POV Alícia.
Meu corpo todo doía, sentia a claridade rondar todo o quarto porém eu me recusava a abrir os olhos. Conseguia ouvir vozes de longe, e torcia para que fosse do Justin, meu consciente não aguentaria vivenciar tudo de novo, e por conta disso não foi muito difícil relembrar cenas daquele pesadelo.
Abri os olhos me recusando a pensar naquilo novamente, corri os mesmos pelos lados constatando um quarto de hospital. Vi de longe Justin no celular andando de um lado para o outro.— Não mãe, já está tudo bem. Daqui a pouco eu levo ela.
...
— Ele não vai nos perturbar por um bom tempo... — ele se virou esbarrando os olhos nos meus. — Te logo depois. — ele colocou o celular no bolso e veio até mim.
— Oi. — murmurei.
— Tá sentindo o que? — ele perguntou todo preocupado, aquilo me fez sorrir fraco.
— Dor de cabeça... — ele segurou minha mão e um flash de mim dizendo que o amava pairou pela minha cabeça me deixando vermelha.
— O que foi? — ele sorriu.
— Tô com vergonha. — desviei o olhar.
— Porque disse que me amava? — engoli em seco.
— Saiu sem querer... E-eu...
— Shhh. — ele me interrompeu. — Descanse, já já eles te dão alta. E em casa a gente conversa. — ele sorriu meigo beijando minha testa.
— Quando vou para casa?
— Quando acabar o soro e você fizer um exame de sangue para saber se tá tudo bem.
— Não quero fazer o emaxe amor, quero ir para casa. — disse manhosa.
— Tudo bem, sem exames.
— Era sua mãe? No celular?
— Era... E ela já sabe... Da gente. — mordi o lábio. — Eu tive que contar.
— Ela sabe do Martin?
— Sim. — assenti. — Menos da parte da... Briga. — ele ficou em silêncio. — Ela acha que você foi tomar um ar e então um cara a mando de Martin te sequestrou.
— Você sabe aonde ele está agora? O Martin?
— Não precisa se preocupar com isso, tudo bem? Quero que fique bem. — assenti novamente fechando os olhos. Não conseguia segurar o sono.
{...}
POV Justin.
Alícia estava apreensiva, dava para saber apenas a observando. Enquanto eu dirigia ela não parava de mexer os dedos em seu colo, eu sabia que ela gostava muito da minha mãe, e desaponta-la nunca passaria na cabeça dela.
Sorri a observando, minha mãe provavelmente já está surtando, mas não sei porque, dessa vez, tenho quase certeza de que Alícia será a última a quem apresentaria a minha mãe como filiação amorosa. Estava satisfeito com ela, com seu jeito, seu sorriso e sua maneira constante de me contrariar. Estava feliz e amava estar assim, sentia que, se o mundo acabasse agora mesmo, e eu tivesse ela, então tudo estaria em paz.
Ela me surpreendeu hoje quando disse que me amava, confesso não esperar isso vindo da pessoa mais implicante do mundo, eu sabia que sentia o mesmo, sabia que a amava, mas ainda não havia criado coragem para confessar. Porém hoje, com essa sua iniciativa, eu tive a certeza de que era essa a mulher que mandava no meu coração agora. Era Alícia.Estacionei o carro no jardim de casa e desci para ajudar Alícia já que ela ainda poderia estar meio zonza devido ao medicamento. Abri a porta do carro para ela e a ajudei rodeando meu braço em sua cintura.
Assim que entramos em casa, Chaz, Ryan, Chris e Jaxon voltaram seus olhares para nós. Jaxon se levantou e correu até ela a abraçando forte, na qual a mesma retribuiu na mesma intensidade.
Deixei os dois lá e fui até a cozinha constatando o que eu já esperava; minha mãe chorando na cozinha enquanto a vadia da Caitlin a consolava. Na época em que eu namorava com ela, minha mãe havia se tornado praticamente a segunda mãe dela, e acho que esse sentimento ainda não morreu, mesmo quando a vagabunda fez tudo o que fez.
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Soul Criminal [Justin Bieber Fanfic]
FanfictionDesde muito nova, Alícia Carter foi criada presa, encarcerada, por altos muros ao redor de sua pessoa. Sempre doce, destemida e ingênua como só ela poderia ser. Apesar da vida conturbada, Carter nunca deixou de lado o sorriso e a altíssima autoestim...