POV Justin.
Desde a noite em que uma vadia qualquer havia me dado um tapa forte no rosto eu estava puto. Mulher nenhuma nunca ousou encostar a mão em mim e do nada uma filha da puta acha que tem esse direito? É porque não me conhecia, porque se me conhecesse ela pensaria duas vezes antes de sequer olhar na minha cara.
Estava agora em uma boate que eu havia barganhado uns anos atrás como um merda qualquer que não sabia porra nenhuma de administração, porque se soubesse como esse lugar dava dinheiro, ele nunca havia vendido para mim.
Tyler e uns amigos dele tentaram vir encher meu saco querendo se mostrar pra cima de mim —, nunca gostei desse cara, ele era um maria vai com as outras —, enquanto eu tentava ficar na minha apenas observando o movimento. Umas vagabundas colaram em mim mas o meu foco eram em três vadias que dançavam agarradas na pista de dança. Mas uma em especial me chamava a atenção. Ela estava de costas e dançava sem se preocupar com ninguém a sua volta, porém, quando a mesma se virou e eu pude ver quem era perdi totalmente o interesse. Era a filha da puta que me bateu ontem à noite, mas ainda continuava uma puta de uma gostosa.Meu celular começou a tocar e eu decidi ir lá para fora para poder atender. Desci as escadas da área VIP saindo pelos fundos, olhei no visor do meu celular e o nome Frank brilhava na tela. Atendi.
— Fez o que eu mandei? — perguntei rude.
— Fiz sim senhor Bieber mas houveram uns probleminhas. — é isso que dá mandar caralho de gente que não presta pra fazer serviço pra mim.
— Desembucha porra. — disse impaciente.
— Metralharam o carro do Jason. Eu fui lá para averiguar a área e ver se descobria quem foi... as balas tinham as iniciais M gravadas.
— Puta que pariu. — rosnei. — Qual parte da palavra discretamente você não entendeu em porra? Agora o filho da puta do Martim vai grudar na minha cola. — Martim era um filho da puta que fazia de tudo para me derrubar, ele nunca aceitou o fato de eu ser o cara mais poderoso de Atlanta e tentava inutilmente arranjar provas para me incriminar com os tiras ou tentar me matar, mas ele nunca conseguiu porque no fim das contas eu sempre ganho.
— Mas conseguimos pegar um dos mandantes dele, um tal de Rick, vamos tentar arrancar alguma coisa dele e depois dar cano.
— Não quero mais deslizes, se bobear de novo a sua cabeça vai rodar. — finalizei desligando a ligação.
Puxei a cartela de cigarros do bolso e tirei um de dentro o acendendo com o isqueiro, traguei o mesmo sentindo o gosto de nicotina entrar no meu organismo. Ia entrar no carro para poder ir para casa —, não estava mais com cabeça para comer nenhuma vagabunda daquela boate, quando vi uma movimentação diferente no leste do estacionamento. Era a vadia que havia me dado um tapa, seu nome era Alícia se eu não me engano. Ela discutia com um cara lá enquanto tentava se esquivar dele. O mesmo fazia de tudo para tentar pegar a menina até que ele partiu para a violência. Ela gritava por ajuda tentando se soltar do cara.
— Só podia ser brincadeira. — falei de saco cheio.
Esperei mais um pouco e quando vi que o marombazinho estava tentando rasgar a roupa da menina eu saquei minha arma da cintura e dei um tiro perto deles. Porém, parecia que aquilo não havia surtido efeito nenhum o que me fez bufar impaciente.
— Nos deixe em paz cara! — o filho da puta berrou pra cima de mim enquanto a outra vagabunda me olhava como se pedisse ajuda.
Perdi a paciência de vez. Dei uma coronhada no cara que caiu feito pamonha no chão. Ele tentou se levantar mas eu o empurrei com o pé para que ficasse no chão.
— Vai pro carro Alícia.— falei apontando para o meu veículo que estava estacionado perto da entrada mas ela continuava inerte. — Agora! — ordenei e sem demora ela começou a correr em direção ao mesmo. Apontei a arma para a cabeça do merda que já se borrava ao ver minha arma.
Peguei na gola da sua blusa e comecei a arrasta-lo até um beco que tinha perto. Não ia matar ninguém no estacionamento de uma boate. Quando o cara tentou se levantar eu lhe dei uma rasteira o fazendo se ajoelhar na minha frente.
— Abre a boca. — mandei impaciente vendo o sangue do seu supercílio escorrer devido à coronhada que ele havia recebido.
— Você vai me matar por causa daquela vadia? Eu não mereço morrer por tão pouco. — ele disse com a voz embargada.
— Eu mandei abrir a boca. — disse com raiva chutando sua perna esquerda. Ele gritou de dor o que foi a deixa para que eu enfiasse o cano do meu revólver na sua boca. — Me conhece? — perguntei começando a me divertir com aquilo. Ele negou várias vezes com a cabeça. — Justin Bieber. — silabei meu nome vendo as lágrimas dos seus olhos começarem a cair, porra, nem pra morrer com dignidade esse homem presta. — Não esquece desse nome quando se encontrar com o capeta no inferno.
Falei por fim dando dois tiros na cabeça dele. O merda caiu que nem pamonha mole no chão.
POV Alícia.
Eu estava suando frio. Olhei pela janela e vi Justin arrastando James para o outro lado da boate saindo do meu ponto de vista. O medo tomava conta de mim e nessas horas eu só queria estar em Austin deitada na minha cama observando meus pôsteres. Sentia o ar pesar nos pulmões e minhas mãos ainda tremiam muito.
Parecia que havia se passado uma eternidade desde que Justin havia sumido com James, fechei os olhos tentando ficar calma quando escutei novamente o barulho seco e estrondeante de arma sendo disparada. Dois tiros. Depois tudo ficou em silêncio novamente.
Vi meu celular começar a vibrar e o nome de Lilly apareceu no ecrã. Recusei a chamada. Olhei pela janela novamente vendo Justin se aproximar do carro.
Ele havia matado James? Dessa vez eu senti medo dele e uma vontade absurda de me manter longe. Ele era um criminoso e era isso que criminosos faziam.Mal me dei conta quando senti o lado do motorista ser ocupado. Justin fechou a porta e colocou o cinto ligando o carro. Ele nem havia olhado na minha cara. Mas o que veio a seguir foi muito pior, o medo do imprevisível. Eu já havia batido nele, pensa se ele quisesse se vingar de mim?
— Pra aonde está me levando? — perguntei atordoada mas ele não me respondeu. Aí que ódio, se tinha uma coisa que me tirava do sério era gente que não respondia às minhas perguntas! — Responde! — exigi alto mas ele pareceu não se importar com a minha exigência.
Justin puxou o celular do bolso quando o sinal ficou vermelho e começou a discar um número logo depois levando o aparelho ao ouvido. Assim que a pessoa do outro lado da linha atendeu, ele falou:
— Frank, tem um serviço no beco da Pink Elephant. Cuide disso pra mim.
E desligou. Pousei a cabeça na janela vendo a paisagem passar em vultos devido a tamanha velocidade que nos encontrávamos. Comecei a brincar com os dedos até que tomei coragem para perguntar.
— Você matou ele? — o encarei mas mais uma vez Justin não me respondeu. Decidi perguntar novamente. — Matou ou não? — Ouvi ele bufar e o carro ser freado bruscamente, na qual que tive que me segurar para não me machucar.
— Porra garota porque você é tão insuportável? — ele berrou me encarando. — Eu te fiz um favor caralho, já não vou com a tua cara e tu ainda fica enchendo a porra do meu saco! — Justin completou sendo totalmente grosso e rude comigo. Ok, vou ficar quieta, mas só porque eu quero.
Bieber dirigiu mais alguns quarteirões e foi quando vi no final da rua o campus do colégio inteiro. Fiquei aliviada por saber que ele não iria me matar.
— Desce. — Justin disse rude assim que estacionou o carro. O encarei mas ele nem sequer olhou na minha cara, soltei uma risada baixa e sínica.
Desci do carro sem dizer uma palavra e ele logo acelerou o mesmo cantando pneu. Revirei os olhos. Tirei os saltos e com cuidado pulei o muro novamente. Tirei meu sobretudo do freezer e o das meninas com medo de que elas se esquecessem e deixassem ali e alguém descobrisse.
Eram duas horas da manhã e sentia meu corpo implorar por uma cama. Entrei no meu alojamento e mais uma vez, com roupa e tudo eu me joguei na cama e logo peguei no sono.CONTINUA...
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Soul Criminal [Justin Bieber Fanfic]
FanfictionDesde muito nova, Alícia Carter foi criada presa, encarcerada, por altos muros ao redor de sua pessoa. Sempre doce, destemida e ingênua como só ela poderia ser. Apesar da vida conturbada, Carter nunca deixou de lado o sorriso e a altíssima autoestim...