Capitulo 4

27 2 1
                                    


Acordei com minha mãe gritando comigo.

– Suzan! Você está atrasada de novo! Que merda! Assim você vai perder o ônibus da escola!
– Escola?– perguntei sonolenta.
– Sim Suzan! Escola! Levanta daí agora senão vou Jogar água gelada em você!
– Calma! Já vou, já estou levantando.
– Você por acaso sabe que horas são?
– Que horas?
– 7:35!
– Meus Deus!
As minhas aulas começam as a 8:00, mas o ônibus passa na minha casa de 7:45. Eu estou realmente atrasada. Corri para o banheiro, lavei o rosto e desci as escadas até a cozinha. Peguei uma maçã e, enquanto colocava um casaco vermelho( meu preferido) e uma calça jeans, ia comendo minha maçã. Escutei duas buzinadas. Peguei meu par de all stars pretos e minha mochila e fui correndo para o lado de fora da Minha casa. Quando cheguei, o ônibus já estava dando partida para sair. Acenei e comecei a pular para chamar a atenção do seu oswaldo mas não adiantou de muita coisa. Ele começou a acelerar. Eu comecei a correr. Corri o mais rápido que pude. Seu Oswaldo notou a minha presença e freou o ônibus. As portas se abriram e eu entrei.
– Atrasada de novo, senhora mauni?– falou Oswaldo
– Desculpe, isso não Vai se repetir.
– Assim como não iria se repetir da última vez?
Deixei-o falando sozinho. Não sou obrigada a ficar dando satisfação de nada. Enquanto procurava um lugar para sentar, um grupinho de valentões riam de mim.
– Era para você ter corrido mais, meu docinho. Você é tão linda correndo, o movimento do seu corpo... – ele era o pior de todos. Sempre com piadinhas de mau gosto. Ele era meio gordo e ruivo, com algumas sardas.
– Cala a boca baleia branca – falei com toda a rispidez .

– Ai que medinho, Suzinha ficou putinha. – todos os amigos que estavam próximos da baleia branca começaram a rir. Eu não sou obrigada a ficar ouvindo aquele merda. Continuei andando até achar um lugar. O menino do meu lado era um nerd chato metido a espertão. Não era flor que se cheire. Peguei meu telefone e meu fone de ouvido e coloquei uma música qualquer enquanto calçava meus sapatos.
Chegamos na escola em Cinco minutos. Me encontrei com Juan na aula de biologia. Nós tínhamos quase as mesmas aulas.
– Bom dia, flor do dia – falou Juan em tom de graça
– Ah não, não vem com essa de flor do dia para cima de mim. To morrendo de sono, quase perdi o ônibus e ainda tive que ficar ouvindo as baboseiras do kevin gordo.
– Ele continua te enchendo o saco? Ele vai ver o que é bom quando eu transformar ele em um boi pós abatimento.
– Você que vair ver o que é bom quando ele te der uma porrada no meio fuça que vai deixar você em coma por oito anos. – Juan era alto e forte, mas nada comparado com o Kevin gordo. O nome já é bem sugestivo em relação ao seu porte físico e, além do mais, kevin tinha quase dois metros.
– Bom dia, pessoal! – falou a professora de biologia. Ela estava esperando os alunos entrarem na Sala de aula. A aula se iniciou .
   As aulas da manhã acabaram em um instante.

     Já era o final do intervalo quando vi kevin gordo andando com a sua turminha de mongolóides. Estávamos andando em direções contrárias, por isso, em instantes ele me veria.

Droga.Ele me viu.

    — Fiu fiu. Que menina mais linda.— tentei ignora-lo e continuar seguindo o percurso até o meu armário. Ele percebeu que eu tentara ignora-lo. Ele me agarrou pelo o braço com força e me puxou para junto de sí.
     — Eu não gostei de como você me chamou mais cedo, docinho e nem de como você me ignorou.
     — Que se dane o que você gosta ou não. — Ele me apertou mais e me puxou mais para junto de sí. Ele começou inclinar sua cabeça para mais perto do meu rosto. Seus lábios estavam ficando mais próximos dos meus. Não consegui  me conter. Com a minha mão livre, dei um murro no meio da cara dele. Ele se desequilibrou para trás, com a mão no nariz sangrando.
     — Sua vagabundinha! — ele começou vir correndo na minha direção, mas fui mais rápida que ele. Quando ele estava próximo de mim, desviei e coloquei o meu pé no caminho. Ele tropeçou no meu pé e caiu com toda no chão. ( juro que senti um pequeno tremor ) Ele ficou caído no chão. Ele se virou e ficou de barriga para cima. Eu subi em cima dele e comecei a estapear e arranhar aquela cara gorda dele.

    — Você... Nunca...
Mais...vai...fazer...esses... Assédios de novo! Tá me ouvindo,  abutre dos infernos?!–cada tapa era uma nova palavra que eu falava. Sua cara começou a ficar vermelha e toda arranhada. Sua boca sangrava. Eu gostava daquilo.
      — Ei! O que está acontecendo aqui? — ouvi a voz do diretor falando, mas muito distante. Ele começou a falar outras coisas, mas eu não entendia mais. Estava tudo misturado. Minha visão começou  a ficar turva . Eu ia desmaiar. Comecei a ficar muito tonta, até que perdi meus sentidos. 

o relógio da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora