Capitulo 7

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Querida mamãe e papai, sei que devem estar preocupados, mas não se preocupem, eu só fui seguir o meu sonho de me envolver com coisas ilegais, experimentar drogas ilícitas e engravidar com dezesseis anos e, provavelmente fazer um assalto à mão armada. Estou brincando com vocês, mas a parte de seguir meus sonhos ainda é verdade. Eu resolvi fugir de tudo isso e viajar para lugares que eu sempre quis. Eu vou com o Juan e, em breve estarei de volta.
P.S: eu estou levando o jack
P.P.S: amo muito vocês.
 
             Com amor, Suzan, sua filha rebelde.
 
  
            Enquanto eu escrevia a carta, imaginava a reação deles. Eles provavelmente iam me matar. Minha mãe ia me infernizar a minha viagem inteira. Eles provavelmente iam chamar a polícia e iam culpar o Juan por causa disso. Quando voltasse, eu explicaria melhor para eles.
   Eu deixei o meu bilhete em cima da cômoda deles, em baixo da luminária. Minha mãe estava me esperando na sala para me levar para a escola. Entrei no carro e peguei meu telefone e mandei uma mensagem para Juan.
  
   – ESTOU NO CARRO. JÁ ESTÁ NO LUGAR QUE COMBINAMOS? ESTÁ COM O CARRO?

   – ESTOU TE ESPERANDO JÁ. SIM, ESTOU COM O CARRO NOVINHO EM FOLHA AQUI.

  – CERTO, ATÉ MAIS.
 
    O carro de Juan de nada tinha de novo. Era um fusca amarelo que era do Pai dele, que trouxe da Espanha, e que antes de ser do Pai dele era do avô dele. Resumindo, o carro com certeza existe a milênios. Minha mãe me deixou na frente da escola e ficou me observando entrar .  Quando percebi que ela tinha Ido, conferi minha mochila.
  
  
• Absorvente ✅
 
• Roupas ✅

• Meu livro: Orgulho e preconceito ✅

• $850,00 meus, mais $150,00 dos meus pais que eu tinha " pego emprestado" sem devolução. ✅

• Escova de dentes, fio dental, pasta de dentes, antiséptico bucal e sabonete ✅

• Meu CD do Bob Marley ✅
   
     Pronto, eu não precisava de mais nada para passar um tempo feliz atravessando o país.
    Saí da escola e fui me encontrar com Juan nos fundos da escola, onde ninguém nos vería e poderíamos fazer a nossa fuga em paz.
 
    – Ta com tudo que precisamos aí?
    – Claro, e você? Ta com o tanque cheio?
  
   – Sim, major mauni.
 
   – Pronto, sargento. Pronto para partirmos para a nossa missão?
 
   – Sim, senhora.

   – Ótimo, soldado. A cada dia que passa, percebo mais a sua competência.

   – Obrigado, senhora — ele bateu continência.
 
   – Ta bom, agora chega dessa palhaçada e vamos la!

    Escutamos o sinal e percebemos que a Barra estava limpa. Fomos até o estacionamento vazio. Bom, nem tão vazio assim. O abutre do Kevin gordo estava ali e nos viu. Porra.

  – Aonde pensam que vão, maricas? Por quê vocês não estão na escola?

  – Acho que se eu quisesse que você soubesse teria te dito no meio da escola.

Ele tentou me segurar novamente, mas Juan o puxou e deu um soco na Cara dele. Kevin partiu para cima dele . Eu tinha que pensar rápido, se não quisesse que  Juan fosse levado a órbito aos dezesseis anos. Vi que no chão, ao lado da lata de lixo, tinha um pedaço de madeira enorme. Fui correndo até lá, peguei-o e... Nossa, como era pesado. Voltei arfando na direção deles. Kevin estava de costas para mim e... BUM! Acertei-o bem no meio dos cornos. Ele caiu incosciente no chão. Fomos correndo para o carro. Entramos e Juan começou a dirigir.
 
    Já na Estrada, Juan falou pela primeira vez.

   –Nossa, Suzan, como você fez isso?
   – Acho que foi a adrenalina na flor da pele.
   – Parabéns, você deveria investir nas artes marciais.
   – Vou aderir a minha lista de desejos.
 
    Peguei o me CD do Bob Marley e coloquei no DVD do carro. Eu tinha Feito um mapa da nossa rota. Nós morávamos em Charlotte no estado da Carolina do norte. Nós iríamos pelo litoral. Passaríamos por wilmington e iríamos subindo ate Norfolk, e então, iríamos na direção de Chicago e subiríamos até Toronto. Pronto, simples assim. Essa viagem duraria cerca de uma semana. Wilmington era cerca de quatro horas de viagem, com algumas paradinhas inclusas.

   – E nosso próximo destino será...
   – Uma loja de conveniencias – Falou Juan.
   – Ué, Rabicó? – As vezes eu inventava apelidinhos para ele.
   – Porque precisamos comprar comida, demônio infernal.  Ou você quer ficar passando fome no meio da estrada?
   – Tudo bem, Rabicó. 

   Fomos para uma loja de conveniencia mais próxima. Compramos algumas comidas industrializadas, sorvete e Cup noodles, para quando nós formos a um hotel à noite.  Voltamos à estrada com  a música do Bob marley : everything's gonna be alright. Nós cantamos juntos essa música e, quando ela acabou, colocamos de novo e de novo, até nossos ouvidos protestarem e colocarmos na rádio local.

        
               

 

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