-O quê?- pergunto incrédula. -Como é que eu sei que tu não estás a mentir?
-Tens que confiar em mim.- fez uma pausa. -Eu até te mostro o teste de gravidez.
-Quer dizer que eu vou ser tia?- grito.
-Sim, ajudas-me?
-Sim, mas para quê que precisas de mim?
-Eu não sei como cuidar desta criança.
-Eu também não! Nunca fui mãe.- e vi Kendall a levantar a sobrencelha.
-Mas és a única pessoas que tenho.
-Então e o Jonh ?
-Ele está contente com a notícia, mas não sabe o que fazer.
-'Tá' bem. Encontramo-nos às 16 horas na Gelataria Luna Llena Genossenaschaft.
-Okay, até logo.
Desligo a chamada.
-Era a minha irmã.- as palavras escaparam. Estava em choque.
-Tu tens uma irmã? Pensava que eras filha única.- pergunta-me Adam num tom divertido. Ele leva tudo na brincadeira. E Brianna dá-lhe uma cotovelada no braço. -Autch!- e ela ainda dá-lhe um olhar ameaçador. Por dentro eu quero me rir, mas ainda estou um pouco chocada.
-Aparentemente, não.- volvo-lhe.
-Então? O que ela queria?- Kendall pergunta.
-E-ela e-e-está grávida.
-E porquê que te ligou?- e desta vez foi a Brianna a perguntar.
-Ela diz que precisa da minha ajuda.- mas abanei a cabeça. -Mas vamos mudar de assunto.
Chegou o empregado e ainda tivemos a discutir sobre a comida que queriamos, até decidir-nos.
[...]
A comida já tinha chegado e Brianna e Adam contavam como tinha sido a sua lua-de-mel.
-Tivemos numa praia fantástica! Ficava perto do hotel. (...) Tinha tochas, que só eram acesas ao pôr do sol. Era calma e não tinha muita gente. A areia era fina e branca. A água era um azul tão bonito e limpo. Até bebemos leite de coco. Temos que voltar lá.- Brianna estava tão entusiasmada que detalhava tudo. Um sorriso estava plantado na cara dela e do Adam.
-Tenho que concordar. Vocês também podiam ir. Para a próxima vêm connosco.
-Isso é um convite?- pergunto.
-Sim!- Brianna diz convicta.
-Já vi que o Hawaii é um sítio maravilhoso, pela forma detalhada que a Brianna descreveu.- rimo-nos os quatro.
-Então e quando vocês se casarem pensam ir para onde?- Brianna pergunta-nos levando o garfo à boca.
-Eu queria ir a Paris. É uma cidade romântica.- eu digo.
-Oh! Eu queria a Austrália ou o Brasil.- Kendall respondeu.
-Então? Decidem-se.- a Brianna riu-se.
-Acho que ainda é cedo para pensarmos nisso.- digo.
*Flashback off*
-Então, mamã? Já acabaste de escrever?- uma menina de 5 anos com seus cabelos encaracolados castanho-escuros até aos ombros, com olhos verdes que parecem esmeraldas perguntou aparecendo pela porta do escritório.
-Ainda não.- digo demonstrando tristeza.
-Oh! Eu quero a ler.
-Mas tu nem sabes ler, bebê.- soltei uma gargalhada.
-Mas eu vou saber, mamã. Eu tenho...- e depois levanta os cinco dedos de uma mão e levanta mais um dedo da outra. Ri-me.
-Não, Emma, tu ainda tens 5 anos.- e baixo-lhe um dedo e ela ficou a olhar para as duas mãos.
-Emma!- uma voz soou. -Vêm brincar.- disse outra menina com o cabelo castanho-claro comprido e olhos castanhos escuros entrando também no escritório aos saltos. Esta tinha 7 anos.
-Ouviste a Anne? Vai lá brincar com ela, princesa!
-Okay, mamã.- ela foi ter com a Anne e deu-lhe a mão.
-Tia, podemos ir brincar para o jardim?
-Podem, mas têm cuidado!- ordeno.
-Sim, tia/mamã!- cada uma diz. E sairam, ainda de mão dada, para o jardim.
E voltei novamente ao portátil.
*Flasback on*
Falamos mais sobre diversos assuntos. Voltamos a falar sobre onde queriamos ir e no meio de tantos países que queríamos ir, e supreendente só há um em comum. Portugal.
Já eram 15:20 e obriguei Kendall a pagar e irmos rapidamente Gelataria.
Fomos pela A1, passamos por portagens e chegamos eram 15:54.
Ela ainda não tinha chegado.
-Claire!- alguém me tinha chamado. Era Dianna.
Sentámos os quatro. O John também tinha vindo. Fizemos o pedido e fui a primeira falar.
-Vou mesmo ser tia?- e ela assente.
Falamos sobre o bebê e que ela tinha de marcar uma consulta médica. Estavamos normais. Eu não acreditava que aquela é a Dianna de alguns dias atrás. Estava diferente. Deve ser a morte da avó.
-Quando é mesmo o funeral?
-Amanhã.- ela diz. Mas sentia que ela ficou incomodada quando falei no assunto.
-Ainda não acredito que ela suicídou-se.
-As pessoas cometem erros.- diz encolhendo os ombros. John olhava para ela com aquele olhar de arrependido.
Acabamos e saimos até nossa casa. Dianna e John já não estavam connosco. Eu fiquei no carro, enquanto Kendall fora lá dentro buscar algumas coisas que estavamos a precisar.
Ele volta, sentou-se e pôs as mãos no volante e olhava para mim.
-Lembraste que tens uma gata?- mal ele disse isso lembrei-me da Taya.
-A Taya? Ela está bem?- estava tão preocupada. Como é que eu pude esquecer dela? Coitada! Eu sou a pior dona à face da terra. Que raio de ser humano eu sou?
-Sim, ela está bem. Eu dei-lhe comida.- suspirei mais aliviada. Estavamos a voltar para o Hotel e Kendall falava ao telemóvel com a imobiliária para tratar da casa. Eu olhava para o vidro e para as paisagens que passavam. Até que ouvimos uma sirene. Um carro da polícia estava atrás de nós. Kendall enconstou e desligou o telemóvel, dizendo que já ligava para a mulher. Paramos e um polícia veio até ao vidro do seu lado e deu um batuque com os dedos na janela. O que foi desta vez? O que fizemos?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Read Again 》Portuguese story ✔
RomantikUma rapariga que é muito agarrada aos livros e que se apaixona sem se dar por isso. Não é uma fanfiction. Copyright © by Please_Im_Jane 2014 Todos os Direitos Reservados