Capítulo 5

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Hanna acordou assim que viu o sol clarear o quarto, na verdade dormir essa noite foi um grande desafio, imaginar todas as possibilidades do Nathan machuca-la novamente fez com que ela chorasse até cair no sono, mas foi um sono fraco que ao ver o brilho do sol acabou.

Ela se levantou, e foi pro banho, tirou a roupa sentou no chão do banheiro deixou a água cair sobre si e chorou. Uma coisa que vinha fazendo ultimamente. Não por ser fraca, na verdade ela estava sendo muito forte, guardar todo esse medo dentro de si estava machucando demais, porém ela não conseguia mais contar nada a ninguém. Depois de tudo que Nathan a fez passar e ninguém conseguiu perceber, Hanna se fechou, se trancou dentro de si e nunca mais quis sair. Isso a machucava porque na verdade ela sentia falta de sorrir. Sorrir de verdade, com felicidade, trasmitindo sentimentos, sem ser o de pena que todos passaram a carregar.

Toc! Toc! Toc!

— Hanna, vc vai demorar muito? Vamos acabar nos atrasando. — Aria disse após bater na porta do banheiro.
— Estou saindo já! — Hanna respondeu se levantando do chão

Concluiu o seu banho, colocou suas roupas e saiu.

— Pensei que ia morar lá dentro. — Aria disse quando Hanna abriu a porta.
— Desculpe! Perdi a noção do tempo.
— De boa, deixa eu me arrumar pra gente não perder todas as aulas.


As duas proseguiram seu caminho, chegaram na escola, a noite havia sido tão cansativa para Hanna, que seu humor não era um dos melhores, as notícias sobre o Nathan estavam por toda parte, e as pessoas ficavam esperando o momento em que ele iria matar a  Hanna ou a sequestrar.

Hanna estava de frente para o seu armário quando Caleb apareceu.

— Huuum, essa cara ai, de quem bebeu a noite toda.
— Serio? Já? Não ta vendo que hoje não é um dia bom?
— Você só pode ser germiniana, ou tem ascendente, porque nunca vi uma pessoa ser tão mal-humorada de manhã!
— Sou Capricorniana! E sou muito feliz.
— Ta explicado, por isso ta sempre com essa cara ai, nem um dia pra você é bom.
— Ah! Caleb, menos.
— Me di uma coisa, já comeu hoje? Esse seu humor horrivel deve ser falta de comida.
— Não, ta pensando em me dar seu fígado?
—  Nossa cara — ele sorriu. — então vamos comer!

Caleb segurou a mão de Hanna e saiu correndo em direção ao portão. Hanna nem questionou e apenas o seguiu. Passaram na cafeteria compraram coisas gostosas para comer e foram para um lugar diferente. Na verdade aquele era o lugar secreto de Caleb, um parquinho no meio de uma floresta, na parte mais distante da cidade, um lugar calmo, o parquinho não era utilizado a anos pelas crianças da cidade, mas era um grande refugio pros jovens que precisavam de um refúgio.

—Estamos um pouco longe, acho melhor voltarmos.

— Hanna, acabamos de chegar, e relaxa, não vou te agarrar. 
— Existe pessoas malucas no mundo,  vai que você é um.
— Haha!  Vamos comer e conversar um pouco.
— Esse pão ta gostoso, sempre compra ali?
— Sim. O dono e meu amigo de infância — Hanna quase se engasgou.  — Está tudo bem? — Caleb a pergunta.
— Está sim, desculpa. — ela sorrir.
— Me diz como que você conheceu a Aria?
— Pra que você quer saber como eu conheci a Aria? Isso é uma investigação pro seu amiguinho?
-— Porque quero saber como isso aconteceu, e não isso não é investigação pro Ezra, só acho que a Aria merece um troféu por aturar você. 
— Fala serio, me trouxe aqui pra ficar me ofendendo?
— Não estou te ofendendo, apenas é isso que você me mostra, e você muda de humor muito rápido.
— Ela tava passando por alguns problemas e eu a ajudei. Depois disso ficamos um pouco mais distantes. E depois de 3 anos separas ela caiu na minha turma e reatamos a amizade! Apesar do odio que mãe dela sente por mim sempre colocamos a amizade na frente de tudo.
— Você ajudou ela? Pensei que tivesse sido diferente.
— Tem muita coisa sobre mim que você não sabe Caleb.
— Isso é uma verdade, por isso estamos aqui. Quero saber coisas sobre você.
— Não, vamos falar sobre você! Como sua mãe é?
— Então... minha mãe me abandonou eu tinha 7 anos, não lembro muito dela.
— Oh meu Deus! Desculpa. Eu não sabia.
— Eu sei. Tudo bem, você ta namorando?
— Nossa! Que pergunta objetiva.
— Reponde logo. Não quero ter que bater em alguém depois, por ter sequestrado a namorada dele.  — Hanna caiu na gargalhada.
— Não, estou solteira, na verdade a bastante tempo!
— Por que?
— Isso eu não quero contar.
— Promete que me conta algum dia?
— Talvez.
— E seus pais? Me fala sobre eles?
— Eles estão se separando, meu pai traiu minha mãe, com a secretária!
— Nossa. Vidinha boa a sua.
— Pelo menos eu tenho pais.
— Nossa Hanna, não precisava disso. 
— Desculpe! Foi maior que eu.
— Você sempre foi assim?
— Talvez um pouco menos.
— Já sei porque ta solteira, ele terminou contigo porque descobriu que você é uma ogra.
— Quem dera.

Haleb - A aventura mais louca de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora