MANHÃ TEMPESTUOSA

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Rachel

Abracei Clarisse e olhei o celular e logo depois, já eram 09:45 da manhã e eu estava atrasada, sai rapidamente do lado dela e fui para o banheiro.
E quando voltei ela havia juntado os travesseiros e se aconchegado e tinha dormido novamente, eu cheguei bem perto e passei a mão em seu rosto que estava lindo com a claridade entrando no quarto.
- Eu minha pequena, preciso ir para uma reunião, você quer ir pra casa ou vai ficar me esperando por aqui!?!?
Meio sonolenta e ainda tonta resolveu ficar na cama.
- Rachel, posso ficar!?
Rachel sentou do lado da cama, ainda achava aquilo tudo uma loucura.
- Pode sim Bebê, mas quero que esteja linda quando eu voltar, para irmos almoçar. OK!?Estarei aqui às 13:00hrs.
Rachel deu-lhe beijou e ela deitou novamente pronta para mais uma dose do seu sono.

Clarice
Eu me levantei com o barulho do celular tocando e já eram onze e no telefone era a minha mãe.
__________
- Clarisse, onde você está!?!
- Bom dia pra você também mãe.
- Pare com a brincadeira. Estou no seu apartamento. Você não apareceu, resolvi vim aqui e você não estava e pelo jeito nem dormiu em casa.
- Sai com Marcos ontem. E dormi na casa de uma amiga. Não se preucupe.
- Gostou do presente da Rachel!???
-Sim mãe, aposto que você que deu a ideia.
- Ela me pediu um conselho...rsrs
-Filha, estou indo na empresa. Depois nos falamos. A tarde quero vê-la. Eu te amo.
- também te amo mãe...
... ... ... ...
_______________

Se minha mãe souber onde estou, ela vai ficar muito louca, dormindo na cama da melhor amiga dela.
Eu me levantei e corri para o banheiro, tomei uma ducha gostosa, pensava nos momentos com Rachel naquela noite e de repente a porta do banheiro se abriu e tomei uma baita susto. Tinha uma mulher negra, alta e de cabelos cacheados, e com um olhar de raiva, parecia ser bem mais velha que eu, sai do box e me enrolei na toalha e a mulher lhe fez uma pergunta.

- O que você está fazendo no apartamento da minha mulher!?
Eu pediu licença e passei para o quarto.
- Você está falando da Rachel!?!?
- Claro que sim sua piranha.
Eu fiquei sem palavras, tentando encontrar resposta para aquela situação.
- Eu...ela me trouxe pra cá.
- Deve ser uma vagabunda qualquer.
A mulher se virou de costas pra mim.
- Se eu fosse uma vagabunda qualquer ela não se importaria tanto comigo. a ponto de ir atrás de mim de madrugada e me carregar até o seu apartamento.
A mulher ficou surpresa os ouvir aquilo e se aproximou de mim bem devagar e com olhos que eu podia sentir como se tivesse me queimando.
- De que lixo você veio garota??!?

Naquela hora meu sangue ferveu e eu meti a mão na cara dela e que por sua vez me pegou pelo pescoço e começou a enfiar as unhas em minha pele, eu tentei a todo custo sair das garras dela, até que consegui agarrar minhas mãos em seus cabelos e puxar e ela me largou. Ela pegou um vaso que estava em cima da mesinha do quarto e ia me acertar, Rachel entrou no quarto e pra mim foi um alívio, ela iria me acertar.

- LUIZA, O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO NO MEU APARTAMENTO!?!_Gritou Rachel.
- Amor. Eu só queria te ver. _ela colocou o vaso na mesa e fingiu que estava calma e eu segurava meu pescoço que estava sangrando.
- Eu já te mandei embora Luiza, nós não temos mais nada e me devolve a copia da chave do meu apartamento. Já fiz o deposito da sua parte no apartamento. Não temos mais nada juntas, por favor não quero te machucar.
- Você me trocou por essa pirralha??!? _falou Luíza.
-Eu não te troquei pois não temos mais nada. SAIA, VAI EMBORA OU VOU TER QUE CHAMAR A POLÍCIA.
Luíza olhou para Clarisse com raiva.
- Ela vai te trocar como fez comigo...PIRRALHA!
Luíza saiu batendo as portas.
Eu corri para o banheiro, chorando, abriu o chuveiro e deixei a água limpar o sangue que havia em minha pele e de algum jeito queria que lavasse a minha alma de toda aquela situação.
Eu me vesti e olhei no espelho do banheiro, havia marcas feias em meu pescoço, sai e vi Rachel na cama, e seus olhos estavam vermelhos por ter chorado.
- Rachel você poderia me levar embora!?
Ela se levantou da cama e veio em minha direção tentando me abraçar, mas eu não correspondi.
- Me desculpa Clari, eu não sabia que essa louca ainda tinha a chave do meu apartamento, nós terminamos faz Já tempo e ela continua me perseguindo.
Peguei meu celular que estava em cima da cama, quando o mesmo começou a tocar e era justamente quem eu não queria ouvir e nem ver nessa situação, o Marcos Antônio, Rachel também viu que era ele e rapidamente tomou o celular da minha mãe e atendeu.

_____________
- Oi.
- Olá, projeto de homem.
- Ei. Porque tá me tratando assim e porque você foi embora com aquela velha ontem?
- DESGRAÇADO.
-Ela foi embora comigo ontem, porque você é um idiota, que não tem competência para transar com uma mulher sem ela estar dopada. Só não te machuquei mais ontem seu babaca, pra não ter confusão para o meu lado.
- Me deixa falar com Clarisse sua idiota.
- Eu quero que você fique bem longe da minha namorada seu filha da puta, você entendeu ou vou ter que te explicar te enchendo de porrada?
A ligação caiu.
_____________

Eu olhava pra ela surpresa com a reação.
- Me dá o telefone Rachel, você não tem direito de fazer isso, primeiro porque não sou sua namorada, segundo porque a sua mulher quase me matou hoje e terceiro, não podemos ter nada.
Rachel ficou desarmada naquele momento, sua raiva foi passando para uma angustia e dava pra ver nos olhos dela que ela queria chorar.
- Vamos então, vou te levar em casa.
- Não precisa, vou pegar um táxi. Me deixa em paz, esquece meu número. Thau.
Eu sai do quarto e por incrível que pareça aquele lugar era maior do queeuimaginava, mas consegui encontrar a saída, entrei no elevador e desabei chorando de raiva e outros sentimentos, fiquei mais aliviada quando sai do prédio e imediatamente apareceu um táxi, entrei e meu telefone já estava tocando, era a Rachel, e eu apenas desliguei o telefone, passei o endereço do apartamento e fechei os olhos esperando chegar no local.
Meu corpo doía e ardia na área do pescoço e minha cabeça doía muito, ainda me sentia tonta e estava com muita fome, a minha mente estava tão longe que nem reparei no caminho, já havia chegado.

Paguei o taxista e subi, abriu a porta e me joguei ali mesmo no sofá e cochilei.

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