Querida mamãe e papai, sei que devem estar preocupados, mas não se preocupem, eu só fui seguir o meu sonho de me envolver com coisas ilegais, experimentar drogas ilícitas e engravidar com dezesseis anos e, provavelmente fazer um assalto à mão armada. Estou brincando com vocês, mas a parte de seguir meus sonhos ainda é verdade. Eu resolvi fugir de tudo isso e viajar para lugares que eu sempre quis. Eu vou com o Juan e, em breve estarei de volta.
P.S: eu estou levando o jack
P.P.S: amo muito vocês.
Com amor, Suzan, sua filha rebelde.
Enquanto eu escrevia a carta, imaginava a reação deles. Eles provavelmente iam me matar. Minha mãe ia me infernizar a minha viagem inteira. Eles provavelmente iam chamar a polícia e iam culpar o Juan por causa disso. Quando voltasse, eu explicaria melhor para eles.
Eu deixei o meu bilhete em cima da cômoda deles, em baixo da luminária. Minha mãe estava me esperando na sala para me levar para a escola. Entrei no carro e peguei meu telefone e mandei uma mensagem para Juan.
– ESTOU NO CARRO. JÁ ESTÁ NO LUGAR QUE COMBINAMOS? ESTÁ COM O CARRO?– ESTOU TE ESPERANDO JÁ. SIM, ESTOU COM O CARRO NOVINHO EM FOLHA AQUI.
– CERTO, ATÉ MAIS.
O carro de Juan de nada tinha de novo. Era um fusca amarelo que era do Pai dele, que trouxe da Espanha, e que antes de ser do Pai dele era do avô dele. Resumindo, o carro com certeza existe a milênios. Minha mãe me deixou na frente da escola e ficou me observando entrar . Quando percebi que ela tinha Ido, conferi minha mochila.
• Absorvente ✅
• Roupas ✅• Meu livro: Orgulho e preconceito ✅
• $850,00 meus, mais $150,00 dos meus pais que eu tinha " pego emprestado" sem devolução. ✅
• Escova de dentes, fio dental, pasta de dentes, antiséptico bucal e sabonete ✅
• Meu CD do Bob Marley ✅
Pronto, eu não precisava de mais nada para passar um tempo feliz atravessando o país.
Saí da escola e fui me encontrar com Juan nos fundos da escola, onde ninguém nos vería e poderíamos fazer a nossa fuga em paz.
– Ta com tudo que precisamos aí?
– Claro, e você? Ta com o tanque cheio?
– Sim, major mauni.
– Pronto, sargento. Pronto para partirmos para a nossa missão?
– Sim, senhora.– Ótimo, soldado. A cada dia que passa, percebo mais a sua competência.
– Obrigado, senhora — ele bateu continência.
– Ta bom, agora chega dessa palhaçada e vamos la!Escutamos o sinal e percebemos que a Barra estava limpa. Fomos até o estacionamento vazio. Bom, nem tão vazio assim. O abutre do Kevin gordo estava ali e nos viu. Porra.
– Aonde pensam que vão, maricas? Por quê vocês não estão na escola?
– Acho que se eu quisesse que você soubesse teria te dito no meio da escola.
Ele tentou me segurar novamente, mas Juan o puxou e deu um soco na Cara dele. Kevin partiu para cima dele . Eu tinha que pensar rápido, se não quisesse que Juan fosse levado a órbito aos dezesseis anos. Vi que no chão, ao lado da lata de lixo, tinha um pedaço de madeira enorme. Fui correndo até lá, peguei-o e... Nossa, como era pesado. Voltei arfando na direção deles. Kevin estava de costas para mim e... BUM! Acertei-o bem no meio dos cornos. Ele caiu incosciente no chão. Fomos correndo para o carro. Entramos e Juan começou a dirigir.
Já na Estrada, Juan falou pela primeira vez.–Nossa, Suzan, como você fez isso?
– Acho que foi a adrenalina na flor da pele.
– Parabéns, você deveria investir nas artes marciais.
– Vou aderir a minha lista de desejos.
Peguei o me CD do Bob Marley e coloquei no DVD do carro. Eu tinha Feito um mapa da nossa rota. Nós morávamos em Charlotte no estado da Carolina do norte. Nós iríamos pelo litoral. Passaríamos por wilmington e iríamos subindo ate Norfolk, e então, iríamos na direção de Chicago e subiríamos até Toronto. Pronto, simples assim. Essa viagem duraria cerca de uma semana. Wilmington era cerca de quatro horas de viagem, com algumas paradinhas inclusas.– E nosso próximo destino será...
– Uma loja de conveniencias – Falou Juan.
– Ué, Rabicó? – As vezes eu inventava apelidinhos para ele.
– Porque precisamos comprar comida, demônio infernal. Ou você quer ficar passando fome no meio da estrada?
– Tudo bem, Rabicó.Fomos para uma loja de conveniencia mais próxima. Compramos algumas comidas industrializadas, sorvete e Cup noodles, para quando nós formos a um hotel à noite. Voltamos à estrada com a música do Bob marley : everything's gonna be alright. Nós cantamos juntos essa música e, quando ela acabou, colocamos de novo e de novo, até nossos ouvidos protestarem e colocarmos na rádio local.
VOCÊ ESTÁ LENDO
o relógio da vida
AdventureApós descobrir uma doença séria e possivelmente sem cura, suzan resolve fugir junto com o seu porquinho de estimação e seu melhor amigo para viajar para paises e viver aventuras que sempre quis antes de morrer. Ela irá conhecer novas pessoas, experi...