7. O clã de bruxos.

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Com passos longos, respiração ofegante, caminhava nas ruas de Londres, um homem, cujo rosto velho, com barbas compridas e vestes verdes.
O sujeito parecia apressado, carros se movimentavam, pessoas na rua bloqueavam o seu caminho.
Muitos o olhavam com cara de espanto, preconceito, por sua aparência idosa.
Em plena multidão, o homem some misteriosamente, sem deixar evidências.

Poucos minutos, o estranho reapareceu em um grande saguão, o Átrio, com teto azul-pavão, chão de madeira escuro e com paredes forradas de painéis de madeira escura engastados com lareiras douradas. No centro do saguão está a Fonte dos irmãos Mágicos, adornada por um grupo de estátuas de ouro, de tamanho maior que o natural. A maior delas é de um bruxo com a varinha para o ar. Em volta dele estão uma bruxa, um centauro, um duende e um elfo doméstico. Os três últimos olham o casal de bruxos com expressão de adoração. Muitos passantes jogam sicles, e nuques (moeda bruxa) na fonte, que são destinados ao Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos.
Esse é o Ministério da magia.
Um lugar subterrâneo, pois não deve chamar a atenção dos trouxas (quem não é bruxo). Suas janelas são encantadas, de modo a parecer que dão para o ar livre, dando vista para um céu, que pode parecer nublado ou limpo, sem necessariamente corresponder ao dia lá fora.

No fundo do Átrio fica um funcionário da Segurança que examina as varinhas dos visitantes e as retém durante a visita.

O mesmo homem, no mesmo saguão, de cabeça erguida andando, passou por bruxos e bruxas que também estavam no ministério, a critério.
Passando por trás da bela fonte do Ministério, o velho some mais uma vez.
Algo sinistro acontecia, onde nem mesmo o Ministério da magia pode suspeitar de como um sujeito entrou no saguão, sem passar pelos monitores de umas das maiores seguranças de todo o mundo.

Em uma sala reservada, o velho reaparece como um fantasma, sentando, em uma cadeira, de fronte para Mary Meg a Ministra da Magia.
A bruxa, sozinha, preenchendo papéis a todo vapor, nem reparou que em sua presença, havia uma visita.

- Huum - sussurrou o velho na cadeira de madeira querendo atenção.

- O que é isso! Como se atreve a entrar na minha sala, sem marcar uma consulta, quem você pensa que é? - a bruxa, um pouco velha, cabelos grisalhos, se levantou da sua poltrona se inchando de raiva.

- Eu acredito que a senhorita gostaria de ouvir o que tenho a relatar - falou o sujeito em um tom educado alisando as barbas.

- Então desembuche! Fale o que tem a dizer, antes que eu chame os Aurores (membros de elite, bruxos agentes) para lhe tirar a força da minha sala - os olhos da velha bruxa miraram os do velho como um rif.

- Eu gostaria de dizer, que o Ministério corre grande perigo, e que um dos seus Aurores, vai lhe derrubar. Abra o seu olho Ministra, tudo acontece por baixo do seu nariz, e você não vê! - a voz do bruxo ficou aguda e rígida.

A velha a fundou na poltrona, mas sem reação ao ouvir aquelas palavras. Sua escrivaninha balançava de tanta fúria.

- O Ministério da magia está forte. E sobre meus cuidados encontraremos o fugitivo Thomas Nick e o suposto bruxo das trevas - com a cabeça erguida Mary respirava fundo em posse de uma baronesa. - mas tenho uma pergunta que não quer calar, quem é você?

- Eu sou aquele, que deveria voltar a muito tempo! - com toda sinceridade do mundo, o velho deu um leve sorriso.

Do lado de fora da sala, tinha dois guardas na porta, eles eram bruxos, tempo depois um terceiro bruxo se aproximou discretamente para ouvir a conversa.

- Robert David! Retire esse senhor da minha sala, por favor - chamou a Ministra.

Um dos guardas da porta era Robert, ele entrou na sala enorme, com paredes decoradas por quadros, com imagens de bruxos que foram muito importantes no mundo mágico. Os bruxos dos quadros se moviam e resmungavam nas molduras (sim, quadros bruxos se movem).
Enquanto Robert, um homem pardo, baixo, andava em direção á cadeira de madeira ocupada pelo velho, foi surpreendido.

O mundo dos bruxosOnde histórias criam vida. Descubra agora