CONTINUAÇÃO

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   Mel
Enquanto isso, eu não estava realmente entendendo nada do que estava acontecendo. Quando olhei para o lado e ví aquele garçon todo arrumado vindo em minha direção. E me perguntei: O que ele quer? Por que eu?

Garçon: Vou te levar na praia.
Eu: Que? Como assim? Eu nem te conheço! Você tá louco?
Ele: Não precisa se preucupar! Vamos para... Copacabana!
  Eu morava no Rio de Janeiro. Mas não costumava ir em praias. Minha vida sempre foi bem corrida. E quando eu era criança meus pais não tinha tempo.
  Mas resolvi confiar no garçon.
    Quando estávamos saindo perguntei:
Eu: E a minha moto?
Ele: Deixa aí. Vamos a pé, juro que não vai se arrepender!
Eu: Mas..
Ele: Ei, calma! Eu coloco ela para dentro. Mas nós vamos a pé.
Eu: Tudo bem! Vamos.
   Aquele cara era diferente. Ele me trazia energias boas. E eu me sentia bem com isso. Daí, saímos andando.
Ele: Quer conversar?
Eu: Por que eu ia querer conversar com você?
Ele: Bom, eu tô me recordando aqui que você chegou lá na lanchonete chorando, e sua vida tava sem rumo.
Eu: Rs! É! Mas... Eu não quero falar sobre isso agora!
Ele: E sobre o que você quer falar?
Eu: Sabe de uma coisa que eu acabei de perceber?
Ele: O que?
Eu: Nós ainda não sabemos o nome um do outro! E dei uma risadinha de leve.
Ele: É mesmo! Qual seu nome ?
Eu: Melissa, mas pode me chamar de Mel! Eu gosto de Mel. E o seu?
Ele: Vitor! Feio né? É eu sei!
Eu: Não! Pelo contrário, é muito bonito!
Ele: Eu gosto de sinceridade! Odeio ser iludido.
Eu: Isso foi para mim? E dei um sorriso de leve.
Ele: Talvez!
    Nós fomos andando até que recebi uma ligação da Bia. Eu atendi, e ela me disse desesperada:
Bia: Onde você está? Todos estão te procurando! Tem até polícia aqui!
Eu: Eu tô indo Para copacabana. Polícia? Que? Eu já tô chegando.
Bia: Vem logo, sua mãe tá passando mal.
Eu: Já vou!

Rapidamente falei com o Vitor.
Mel: Vitor, eu preciso ir para casa! Tá todo mundo preocupado. Eu saí do trabalho e nem falei para onde ia!
Vitor: Tudo bem eu te levo lá.
   O táxi tava passando e a gente pegou ele.
    Eu cheguei em casa, e o Vitor me deu tchau. Eu falei para ele entrar, mas ele falou que eles iam achar ruim eu sair com estranhos. Até que ele olhou o tamanho da minha casa. Ele se assustou bastante! Ela era enorme. Mas aí eu insisti para ele entrar, e ele veio.
Abri a porta e...
Sophie: Filha, onde você estava? Quem é esse cara? O que você tava fazendo com ele?
Mel: Calma mãe! Não aconteceu nada demais!
Sophie: Calma? Calma? Você some com um cara que eu nem conheço e me pede calma? Vai para o seu quarto garota!
Ricardo: Deixa a garota Sophie! Ela só quis sair um pouco da rotina e conhecer pessoas novas!
Sophie: Mas ela podia ter nos avisado!
Bia: Mel, o que você fez foi errado! Você falou comigo que ia na casa do Matheus contar a gravidez!
Sophie: Que? Gravidez? Você tá grávida Melissa?
Bia: Não! Quer dizer, um pouco. Não, talvez, não!
Mel: Deixa Bia! Eu já tava querendo contar. Mãe, eu tô grávida do Matheus! E... Ele não quer assumir.
Vitor: Por isso você tava triste na lanchonete?
Mel: Sim Vitor... Era por isso sim.
Sophie: Melissa de Almeida Gomes! Você está grávida aos 23 anos de idade, solteira, terminando a faculdade?
Mel: Sim! Estou! Por que?  Vai me bater? Pode bater. Mas aí vai ser pior para você!
  Naquele momento, eu me senti meio sozinha, por mais que minha amiga soubesse, eu sabia que meus pais não iam me apoiar. Então, eu pensei.... Se você usa tivesse morando sozinha nada disso estaria acontecendo! Então... Não seria difícil eu sair de casa!

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