Capítulo 4: O Príncipe Marzuq

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Trombetas soaram ao longe, atraindo a atenção da população que estava pelas ruas da cidade. Uma caravana imensa real se aproximava dos portões do palácio; diversos soldados montados em cavalos brancos seguiam na frente, levando bandeiras do reino de Badhi. Logo atrás, havia algumas mulheres vestidas em roupas finas jogando pétalas de rosa pelo caminho e, após elas, a família real.

O príncipe Marzuq estava montado em seu cavalo negro brilhante à frente, seguido de criados que carregavam às costas o rei de Badhi, que calmamente comia castanhas e olhava para o povo com certo desdém. Os guardas do sultão de Nifah abriram os portões para que a comitiva entrasse no palácio enquanto Ahlam observava tudo do alto de sua sacada com curiosidade e receio.

Chegou a hora. Pensou a princesa, enquanto contemplava a família real vizinha entrar. Ela pôde ver quando seu pai foi logo cumprimentar os visitantes e os convidou para entrar.

— Sejam bem-vindos! É uma alegria recebê-los em nosso reino! — disse o pai de Ahlam.

— Ficamos honrados em poder fazer essa aliança, acredito que irá nos trazer grandes benefícios — respondeu o rei de Badhi, Kareef, olhando para seu filho.

— Venham, vamos nos acomodar! — Abbas convidou.

Os três homens seguiram até um salão especial para reuniões e passaram a tarde conversando sobre os reinos e como a futura aliança iria ajudar em seu desenvolvimento. O principal motivo de tantas guerras entre os dois reinos não era a grande riqueza e patrimônio de seus líderes, era um outro tipo de preciosidade que, curiosamente, ficava no subsolo e passava debaixo dos seus pés... água.

Nifah havia sido atacada por diversos líderes e tribos por causa do grande lençol d'água que percorria toda a sua extensão, terminando exatamente na faixa de terra que fazia fronteira com Badhi e era por esse motivo que Kareef se achava no direito de reivindicar as terras e toda a água que ela possuía. Abbas tentara, inclusive, dividir o precioso líquido com o povo vizinho, porém, Kareef tinha planos que não incluíam dar água em abundância para seu povo, assim como era feito em Nifah, criando, assim, um novo conflito que durou mais cinco anos com milhares de mortos.

— Assine aqui e sua filha estará destinada à Marzuq e, desta forma, não haverá mais desavenças entre nossas casas — disse o rei de Badhi.

— Até porque você sabe que eu nunca atacaria um lugar onde um filho meu estivesse — Abbas disse sarcasticamente, enquanto assinava o acordo. — Então a faixa que divide os nossos reinos a partir de agora é terra de ninguém.

— De acordo — Kareef falou.

Quando estava quase anoitecendo, a princesa finalmente foi chamada. Seguiu com passos preguiçosos, como se estivesse andando para a execução, em direção à ala do palácio onde estavam as duas famílias reunidas a sua espera.

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