°Capítulo 7°

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             Sophie passou os exatos cinco dias chuvosos e preguiçosos,  dentro da residência de Aaron, junto com o seu fiel amigo, Zeus.  Aaron pediu...quase ordenou, dizendo que deveria permanecer mais tempo perto dele, para poder monitorá-la com a medicação e os curativos, que eram trocados três vezes ao dia.
             Ela tentou convencer, de que estava em perfeitas condições,  e que poderia voltar para a sua casa, mas durante a noite ela mexeu no machucado, e não conseguia se mover direito pela dor e sangramento do local.
             Já Aaron, queria e muito, que ela ficasse mais tempo.   Isso era um pretexto para poder ficar próximo dela, e conhecer -lá melhor.   Mesmo que o seu cachorro estivesse ali grudado a ela, e tomando quase todo espaço da cama a noite.  Eles entraram num consenso para dormirem juntos, deveria ter um travesseiro no meio da cama.  Claro que, no meio da madrugada ou quando Sophie já se encontrava num sono pesado, Aaron retirava a almofada e a jogava longe. Abraçava o corpo de Sophie junto ao seu, sentindo o seu cheiro e o cheiro dos seus cachos, que ficavam bagunçados e jogados perto de seu rosto em algum momento.
            Nesta manhã, o Sol deu o ar de sua graça,  acompanhado de um vento fresco, que trazia o cheiro da natureza pelo ar, trazendo paz e tranquilidade.  Os pássaros cantavam alegres pelo bom tempo, e voavam livremente pelo céu.  Está manhã, Sophie havia acordado bem cedo, se sentindo bem e disposta para fazer uma corrida, pela floresta.    Aaron continuou dormindo junto com Zeus, que deixava a cabeça apoiada na perna dele.  Os dois não saiam de perto dela,principalmente, quando Aaron não podia resolver suas coisas, referentes a matilha em casa, ele saia e Zeus permanecia de guardar a todo instante. Talvez tenha sentido o perigo que a dona estava passando. Colocou uma roupa confortável e saiu.

             Aaron lhe contou sobre sua espécie, sua alcateia e como é responsável por ela.   Ainda teria um momento para visitar o lugar, junto com ele, mas estava investigando sobre um suposto infiltrado dentro da matilha.   Eles ainda iriam conversar sobre a relação deles, juntos.  Aaron fazia questão de que, um jantar fosse feito hoje a noite.  Sophie conheceria sua família, as pessoas que mais confiava e morreria por eles. Sem se esforçar, Sophie percebia que, ele a queria em sua vida.

            Durante esses dias,Sophie se sentia nas nuvens,mesmo ainda achando estranho por ser algo novo pra ela, tanto de sentimento, quanto de mundo.  Na sua realidade, ela só pensava nos perigos do mundo.  Pensava nos caminhos que deveria trilhar até o seu sonho, de algo estável em sua vida, sem muitas preocupações.
           Os seus pensamentos passavam como um filme de romance do Vale A Pena Ver de Novo, com encontros e desencontros ou momentos sensíveis entre os casais.  Sophie corria entre as árvores,  e o vento gélido cortava a pele do rosto.    A corrida era na área próxima da casa de Aaron, e estimou que voltasse uma hora depois do exercício. Precisava gastar energia, estava ansiosa para voltar ao trabalho.
           Havia uma estrada de terra batida,  então seguiu até a campina onde era familiar para ela, sempre visitava aquele lugar, com os pais ou sozinha.  Sophie estava próxima de casa. Sorrindo e olhando pra trás, por onde veio, e pensando no caminho que fazia da sua casa até ali. O destino parecia pregar uma peça, pois, eram tão próximos.
           O Sol brilhava radiante, naquela parte da área verde, fazendo Sophie se sentir nostálgica e relaxada, fechou os seus olhos e respirando bem fundo. Sentindo seus pulmões absorverem cada pureza que aquele lugar lhe proporcionava.

           Enquanto mantinha os seus olhos fechados, ela sentiu algo a incomodar,  uma presença estava no mesmo lugar.   Abriu vagarosamente os olhos, e viu ao longe um animal horrível, curvado e com os ossos bem amostra sob a pele cinza, com poucos e finos  pelos.   Orelhas pontudas e grandes,com garras afiadas ao longo dos dedos finos.  Os olhos eram de uma cor negra intensa, parecendo uma escuridão sem fim, observava Sophie com muito interesse. Era parecido com um lobo, como Aaron, mas era bem mais magro e deformado.  Saliva caía pra fora da boca, onde havia fileiras de dentes afiados.
           O coração de Sophie começou a acelerar, enquanto o animal se aproximava devagar em sua direção.  A distância entres eles era grande, mas Sophie, sentia que aquilo não era nada comparado aquele animal enorme.

O lírio que me cativasOnde histórias criam vida. Descubra agora