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- Kelsey Adams,
Los Angeles

Mal podia crer no que estava a ouvir. Harry continuava a proferir palavras que eu nem sequer conseguia ouvir.

- Estás louco? – Eu disse. - Que ideia absurda é essa? Ele não tem nada haver com o acidente. – Sussurro.

- Ele foi notificado Kelsey. Eles têm provas, para além do roubo que fizemos ao banco do Collins.

Agarrei-me firmemente à bancada e fechei os olhos, tentado imaginar todo um desenrolar de coisas horríveis.

Era mentira, e eu sabia-o. Mas um júri provavelmente não acreditaria.

- Há quanto tempo? Há quanto tempo é que ele foi notificado?

- Depois de teres ido embora. – Harry diz-me que foi por isso que voltou mais cedo da sua longa viagem à Europa.

- Onde é que ele está? –  Pergunto aflita. - Diz-me.

- Em casa. Mas não acho que seja boa ideia apareceres.

- Ele tem tanto para me explicar. – Eu agarro no meu telemóvel e avanço até à sala de jantar.

Aviso a minha mãe de que preciso realmente de sair e abandono a minha própria festa surpresa.

Meto-me no carro e Harry entra no seu, pronto para me seguir. Avanço com velocidade e brevemente estarei novamente à porta de casa dele.

O telemóvel toca e atendo em altifalante. Oiço algum ruído e depois a voz de Harry do outro lado.

- Apenas ouve. – Ele pede-me o que acho estranho. - Encosta o carro por favor. – Ele volta a pedir.

Desligo a chamada e encosto o carro junto a uma pequena bomba de gasolina à beira da estrada.

- Porque é que não queres que o veja? Aliás porque é que ele me ignorou por completo durante este tempo todo. – Eu soltei as palavras sufocantes.

- É mais complicado do que pensas. – Ele diz e fico sem entender nada. - Garanto-te que estarás com ele, eu próprio tratarei disso. Até lá, não utilizes o teu telemóvel para comunicar com ele.

- Isto já parece a merda do CSI.

Harry ri-se e suaviza-me um pouco.

- Volta para casa e desfruta da tua festa. – Harry sugere e eu assinto, ainda que, toda a vontade presente no meu corpo me dissesse o contrário.

Volto para o carro e Harry permanece no mesmo sitio, mas agora mexe no seu telemóvel.

- Tu não vens? – Eu pergunto, antes de voltar a entrar na minha viatura. Harry abana a cabeça em negação. - Até depois Styles.

Liguei o carro e inverti a marcha, de volta para casa. Quando entrei, as pessoas ainda estavam exatamente no mesmo sítio em que as deixara.

- Onde é que foste? – A minha melhor amiga questiona-me com cara de poucos amigos. - Então?

Fiz-lhe sinal e pedi-lhe que subíssemos, para que pudesse conversar com ela sem interrupções. E claro, porque as paredes tinham ouvidos.

Ripped Jeans • Zayn MalikOnde histórias criam vida. Descubra agora