Capítulo 16 - Nas paradas de sucesso

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Alex, Diana, meu pai e eu resolvemos ir para casa de Alex desta vez. Lá teria espaço para todo mundo dormir, ainda mais depois que ele despediu todos os seguranças contratados por Lucy. Dava para ver o brilho feliz em seus olhos quando ele chegou colocando os caras para fora.

– Você pode sair. Você também. Ah, você com certeza! Você aí atrás. Fora.

Diana estava o tempo todo falando com Chase. Estava tão emocionada dele ter tocado a música dela que sua respiração saía intensa. Tive medo de ter que levar minha sobrinha para a emergência por insuficiência respiratória.

– Você consertou aquele acorde, né? Eu tinha notado que o Dó não caía bem!

– Na verdade eu mudei o tom. Prefiro cantar em Ré.

– Por isso que você não vão pra frente! Rá, rá, rá... não?

Eles olharam para mim com condescendência, mas quando meu pai começou a rir, riram junto. Puxa-sacos.

Diana, Alex e meu pai foram cedo para a cama. As emoções dos dias passados mexeram com eles. Entretanto, meu coração batia acelerado, ainda sem saber por quê. Não sabia o que seria dali para frente.

Andei pela casa de madrugada e fui até a cozinha. Demorei um pouco para encontrar, já que a casa dele era enorme; não sei o que seria dela agora que Alex já não estaria mais empregado. Talvez pudesse vendê-la e compraríamos uma menor.

Ha, olha só minha ousadia. Compraríamos. Juntos.

Com meu seguro desemprego.

Fucei a enorme geladeira de Alex e descobri um litro de leite já no fim. Dei de ombros. Virei-a direto no gargalo e escutei uma voz debochada atrás de mim.

– Camila, uma das vantagens de não se ter mulher na casa é porque posso usufruir dos meus copos, sabia?

Engasguei e me virei.

– Acabei com seu leite – sacudi a caixinha vazia na direção dele – Olho por olho, dente por dente.

Alex deu novamente aquele sorriso maroto que sempre me conquistou. Estava sem camisa, com um short folgado e um cabelo despenteado da maneira mais charmosa possível. Ele se aproximou e procurei não prender a respiração. Aquele empresário da última reunião estava certo. Se não desse fruto o mundo da música, Chase podia ser modelo.

Definitivamente.

– Que é isso? – ele ergueu uma sobrancelha quando se aproximou – Está hiperventilando?

Hum, talvez tivesse sido melhor prender a respiração.

– O leite me fez mal.

– O crime não compensa.

Ele colocou as mãos na minha cintura. Eu estava de baby doll e me senti meio desconfortável.

– Alex, eu...

– Shhhh... – e colocou um dedo em meus lábios.

Tirei a mão dele do meu rosto.

– Não faz shhh pra mim!

Ele sorriu e me puxou mais para perto, me beijando intensamente. Eu o abracei e apertei-o firme. Não queria pensar no que seria de nós agora. A Hit Parade ia ser fechada, verdade, mas ao menos saímos de lá de nariz em pé. Lucy e Megan saíram de nossas vidas, mas agora com tantos escândalos, que gravadora iria nos contratar?

E cá estou eu beijando o homem mais sexy e mais talentoso do mundo e, ao invés de curtir o momento, estou aqui deliberando sobre nosso futuro.

E nossos filhos? O que diriam?

Nem se eu quisesse!Onde histórias criam vida. Descubra agora