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Marinette

— Você está bem? —Adrien pergunta, se sentando ao meu lado.

— Estou sim.

— Você ficou pensativa depois que voltamos da água. Foi pelo susto ou...?

— É, pelo susto também. Mas também pela Chloé. Não achei que um dia seria salva por ela.

— A Chloé não é ruim. Seus princípios só são um pouco confusos e diferentes dos nossos. Não acho que ela veria você se afogar e deixaria por isso mesmo.

— Eu só achei estranho ela estar ali por perto. Nem a vi entrando na água.

— Também não. — E deu de ombros. — Mas pelo menos você não sofreu danos mais graves.

— Pois é. — Sorri e bebi um pouco de água, não queria passar mal como a loira tinha dito.

Kim correu até a gente e nos chamou para jogar vôlei com o pessoal. Adrien me olhou e eu concordei com a cabeça, me levantando e indo jogar com eles.

[...]

— Vamos fazer alguma outra coisa? — Adrien perguntou, passando o braço envolta do meu pescoço.

— Tipo o que?

— Vamos andar pela praia e quando vermos alguém vendendo sorvete, compramos um.

— Então vamos. 

Demos as mãos e andamos praticamente pela praia inteira, as vezes íamos para a água e ficávamos brincando e jogando água um no outro. Chegou um momento que nos sentamos na areia e ficávamos tentando fazer castelos de areia. Parecíamos duas crianças na praia pela primeira vez.

Encontramos um homem vendendo picolés e compramos dois.

— E aí, ainda vai querer aprender a nadar?

— Hm, acho que eu passo.

— Ficou com medo por causa do que aconteceu mais cedo? — Eu neguei com a cabeça. — Ah, então vamos. Vai perder uma aula de natação com um professor desses?

— Ah, claro. — Dei risada. — Mas sério, eu passo. Obrigada.

Joguei o palitinho do picolé no lixo e esperei que ele terminasse.

— Vamos lá. — Ele me puxou e eu fingi que concordei com a ideia, esperei que ele entrasse na frente e na primeira oportunidade, sai correndo.

— Ei, não vale! — Adrien gritou. — Você acabou se entregando!

— Não tem problema, eu admito! Não tô afim!

Ele começa a correr atrás de mim e eu corro também, fugindo dele. Momentos depois, Adrien me pega pela cintura e cola nossos corpos. Involuntariamente, senti meu rosto esquentar.

— Princesa, você precisa de mais pra conseguir fugir de mim. — Falou rente a minha orelha.

— É, vou começar a estudar novos planos de fuga. — Disse, me virando e ficando de frente pra ele.

Encarei seus olhos verdes e sorri, tudo isso parecia um sonho. Como se a qualquer momento eu fosse acordar, na minha cama e descobrir que tudo continuava na mesma, eu continuava a mesma garota tímida de sempre e Adrien continuava com sua vida, sem saber meus sentimentos.

Abracei Adrien, como se a qualquer momento tudo fosse se esvair. Eu era grata aos meus pais, que praticamente me obrigaram a vir até aqui. Agradecia a Alya por seus concelhos e a Adrien, que se deu a chance de tentar. Eu estava feliz e se pudesse teria dias felizes assim, pra sempre. Sem nenhum problema pra enfrentar.

— Obrigada.

— Pelo o que?

— Por tudo. — Me afastei, sem desfazer o abraço e o olhei.

— Eu que tenho que te agradecer, minha incrível Marinette.

Ele passou a mão pelo meu rosto de forma carinhosa e juntou nossos lábios num beijo calmo e doce. Jamais me cansaria dessa sensação que era tê-lo ao meu lado, do frio na barriga toda vez que ele me olha e sorri e de sentir meu coração bater forte toda vez que ele se aproxima.

Não tinha vergonha de admitir que acreditava que Adrien era a minha alma gêmea e que de alguma forma ele era destinado a mim. É o meu primeiro amor e se eu puder, o último. Eu sinto que a nossa conexão vai além de tudo isso e estou ansiosa para descobrir a sua origem.

Adrien, você já fez por mim muito mais do que imagina.

[...]

— Mari! — Alya se sentou ao meu lado, com um pedaço de bolo na mão. Estávamos sentados num pano na areia, comendo um pouco pra recuperarmos as energias. — E então amiga, me conta, como tá sendo?

— O que exatamente? — Perguntei, me fazendo desentendida.

— Ah, não faz assim. — Dei risada.

— Incrivelmente maravilhoso. A dois dias atrás se alguém me contasse que isso, — Olhei para Adrien, que me mandou uma piscadela. — estaria acontecendo, eu jamais acreditaria. Eu estou tão feliz.

— Imagino que esteja, eu também estou por você. Sabe que merece tudo isso não é? Já era hora dele sacar que te ama e que você é incrível. Vocês ficam tão lindos juntos. E como foi o pedido de namoro?

— Ah, bem... Sabe como é né.

— Não, não sei como é.

— Ele falou umas coisas muito bonitinhas e disse que estava com medo de estar sendo precipitado. — Dei risada ao lembrar que ele achou que eu ia dizer "não". — Disse também que vai fazer um pedido mais elaborado depois.

— Jura? Eu espero que ele me peça ajuda! Porque eu, mais do que ninguém sei como fazer um pedido de namoro incrível pra você.

— Haha, sei.

— Meninas bonitas, a professora e o diretor disseram pra aproveitarmos os últimos minutos do segundo tempo. Daqui a meia hora estamos indo embora. — Nino se aproximou e estendeu a mão pra Alya.

— Ah, poxa. — Disse me levantando também.

— Ok, o que fazemos pra aproveitar os últimos minutos do segundo tempo? — Alya perguntou, assim que Adrien chegou.

— Quando eu estava andando com a Marinette, vimos um lugar que dava pra alugar bicicletas, lembra Mari?

— Aham, a gente pode chamar a turma toda e dar pelo menos uma volta na praia antes de ir.

Fomos avisar a professora, os nossos amigos e saímos pra procurar o lugar onde estavam alugando as bicicletas. Tentava ignorar a pontinha de tristeza que crescia dentro de mim, ao saber que íamos embora.

Adrien segurou a minha mão e deu um beijinho, sorri e respirei fundo.

Férias De Verão - AdrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora