Capítulo 7: Allat

111 6 0
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


-Acorde! Ahlam, acorde! — Faris disse, enquanto sacudia a princesa que ainda dormia.

— Adiva, me deixe dormir!

— Adiva? Ora, Acorde, Ahlam! — Ele falou mais alto, balançando a princesa com mais força.

— O quê? Oh não, é você! O que você quer? Deixe-me dormir, ainda é muito cedo, olhe — ela disse, apontando para rua. — Ainda está escuro.

— Cedo? Princesinha mimada, só se for cedo para você! Vamos, tenho de organizar umas coisas e você vai me ajudar a preparar a refeição dos homens pela manhã.

Como é que é? Ele só pode estar brincando.

— Refeição? Preparar? Eu vou preparar? O que houve com as outras mulheres? — perguntou ela sonolenta.

— Estão dormindo. Ontem você não fez nada. Vamos, um pouco de trabalho no corpo não faz mal a ninguém.

Resmungando, Ahlam se levantou, tirou sua capa e colocou seu colar por dentro de sua roupa. Foi em direção à vasilha com água, lavou o rosto, arrumou seu cabelo e saiu da tenda.

— Arhh, Faris, ainda está escuro! Veja, a lua ainda nem saiu do céu!

— Como você é mimada e resmungona! Estou começando a achar que fiz mau negócio em tomar você. — Faris falou mal-humorado, enquanto acendia a fogueira. — Tome, vá pegar água. —

Ele entregou uma vasilha para Ahlam.

— Você bateu a cabeça? Onde vou achar água? Estamos no meio do deserto!

— Vá até meu cavalo e pegue uma bolsa feita de pele e traga aqui. Ou será que é esforço demais?

Maldição, pensou a princesa. Está certo que eu queria me aventurar pelo mundo, mas isso é uma desventura. Acho que Allah entendeu mal meus pedidos.

Chegando onde estava o cavalo de Faris, ela percebeu que havia ao lado várias bolsas feitas de pele de bode. Confusa, ela cutucou com o dedo.

Ah, que nojo! Não acredito que eles carreguem água nisso!, ela refletiu, enquanto abria o recipiente e via que realmente existia água ali.

Colocando o líquido na vasilha, ela andou desajeitadamente de volta à Faris carregando o peso.

— Que demora! Ande logo!

— Está pesado — ela respondeu, colocando a vasilha no chão com um baque, quase derramando o líquido.

— Veja o que você está fazendo! Você é a mulher mais fraca e mimada que já conheci! As coisas terão de mudar agora que está viajando comigo. — Faris a repreendeu sarcasticamente com um olhar maldoso.

— Não fui feita para carregar peso como vocês! — Ela desdenhou.

— Se você não fosse tão mimada e cheia de manias conseguiria fazer as coisas do jeito certo.

O Medalhão de ÍsisOnde histórias criam vida. Descubra agora