Pulamos o muro novamente e Lilly e Steph tiraram os sapatos para não fazerem barulho. Eram quase três horas da manhã quando voltamos e todos já estavam dormindo. Andávamos pelos corredores na ponta dos pés o que tornava muito engraçado já que vez ou outra Steph tropeçava nos dedos.
— Ah não, eu não vou dormir no meu quarto não. A minha colega de quarto é chata pra caralho. — ela falou cruzando os braços quando paramos na frente do seu dormitório. Lilly revirou os olhos.
— Tá mas, você vai dormir no colchão no chão. — Lilly falou e ela assentiu repetidas vezes. Estava na cara que Steph não estava no seu normal.
Andamos mais alguns corredores até pararmos na porta do nosso dormitório. Lilly abriu e logo ligou a luz. Foi só então que eu descobri o quanto estava cansada e exausta. Joguei os sapatos perto da cama e ainda com a roupa que eu estava me deitei na cama.
— Filha da puta! — ouvi Steph falar tentando imitar a voz de homem relembrando a merda que fiz mais cedo. — Gata, eu virei sua fã. – ela completou se jogando no colchão que Lilly havia colocado para ela.
— Não é a primeira vez que bato em um bad boy. — confessei me referindo ao menino que eu havia dado um chute bem no saco uma vez que o mesmo tentou me agarrar.
— Só espero não acordar morta amanhã. Nunca se sabe. — Steph concluiu prendendo os cabelos em um coque frouxo.
— Se Justin não nos matar, a Abigail vai porque já está quase amanhecendo e ela começa a bater nas portas às seis em ponto. — Lilly resmungou e Steph estirou língua para ela.
Desejamos boa noite umas às outras e nos ajeitamos para dormir. Tudo bem que vir morar aqui longe da minha antiga escola e das minhas antigas amigas ainda me fazia odiar a minha mãe, mas parecia que este lugar estava começando a me mostrar os seus pontos positivos, e eu já começava a cogitar a possibilidade de gostar de estar aqui.
Acordei com a claridade forte batendo nos meus olhos, resmunguei jogando um travesseiro no rosto tentando conter a luminosidade mas não consegui. Bufei me sentando na cama. Olhei para o quarto e as meninas ainda dormiam, e só então percebi o estado calamitoso que se encontrava nosso quarto. Faltavam vinte minutos para as seis e aproveitei para usar logo o banheiro antes que elas acordassem.Me levantei sentindo a minha cabeça latejar, a ressaca já desejava bom dia. Me olhei no espelho no banheiro tomando um susto. Meu cabelo estava todo assanhado e minha maquiagem estava completamente borrada. Me despi indo tomar um banho de cabeça para despertar.
Comecei a relembrar da noite passada e ri involuntariamente. Eu realmente havia feito aquilo e faria de novo se fosse preciso, não é porque um filho da puta mimado que se acha o fodão trata qualquer mulher como um lixo que pode me tratar como as vagabundas que ele aproveita. Não mesmo meu amor. Eu não sou assim, não sou tão fácil quanto parece. Uma coisa que meu pai havia me ensinado era de nunca levar desaforo para casa, e o que eu fiz com Justin foi muito bem feito.
Sai do banho colocando uma roupa qualquer já que ainda não havia recebido o uniforme. Sequei meus cabelos na toalha mesmo, minha cabeça não aguentaria o barulho do secador. Quando voltei ao quarto as meninas estavam sentadas na cama observando o nada.
— Bom dia. — disse indo até a minha cama para sentar.
— Péssimo dia. — Steph resmungou. — Minha cabeça dói e meu estômago tá um lixo.
— E pra completar aquela velha nojenta fez questão de nos acordar cinco minutos mais cedo. — Lilly completou voltando a se deitar.
Enquanto as meninas resmungavam decidi mandar uma mensagem para Jaxon para me desculpar por ter ido embora sem me despedir, mas achei muito cedo e decidi mandar na hora do almoço. Vi as chamadas perdidas e haviam mais uma de Caidy, decidi retornar já que a essa hora ela deveria estar se arrumando para ir ao colégio.
Disquei seu número e logo a foto de nós duas juntas apareceu no visor indicando a chamada.
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Soul Criminal [Justin Bieber Fanfic]
FanficDesde muito nova, Alícia Carter foi criada presa, encarcerada, por altos muros ao redor de sua pessoa. Sempre doce, destemida e ingênua como só ela poderia ser. Apesar da vida conturbada, Carter nunca deixou de lado o sorriso e a altíssima autoestim...