Capitulo - Cinco

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Em Dakota, o primeiro dia de aula nunca muda

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Em Dakota, o primeiro dia de aula nunca muda. Os professores, que conhecem a gente da
igreja, decidiram se éramos burros ou inteligentes quando estávamos no jardim de infância. Eu
era inteligente porque meus pais eram professores universitários. Lizzy era burro porque
amassou as páginas do Livro Sagrado durante a Caça às Escrituras e porque vomitou uma vez
durante o desfile de Natal. Como eu era inteligente, recebia boas notas nos meus trabalhos;
como lizzy era burro, recebia notas ruins. Acho que ninguém se dava ao trabalho de lê-los. Às
vezes eu escrevia uma coisa qualquer no meio das redações só para ver se meus professores
diriam alguma coisa.
Nenhum nunca disse nada.

Infelizmente, o mesmo princípio não se aplicava a provas de múltipla escolha. No primeiro
tempo, na aula de Inglês, descobri que minha professora de 700 anos de idade, cujo
verdadeiro nome era Sra. English, tinha mandado a gente ler O Sol é para Todos durante o
verão, então me dei mal na primeira prova. Ótimo. Eu tinha lido o livro há uns dois anos. Era
um dos favoritos da minha mãe, mas fazia tempo e eu tinha esquecido os detalhes.
Uma informação pouco conhecida sobre mim: leio o tempo todo. Livros são a única coisa que
me tira de dakota, mesmo que por pouco tempo. Eu tinha um mapa na parede, e toda vez que eu
lia sobre um lugar que queria conhecer, eu fazia uma marcação nele. Nova York estava
marcada por causa de O Apanhador no Campo de Centeio. Na Natureza Selvagem me levou a
marcar o Alasca. Quando li Pé na Estrada, marquei Chicago, Denver, Los Angeles e Cidade
do México. Kerouac pode nos levar praticamente a todos os lugares. De tempos em tempos, eu
fazia uma linha para ligar os lugares marcados. Uma linha verde fina que eu seguiria numa
viagem de carro no verão antes de ir para a faculdade, isso se conseguisse sair dessa cidade.
O
mapa e o lance da leitura eram um segredo só meu. Livros e basquete não misturavam por
aqui.
A aula de química não foi muito melhor. O Sr. Hollenback me amaldiçoou escolhendo Emily
Odeio-eu para minha parceira de laboratório, também conhecida como Emily Asher, que
me despreza desde o baile do ano passado, quando o par dela de um fora nela o erro ela acha que e meu.
e deixar que meu pai nos levasse no Volvo enferrujado. A janela quebrada que não
fechava tinha desarrumado seu cabelo louro perfeitamente cacheado para o baile, e na hora
que chegamos ao ginásio ela parecia Maria Antonieta ao acordar. Emily não falou comigo o
resto da noite e mandou Savannah Snow me dar o fora de amizade  passos da mesa do
ponche.

esse foi o fim da história.

Era uma fonte de diversão sem fim para os caras, que viviam na expectativa de que íamos
ficar amigas de novo . O que eles não sabiam era que eu não curtia garotas como Emily. Ela era
bonita, mas era só isso. E olhar para ela não compensava ter que ouvir o que saía de sua boca.
Eu queria alguém diferente, alguém com quem eu pudesse conversar sobre outras coisas além
de testas e coroações no baile de inverno. Uma garota que fosse inteligente ou engraçada, ou
pelo menos uma parceira de laboratório razoável. Talvez uma garota assim fosse um sonho,
mas um sonho ainda era melhor do que um pesadelo. Mesmo se o pesadelo usasse saia de
líder de torcida.
Sobrevivi à aula de química, mas meu dia só piorou. Pelo visto, eu ia ter aula de História
Americana de novo esse ano, que era a única História ensinada na Jackson, tornando o nome
redundante. Eu passaria meu segundo s ano consecutivo estudando a "Guerra da Agressão
Norte" com o Sr. Lee, cujo nome era só coincidência. Mas como todos nós sabíamos, em
espírito, o Sr. Lee e o famoso general da Confederação eram a mesma pessoa. O Sr. Lee era
um dos poucos professores que realmente me odiavam. No ano anterior, por causa de um incidente de lizzy.

— Cara, você soube?
— Soube de quê?
— Tem uma garoto novo na Escola — Tem um monte de Garotos  novos, uma turma inteira de o ano, imbecil.
— Não estou falando dos garotos do 1º ano. Tem uma garoto novo no nosso ano.
Em qualquer outra escola, uma garoto  nova no 2º ano não seria novidade. Mas estávamos na
Escola. E não tínhamos uma garoto nova no nosso ano desde o 3º ano fundamental, quando
Kelly Who veio morar com os avós depois que o pai foi preso por gerenciar um esquema de
jogatina no porão da casa deles em Lake Ville.
— Quem é ele?
— Não sei. Tive aula de Cívica no segundo tempo com todos os nerds da banda, e eles não
sabiam nada além de que ele toca o violino ou algum instrumento assim. Queria saber se ele e gato.
Lizzy tinha a mente limitada, como a maioria das garotas. A diferença era que a mente limitada
dele estava diretamente ligada à boca.
— Então ele é uma nerd de banda?
— Não. É música. Talvez tenha o mesmo amor que eu por música clássica.
— Música clássica?
Lizzy só tinha ouvido música clássica no consultório do dentista.
— Você sabe, os clássicos. Pink Floyd. Black Sabbath. Os Stones.
Comecei a rir.
— Sr. Campbell. Sr. Lawson . Lamento interromper a conversa de vocês, mas eu gostaria de
começar, se vocês concordarem

O tom do Sr. Lee era tão sarcástico quanto o do ano passado, e o cabelo oleoso penteado de
forma a tentar cobrir a careca e as marcas de suor nas axilas continuavam horríveis. Ele
distribuiu cópias do mesmo planejamento que provavelmente usava há 10 anos. Participar de
uma encenação da Guerra Civil era obrigatório. Claro que era. Eu podia pegar emprestado o
uniforme de um dos meus parentes que participaram de encenações por diversão nos finais de
semana. Que sorte a minha.
Depois que o sinal tocou, Lizzy  e eu ficamos no corredor perto dos nossos armários na
esperança de dar uma olhada no garoto novo, Pelo que ele , falava, ele já era sua futura alma
gêmea e companheira de banda e, provavelmente, companheira de algumas outras coisas que
eu nem queria saber. Mas a única coisa que conseguimos ver foi  Chase laffosin usando uma
saia jeans dois números menores. Isso significava que não íamos descobrir nada até a hora do
almoço.

Apenas Um Minuto - Anjos e humanosOnde histórias criam vida. Descubra agora