Onde Tudo Começou

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Text: Primeira Pessoa.
Pov: Helena

Memories: On

   Por algum motivo, mesmo que eu tivesse mudado de ares, você sabe que eu não estou psicologicamente bem, certo?
   E por mais bem elaborada que fosse essa balada, por mais a quantidade de pessoas que dançavam nessas pistas, por mais que eu tivesse a sua companhia, eu me sentia só.
   Você então retirou-se, dizendo-me que iria ao banheiro, mas eu sabia que seria algo à mais que isso, pois eu a esperei um longe tempo sem obter seu retorno. Mas não à culpo, a ideia de vir aqui havia sido minha, assim como hoje também.
   Debruçada sobre o balcão eu deslizava o dedo indicador sobre a boca da taça que outrora havia soju. A outra mão sustentava meu rosto que a cada minuto parecia pesar mais. Suspirei fundo o suficiente para criar coragem e me levantar dali.
   Caminhei em direção ao pessoal que dançavam loucamente. Confesso que eu mal conseguia enxergar com os faroletes de luz vermelha que atigiam minhas retinas. No entanto, persisti nos passos quando uma dessas luzes tornou a passar clareando minha vista, assim pude notar um rapaz alto, estava de terno e gravata, à minha frente. Obtinha em sua mão uma taça a qual me ofereceu sua bebida. Recusei entre sorrisos sem graça.

Sua boca encontrava-se em minha orelha, o qual sussurrava-me perguntas aleatórias. — O que fazes sozinha em meio a multidão? — Em seguida laçou minha cintura com seu braço direito, levando-me para ele.

— Estou com a minha amiga... ela logo volta do banheiro. — Tentei afastar-me respondendo na mesma altura que havia me direcionado, entretanto, e seu jeito elegante e sedutor fazia com que eu perdesse as minhas forças.

— Acredito que ela não volte tão já... e você também não deveria. — Revirei os olhos, senti meu rosto corar por um homem, pela primeira vez. Entreabri meus lábios para encerrar o diálogo, talvez despachá-lo como fiz com todos os outros, contudo, não esperava que ele me surpreendesse.

Ainda laçando minha cintura, trouxe-me para mais perto, agora eu podia inalar o seu cheiro, podia sentir o seu corpo sendo pressionado contra o meu. Em um piscar de olhos, seus lábios colidiram aos meus, beijando-me da forma mais intensa e calorosa que eu já recebi em toda minha vida.
Não houve hesito, não houve forças para recusar tal tentação. Deixei levar-me pela curiosidade.

Memories: Off

— Tá! Agora vai me dizer que ficou só nisso? — Marcela questionou indigada por ter encerrado o conto tão derepente.

— Lógico que não, zé ruela! — Baguncei seus cabelos à gargalhar. — Se eu disse que transei com ele...

— Anda, então continua! — Me interrompeu, pedindo mais uma garrafa da famosa cachaça coreana, para o garçom.

[Continuação no Próximo Capítulo] →

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