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Kelsey Adams,
Los Angeles.

Encaro o homem ao meu lado, de respiração descompassada e sinto-me demasiado sortuda.

Ele acaba por me sorrir e fechar os olhos, entrando num sono profundo, ao qual, eu não o acordaria.

Eram sete e meia, e vimos o tempo passar por nós, enquanto tínhamos uma tarde tórrida de amor.

Agarrei nas minhas roupas espalhadas pelo chão e vesti-me, levando comigo a sweatshirt cinzenta dele. Olho-o mais uma vezes e ele nem se ousa mexer.

- Até logo. – Profiro baixinho, mesmo sabendo que não me ouviria.

Desço as escadas de madeira, enquanto as oiço ranger e, acabo por sair. Encaro o dia de sol que ainda se faz sentido, mesmo estando o sol a pôr-se exatamente à minha frente sobre a água cristalina do mar.

Pego no meu telemóvel e resolvo dar algumas justificações à minha mãe, pois não queria de todo que fizesse um filme de terror autêntico na sua cabeça.

Aproveito e disco o número de Harry, pois queria saber de estado de facto tudo bem com ele.

- Caracóis? – Digo, quando ele me atende e oiço um riso.

- Tens que parar de me chamar isso. – Ele diz. – Que se passa?

- Impossível. – Digo. - Quero encontrar-me contigo.

- Claro, mas e o Zayn?

- Ele ficou a dormir. Não sabe que sai. – Digo-lhe. - Quero ver se chego antes de ele dar pela minha falta.

- O que estás a tramar Kelsey? – Ele suspira alto, já me conhecendo praticamente a cem porcento.

- Nada. No Georgia's? – Sugiro e ele concorda comigo.

Guardo o telemóvel no bolso de trás das calças e encaro o carro preto que ainda se mantinha à porta de casa.

E ainda bem, pois não tinha o meu carro comigo, por segurança.

- Podia deixar-me no Georgia Café? – Pergunto e o condutor assente sem me dizer uma única palavra.

- Cá estamos. – A voz do homem que viera a conduzir profere finalmente alguma coisa e agradeço-lhe.

- Se puder esperar uns minutos, eu agradecia. – Peço.

- É o meu trabalho. Claro que sim.

Sorri falsa, pela pergunta estúpida que tivera feito, mas não estou habituada a ter alguém que me leve de um lado para o outro. Gosto de conduzir.

- Boa tarde. Bem-vindo ao Georgia Café, o que vai desejar. – A mesma senhora simpática que me atende quase sempre, diz.

- Latte com baunilha. – Peço e ela não faz uma cara admirada, bebo sempre o mesmo. - Aliás, dois.

Ela sorri-me e desaparece com o meu pedido. Encaro o telefone e já havia passado meia hora desde que deixei a casa e já sentia um aperto no peito.

Ripped Jeans • Zayn MalikOnde histórias criam vida. Descubra agora