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Olá a todos!! Eu acho que devia pôr aqui a história da minha vida! Bem, aqui vou começar... Espero que gostem!

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E aqui estava eu... Rodeada de confidentes. Aqueles que eu contava e confiava os meus segredos. Não são por acaso que os chamei de confidentes. Eles davam-me lições de vida, que nos ajudam e por muitas vezes ensinam-nos. Verdadeiros amigos que nunca vão abandonar ninguém. É engraçado porque eles não têm pernas, nem braços, nem boca, não têm características humanas. São feito de papel e contém palavras sábias. Os livros eram os meus guardiões. Sempre foram. Eles vivem comigo desde de pequena. Meu pai tinha uma biblioteca em casa só dele. Ele ficava lá horas e quando a mãe me pedia para ir chamar meu pai, eu ia com todo o gosto. Eu espreitava pela porta e via o meu pai a ler um livro diferente todos os dias. Ele adorava ler. E à noite, resumia-me o livro que tinha lido nesse dia. E por vezes, inventávamos as histórias mais ridículas que alguém pode imaginar. Criávamos personagens que gostássemos, até podiam não fazer sentido na história, mas para nós, fazia todo o sentido. Até fizemos uma promessa, que nunca chegara a ser cumprida. Com a morte do meu pai, nunca pude realizá-la, pois eu precisava dele aqui ao meu lado.

Eu, naquele momento, vivia num pequeno apartamento alugado em Fischerweg. Eu podia estar bem na vida, viajar, conhecer pessoas novas de diferentes países com o dinheiro que meu pai me deixara, no entanto preferi doá-lo à caridade. E também era dona de uma biblioteca em Gesellchaftsstrasse, perto de Berna, na Suíça. A biblioteca era a minha primeira casa, pois passava mais tempo lá do que em casa. Eu sei que não é normal uma rapariga jovem com 20 anos passar tanto tempo agarrada aos livros e não viver a vida. Ainda hoje me pergunto como fui assim! Mas essa é a minha história e eu não posso apaga-la. E fui eu própria que fiz essa escolha, e deixem-me dizer que não a mudava, porque não arrependo nada. Eu até estava bem. E pensava nunca ia viver essas histórias de amor em que vivem felizes para sempre. Mas eu estava errada. Eu pensava eu a minha história era só entre mim e os livros, mas ao que parece enganei-me.