Caridade e Humildade

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Quando os amigos da minha madrinha ficaram sabendo que ela tinha pouco tempo de vida todos foram visitá-la, ela era uma pessoa muito querida, todos gostavam dela.

Não havia um momento se quer que a casa estivesse vazia, todos queriam estar com ela, para ela não se sentir sozinha.

E era bonito ver que ainda existem pessoas que merecem o título de amiga (o), que realmente se importavam com ela.

Minha madrinha sempre foi uma mulher de muita fé, sempre encarou os obstáculos que tinha em sua frente, ela sempre foi uma pessoa muito dada.

Sempre procurava ajudar os outros, de qualquer maneira que fosse, nunca em minha vida vi uma pessoa como ela, que gosta de ajudar o próximo, não se importa com as diferenças.

Isso era uma das coisas que mais admirava nela, uma qualidade que infelizmente pouquíssimas pessoas têm.

Ela tinha essa qualidade tão linda, minha madrinha sempre estava doando coisas para os outros, para instituições.

Sempre procurava ajudar os próximos, e isso era lindo, algo admirável.

As vezes eu me pegava questionando, " porque Deus permiti que coisas ruins aconteçam com pessoas boas " ?

Acho que muitas pessoas já fizeram essa pergunta também, quando algo de ruim acontece com pessoas boas é difícil acreditar e aceitar sem nenhum questionamento.

Hoje, não vou dizer que entendo, porque continuo sem entender, mas ele a levou para junto de ti, e sou um pouco grata, pois ele acabou com o sofrimento dela.

Mas não vou mentir, se eu pudesse escolher, escolheria ela aqui comigo.

Não há nada pior do que ter que apreender a lidar com a dor de uma saudade.

Onde minha madrinha passava todos a conheciam e só falavam coisas boas a seu respeito.

E isso é tão bom, bom, pelo menos eu gosto de ouvir as pessoas falando coisas boas sobre ela.

Isso mostra que a passagem dela por aqui não foi em vão.

Para mim é muito difícil falar sobre essas coisas, porque já tem 8 meses que ela se foi, mas quando eu começo a falar ou a escrever sobre isso é como se eu estivesse revivendo tudo novamente, como se aquelas feridas estivessem sendo abertas novamente.

E isso dói, dói e não é pouco, mas é importante falar, porque graças a ela estou onde estou hoje, e com a ajuda dela eu parei de me automutilar, sou eternamente grata a minha madrinha.

Tenho tanta saudade dela, saudade que jamais vou poder amenizar, todas as noites me pego pensando nela, queria muito que ela estivesse comigo ao menos uma vez novamente, para podermos conversar.

Sei que ela está sempre olhando por mim, mas infelizmente não posso vê-la.

Mas sei que de onde ela está, ela está orgulhosa por ver a mulher que eu estou me tornando, e tudo graças a ela.

Queria muito que ela estivesse ao meu lado para poder ver minhas conquistas e me parabenizar.

Mas infelizmente não...

Mas graças a ela estou aqui, graças as conversas que ela teve comigo, a ajuda dela, a preocupação comigo, as idas em psicólogo e psiquiatra comigo, tudo para me ajudar.

Ela já me ajudava me escutando, mas precisava de profissionais para saber o que eu tinha.

Faço acompanhamento psicológico e psiquiátrico até hoje, e não, não tenho vergonha de falar isso.

Muitos acham que sou louca, porque para eles todos que vão em psicólogos são loucos, e não é bem assim.

Vejo um psicólogo como uma pessoa que está ali para te ouvir, não agora te julgar nem pressionar, apenas ouvir.

Tentar entender porque você age dessa forma, só querem entender porque você é assim.

São ótimas pessoas, e eu adoro os meus, e devo a minha madrinha Márcia, se hoje sou uma pessoa mentalmente normal.

Por isso nunca canso de falar que ela teve um papel fundamental em minha vida, e sempre terá um papel importante em minha vida.

Enquanto ele teve vida ela cuidou de mim, é coisa que eu gosto de conservar são as coisas boas que ela fazia.

São coisas que eu também quero para mim, poder ter essa alma caridosa que ela tem.

Oi gente, perdoe qualquer erro ortográfico, não revisei esse capítulo.

Não sei se estão reparado mas adoro falar sobre minha dinda, mas é que ela teve um papel fundamental para eu parar de me automutilar.

Espero que estejam gostando, não esqueçam de votar e comentar a opinião de vocês.

Beijos! Até o próximo capítulo.

Como eu venci a automutilaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora