Capítulo 8: Visitantes Inesperados

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No decorrer da manhã, Ahlam ajudou as demais mulheres a servirem o café para todo o exército e também suportou o humor de seu novo "amo"

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No decorrer da manhã, Ahlam ajudou as demais mulheres a servirem o café para todo o exército e também suportou o humor de seu novo "amo". Com muita destreza, os soldados desmontaram acampamento e começaram sua jornada de volta a sua cidade natal, Hasfah. Uma grande caravana seguia pelo deserto, alguns em camelos, outros em seus pomposos cavalos. Faris levava Ahlam em seu cavalo à frente, logo atrás de Abdul.

— Você não está com calor? — ele questionou.

— Não — Ahlam respondeu, secamente.

— Poderia ao menos tirar essa capa e pôr algo mais leve, ou do contrário vai acabar passando mal no meio do deserto.

— Estou bem assim. Se eu passar mal talvez tenha a sorte de morrer e me livro de você.

— Criaturinha maligna. Salvo sua vida e é assim que sou recompensado. Taieb. Depois não vá falar que não lhe avisei. — Faris a alertou, com um vasto sorriso irônico no rosto.

— Você me salvou? Você me salvou? Faris, fico impressionada o quanto você distorce a verdade. Meu lugar não é aqui, junto a vocês, povo bárbaro. Meu lugar é junto ao meu povo, junto à minha família. Meu pai irá descobrir meu paradeiro e vocês serão todos mortos.

— Blablablá. Só ouço você falar disso o tempo todo, mas a verdade, Alteza, é que seu reino não é forte o suficiente, tanto que invadimos sem grandes problemas e até agora o seu querido pai não veio atrás de mim para buscá-la. Provavelmente deve estar aliviado por ter se livrado de você.

Ahlam ainda estava com sua capa de quando havia sido capturada e, por mais que soubesse que Faris estava certo sobre sua roupa, ela se recusava a dar o braço a torcer e concordar com seu raptor. Já tinha sido o bastante o que ela havia aturado daquele homem até então.

Eles andaram pelas areias quentes até a metade do dia. O sol estava escaldante e a jovem princesa começava a sentir os efeitos do perverso deserto.

— Não aguento mais, preciso de mais água — disse ela a Faris, encostando sua cabeça cansada no seu peito.

— Você bebeu o último gole de água meia hora atrás e eu disse para economizar. Estamos quase chegando à área em que abastecemos.

— Área? Há algum Oásis por aqui? — perguntou, ofegante.

— Claro que não, não seja tola. Espere e verá.

Homem desprezível.

Mais trinta minutos passaram, até que finalmente todos avistaram um rebanho de cabras e várias barracas. Era um acampamento beduíno.

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