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Kelsey Adams,
Los Angeles

- Estou a chamar-te à mais de cinco minutos. Então? – O meu irmão abana-me e eu retiro os fones do ouvido, sentando-me na cama.

Eram quase dez e meia da manhã e todos já tinham abandonado a nossa casa à cerca de duas horas. Escusado seria dizer que não tinha dormido nada e não era pelo ambiente entre amigos, mas sim pela chamada surpresa que Harry fizera à tantas da madrugada.

Teria de lhe ensinar que não se explodem bombas às tantas da madrugada, porque isso causa insónias graves.

- Desculpa. – Brinquei. – O que é que deseja desta humilde princesa?

- Preciso de saber se a princesa quer boleia para algum lado.

- Não, a princesa vai permanecer nos seus aposentos por tempo indeterminado. – Voltei a pôr fones nos ouvidos e deitar a cabeça na almofada e logo o meu irmão desapareceu.

Após o último refrão e acorde da música levanto-me e não sei bem como matar o tempo até às oito. As aulas de todos ainda duravam mais esta semana e por isso não tinha com quem matar tempo.

Não sabia o que vestir e muito menos o que dizer quando o visse. Tinha umas saudades enormes de beijar e agarrar aquele que me dizia amar e que, eu, tenha a completa certeza de que amava. Era quase como se o fosse ver pela primeira vez, como se pudesse sentir pela primeira vez o cheiro da colónia, ou até mesmo o cigarro característico a navegar nos lábios dele eu sentia falta.

Queria que me explicasse as coisas. Porque é que ele podia achar que eu não merecia uma? O mais engraçado era o facto de tudo se ter invertido de uma forma tão rápida.

Peguei no telemóvel a ameacei tocar no número de Zayn, porém, liguei para Harry, na esperança que estivesse perto dele. Não que isso mudasse muito.

- Kelsey, que bom que ligaste. – Ele diz mais animado que ontem. - Não me esqueci.

- Eu sei que não. – Disse e podia senti-lo a sorrir. – Estou aborrecida.

- Falta pouco.

- Como é que ele está? – Não hesitei em perguntar e pensei no pior quando Harry pareceu, por segundos, hesitar.

- Nervoso, eu diria. – Ele disse, e talvez isso fosse bom. - Não que ele admita, mas eu conheço-o.

- Estive a pensar... – Eu começo por falar, assim que uma súbdita ideia me vem à cabeça.

{...}

Falava à cerca de meia hora com a Matilde ao telefone e ela fazia-me sentir saudades de Nova Ioque. O que era difícil.

- Tu deves ter escrito burra na testa. A sério Kelsey. – A de cabelos loiros, praticamente me grita pelo telefone.

- Não sejas assim. Gosto mais da Matilde calminha, que ninguém atura. – Eu digo e ela ri-se.

- Vou ignorar isso que disseste. – Ela ri por segundos. – Vi o teu estado quando nos conhecemos e sei o quão difícil foi, durante semanas, arrancar um sorriso dessa cara.

Ripped Jeans • Zayn MalikOnde histórias criam vida. Descubra agora