Vida de Empregada

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Era o dia do baile, e eu estava totalmente atarefada. Enquanto todo mundo estava se arruando para o baile, eu estava em casa terminando de lavar a roupa, com mais mil tarefas para fazer. Pois é, as minhas queridas irmãs e minha madrasta me deram um monte de tarefas domesticas para fazer e ainda por cima ajudar o pessoal lá na lanchonete depois.

Terminei de jogar tudo na secadora, peguei um balde, a vassoura e fui limpar os banheiros, enquanto eles estavam de "molho", limpei os quartos das meninas, voltei para o banheiro e os deixei brilhando, limpei os quartos de hospede, tirei o pó dos móveis e limpei a toda a cozinha. Deixei a sala um brinco e depois fui para o quintal. Aparei a grama, limpei a piscina, as janelas da casa. Dei uma pausa. Me joguei no sofá exausta, e isso porque eu nem tinha começado.

Depois de alguns minutos descansando, fui para os fundos. Lá tinha uma espécie de armazém, um lugar onde a Michelle e as meninas jogavam tudo o que não queria, então imagina a zona que estava.

Abri a porta do armazém e um desânimo bateu na hora, mas respirei fundo e comecei a separar as coisas. Tinha um monte de sacolas de roupas, objetos que poderia ser usados posteriormente, e comecei a separar o que podia ser doado e o que tinha que ser jogado fora. Depois do que me pareceu horas terminei de arrumar tudo por lá e finalmente voltei para dentro de casa e subi para o meu quarto.

E só pra você saber, eu estava sozinha em casa. As garotas e a mãe delas saíram cedo para se arrumarem para o baile, bem as meninas para o baile, a Michelle é só porque amava uma desculpa para ir ao salão.

Tomei um banho, vesti o uniforme da lanchonete, prendi meu cabelo num coque bailarina e vesti minhas sapatilhas rosa, que ganhei da Silena de aniversário. Peguei as coisas necessárias, tranquei tudo e fui para o a lanchonete.

Estacionei o carro na garagem dos fundos, e subi entrando pela cozinha. O movimento já estava cheio e o pessoal, já estavam agitados. Dei “oi” para os meninos e fui para o balcão.

—Oi, Katie. Desculpe o atraso, você sabe como ela é.

—Tudo bem amor, pode começar limpando as mesas vazias?

—Claro. – peguei o pano e as outras coisas e fui limpar as mesas desocupadas.

As horas passaram tão rápido quanto a respiração de um corredor em treino. Vi gente entrar, gente sair, limpei, servi, vim e fui, e já estava para lá de exausta. Era 05 p.m. e o movimento ainda era grande na lanchonete.

Até Dakota já tinha saído. Ela ia ao baile com o Henry, o garoto da equipe do Jornal da escola que ela faz parte. Ri muito nesse dia. Ele fez o pedido aqui na lanchonete na frente de todo mundo.

Era quinta, a lanchonete estava cheia e eu e a Dakota estávamos muito atarefadas limpando e servindo os clientes.

E então o Henry chega. Ele faz questão se sentar na seção da Dakota só pra ela ter que atendê-lo. Bem esperto da parte dele.

Ela revirou os olhos na hora que eu mostrei a ela onde ele tinha se sentado e foi em direção a ele. Ele ficou flertando com ela, sei disso porque ela estava toda vermelha, e então do nada ele sobe em cima da mesa.

Pessoal, eu tenho uma coisa muito importante pra dizer. Silêncio por favor.

Todo muno olhou pra ele, até o pessoal da cozinha foi para o balcão pra ver a cena.

—Dakota Felix, garota de meus sonhos, a menina que roubou meu coração, aceita ir ao baile comigo?

Acho que nunca vi a Daky tão vermelha como naquele dia. Tenho certeza que o tomate sentiu inveja dela.

—Diga sim! -- Will gritou pra ela.

—É claro que eu aceito seu bobo. – ela disse com um sorriso no rosto. Ele desceu da mesa e lhe pegou num abraço de urso e lhe girou.

Pois é, e para o meu azar o meu par ficaria esperando pela dama que não vai chegar. Tirei esses pensamentos da cabeça e voltei a trabalhar.

Lá pela 06 p.m. quando a lanchonete já estava um pouco mais calma, Michelle toda metida e enjoada, chegou foi direto no caixa, pegou a metade do dinheiro e depois olhou pra mim.

—Eu vou passar aqui a meia noite, quero esse restaurante um brinco. Amanhã pessoas importantes vão vir aqui e eu não quero que nada de errado.

—Sim, senhora. – respondi de forma educada. Mas no fundo eu queria mesmo era mostrar o dedo do meio pra ela e manda-la para o Tártaro.

Fiz uma careta depois que ela saiu e me virei, estava todo mundo olhando pra mim.

—O quê? – saí e fui terminar o que estava fazendo.

Terminei de atender os clientes e eu já estava terminando de limpar as mesas quando Thalia, Silena, Hazel, Piper, Rachel e Dakota, todas de vestidos de gala, cada uma a seu estilo, entraram. Lindas e poderosas como Silena costuma dizer.

— Ah que lindas! – disse indo até elas.

— Cadê seu vestido? -- Silena perguntou insistente.

— Silena, qual a parte do eu não vou ao baile você não entendeu?

— Isso é irrelevante. Você vai para o baile sim e ponto final.

— Silena, eu estou com roupa de garçonete, não me arrumei e nem tenho um vestido.

—Isso é o de menos, a gente vai na Empório da Tia Eme, e alugamos um vestido pra você.

— Não. E, além disso, a Michelle virá mais tarde na lanchonete e eu tenho que estar aqui senão eu estou frita.

Fui para o balcão terminar de arrumar logo minhas coisas para finalmente ir embora, mas as meninas pareceram não estar satisfeita com a minha decisão.

— Annabe... Ah oi meninas. Que lindas. – disse Katie saindo da cozinha.

— Oi – disseram juntas.

— Katie, você faria um favor para nós? -- Thalia perguntou. Olhei pra ela com um olhar repreensor, mas ela fingiu não notar e se aproximou do balcão onde Katie estava. —A Annabeth, tem um encontro hoje, no baile e tipo esse cara é “O cara”. E bem, digamos que o plano era eles se encontrarem no baile, mas ela não vai poder fazer isso se ela estiver aqui. Não dá pra liberar ela não?

—Um encontro? E você não me contou? – Ela disse como se tivesse ofendida.

— Katie, você sabe que eu não posso. A Michelle...

—Com ela deixa que eu me entendo. –  ela me cortou. —Você vai ao baile.

—Mas...

—Sem "mas". – ela disse séria. —Vá, e se divirta.

—Você é demais! – disse dando um beijo nela. —Quando faltar 10 para meia noite eu volto.

—Vamos estar te esperando.

E então saí com as meninas em direção ao Empório da Tia Eme.

Eu, Cinderela?!Onde histórias criam vida. Descubra agora