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Adrien

Voltamos para o acampamento assim que o Sol começou a ficar distante o suficiente para parar de esquentar o ambiente. Depois de tomar um banho e organizar as minhas coisas, procurei um lugar reservado para alimentar meu kwami.

— Finalmente, Adrien. Você foi muito egoísta ao comer com seus amigos e ignorar o seu companheiro de todas as horas. — Ele tenta pegar o queijo da minha mão, mas eu não deixo.

— Sinto muito, Plagg. Te dou em dobro se me ajudar com uma coisa.

— Hum, muito pouco. O triplo.

— Tudo bem. — Pego mais dois queijos e entrego um pra ele.

— Fala logo.

— Antes de tudo, você acha que fui muito irresponsável de sair de Paris, quando a Ladybug confiou que eu ficasse lá pra proteger a cidade?

— Claro que não, se bem que você deveria ter avisado pra ela. Paris não fica tão longe daqui, é só ficar de olho e se vir um akumatizado, é só ir até lá e fingir que nunca saiu de Paris.

— É, claro. Com os novos poderes do Chat Noir, eu chego lá em menos de 15 minutos. — Suspirei, um pouco mais aliviado. Entreguei outro pedaço de queijo para Plagg.— Bom, desde que eu fiquei próximo da Marinette hoje, alguma coisa vem acontecido e...

— Óbvio, está apaixonado. Eu sei disso desde o episódio do guarda-chuva.

— O que? Não! Ela é uma grande amiga e...

— O Nino também é seu grande amigo e você não sente palpitações. Admite que é melhor, Adrien. — E pegou o outro queijo da minha mão.

— Você só deixou tudo mais confuso, obrigado Plagg. — Coloquei ele dentro do meu bolso e voltei para barraca.

— Cara, onde você estava? Fiquei te procurando. — Pergunta Nino, se levantando.

— Fui beber água e acabei desviando do caminho. Precisamos conversar a respeito do que aconteceu na cachoeira hoje.

— Achei que o assunto tinha acabado, mas manda aí.

Quando eu ia começar a falar, a Alya e a Marinette chegaram.

— Nino... Desculpa interromper vocês. Mas eu preciso da companhia dele agora, tudo bem? Mais tarde vocês se falam.

— Adrien... — Ele me olha como se pedisse permissão.

— Pode ir, depois a gente conversa. — Pisquei e os dois sairam abraçados, os dois foram feitos um para o outro, tinha certeza disso.

— Você conversou com a Alya? — Perguntei, assim que nos sentamos.

— Sim, mas ela desviou do assunto. Ela fingiu que torceu o pé e não quis de jeito nenhum explicar o motivo.

— Entendi, mesma coisa com o Nino. Será que era uma desculpa para os dois ficarem sozinhos? — Eu sabia que não era isso, mas não ia entregar as minhas dúvidas a Marinette também.

— Não acho que seja isso.

— Então você tem algum palpite?

— Palpite? Ah, não. Eu não tenho, não faço a mínima ideia. — Ela dá risada.

— Entendi.

— E você? Tem algum?

— Nenhum também.

Ficamos em um silêncio constrangedor, eu não sabia o que falar e pelo jeito, ela também não.

— Marinette, vamos...

— Adrien, finalmente! Por que escolheu ficar aqui, nas barracas? É totalmente desconfortável.  Você está bem?

— Queria algo diferente. Eu estou bem.

— Diferente? Mas aqui tem bichos e são barracas Adrien, nem se compara a uma cama macia e confortável. — Ela cruzou os braços.

— É um acampamento Chloé, é feito para fazermos coisas diferentes. Se fosse para ficar numa cama confortável, era melhor ter ficado em casa. — A loira encara Marinette com raiva, eu segurei uma risada.

— Fica na sua, sua padeira intrometida. Adrienzinho, será que poderia me acompanhar até o quarto? Podemos ficar conversando.

— Não posso Chloé, não é permitido. Você tem a Sabrina como companhia. — Apontei para a garota que tinha ficado em silêncio todo esse tempo, ela só sorriu.

— Mas eu quero ir com você!

— Eu não posso, tenho algo pra fazer.

— Então vou junto.

— Não da. — Disse levantando. — Eu já tenho companhia. — Estendi a mão para Marinette e ela me olha confusa, faço um sinal com a cabeça e ela segura a minha mão, se levantando. — Nos vemos depois, tudo bem?

Ela olha para nós dois brava e revira os olhos, saindo e descontando tudo na coitada da Sabrina.

— Aonde você vai?

— Só vem comigo.

Não sei exatamente o que eu to planejando, mas sei que tinha que ter a Marinette envolvida. Meu coração pedia por isso, de alguma forma. Algo diferente tinha acontecido.

Talvez seja hora de seguir em frente.

Férias De Verão - AdrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora