Ripped Jeans • Zayn Malik

8

Zayn Malik,
Los Angeles

Estico o corpo e sei que não é um sonho, assim que sinto a pele morena dela contra a minha. Embrulhados nas cobertas brancas, ela dormia.

Mexo-lhe no cabelo e ela faz uma expressão estranha, como se sentisse mesmo estando num sono profundo.

De todas as asneiras que fiz, tenho a certeza que meter-me naquele bar e quase ser morto, foi uma delas.

Se assim não fosse, provavelmente hoje acordava sozinho e completamente sem rumo.

Sinto o telemóvel vibrar na mesa de cabeceira e atendo para que pare.

- Estou. – Falo baixo, enquanto me tento esgueirar para fora da cama.

Fecho a porta da casa de banho devagar e repito as minhas palavras.

- Zayn. Bom dia. – A voz do meu melhor amigo soa do outro lado.

- Não sei como te agradecer. – Eu revelo antes que ele comece a falar seja o que for.

- Aleluia! Correu tudo bem. – Ele suspira aliviado.

À dois meses atrás provavelmente o odiaria por estar tão próximo da Kelsey, mas facilmente me apercebi que estava completamente equivocado.

Ele estava do meu lado.
Aliás todos eles.

- Isso é que era confiança.

- Ela é que disse que te queria arrancar a cabeça. – Ele diz e riu. – Mas eu estava positivo.

- Então, ainda bem que tudo correu bem. – Eu digo lembrando-me da noite anterior. - Mas ainda não tive a oportunidade de lhe contar tudo.

- Falamos os dois. – Ele diz mais sério. - Mas não aqui em casa. Já sabes.

Era demasiado arriscado levar a Kelsey até minha casa, até porque com a polícia à perna todo o cuidado era muito pouco.

- Certo. Ela acordou. Passa aqui a meio da tarde. – Peço-lhe e ele concorda.

Desligo a chamada e oiço-a chamar o meu nome ainda ensonada.

- Bom dia dorminhoca. – Sento-me e ela está deitada de barriga para baixo.

- Que horas são? – Ela questiona ainda de olhos fechados.

- Cedo. – Respondo em desdém e ela franze o olhar.

- Não foi isso que perguntei. – Ela beija-me o pescoço e puxa-me devagarinho para a cama.

- Hm. Hm. – Agarro-a gentilmente pelo cabelo.

- Se é cedo, volta para a cama. – Ela rodeia o meu corpo desnudo com as mãos e puxa-me para baixo dos lençóis.

Neste momento parecemos duas crianças debaixo dos lençóis completamente escondidos do mundo real. E mais ao menos assim.