Havia meses que eu tinha esse mesmo sonho. Apesar de não conseguir me lembrar de tudo, a
parte da qual eu me lembrava era sempre a mesma. o garoto estava caindo. Eu estava caindo.
Tinha que me segurar, mas não conseguia. Se eu soltasse, alguma coisa terrível aconteceria
com ele. Mas esse era o problema. Eu não conseguia soltar. Não podia perdê-lo. Era como se
eu estivesse apaixonado por ele, mesmo não o conhecendo. Tipo um amor antes da primeira
vista.

Apenas Um Minuto - Anjos e humanosOnde histórias criam vida. Descubra agora