Capítulo Nove - Netflix & Chill {part 2}

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– Eu não acredito que estou vendo isso! – Sam aparece com os olhos tapados. – Pelo menos me digam que vocês não transaram no sofá. Eca, eu acho que nunca mais vou sentar aí!

– Sam, por que diabos você está aqui? – puxo o cobertor para esconder a parte superior que ficou completamente nua durante o momento.

– Eu mandei uma mensagem para você e te liguei para saber se estava tudo bem e se eu podia passar para pegar uma roupa para sair, mas como não tive resposta, eu vim do mesmo jeito. – Ela esbarra na cadeira. – Posso abrir os olhos agora?

Eu olho para Dacre segurando o riso e levemente vermelho de vergonha.

– Abre logo a porra desses olhos, pega o que precisa e vai embora! – respiro fundo e encaro Sam com muita raiva. – Você me paga.

– Ah, claro, vocês que vão me pagar a lavagem desse sofá! – ela entra em seu quarto e eu começo a procurar pela minha roupa no meio das almofadas.

– Eu acho melhor eu pedir a pizza agora – Dacre se levanta e pega seu celular.

Bufo para tentar controlar o meu ódio e frustação. Visto a minha roupa e vou atrás de Sam no quarto dela. Entro e fecho a porta.

– Meu Deus, Sam!

– Meu Deus digo eu, Laura! Como assim vocês iam se comer no sofá? A gente divide um apartamento, e se eu tivesse chegado um pouco mais tarde?

– SAM!

– Laura, ok, tudo bem, sentimentos não são controlados! Mas, meu Deus, vocês iam fazer no sofá! Eu vi dois onesies ridículos lá na mesa de jantar, vocês dois deveriam vestir aquilo só pra evitar que algo aconteça enquanto assistem os filmes – ela termina de colocar sua roupa em uma mochila e abre a porta. – Ei, Dacre, não fomos devidamente apresentados. Oi, eu sou a Sam, colega de quarto da Laura e amiga dela desde o ensino médio. Para a segurança de vocês e do meu sofá, eu preciso que vocês vistam aqueles onesies ridículos. Aí quando vocês estiverem no quarto da Laura, vocês podem tirar.

– Sam! – eu dou um tapa no braço dela, mas a expressão da minha amiga está dura como pedra.

Dacre olha de Sam para mim, dá de ombros e guarda o celular no bolso do casaco.

– Sam, eu queria te pedir desculpas pelo acontecimento, mas eu também gostaria de dizer que eu mal te conheço e já te adoro. Acho que você é a única pessoa que consegue fazer a Laura vestir algo que ela odeia.

– É, eu sou a única. Eu já estou de saída, mas antes eu preciso me certificar que vocês vão vestir os onesies. – Ela joga um para mim e entrega o outro para Dacre. – Vamos, Laura, eu não tenho a noite toda.

– Eu te odeio demais, Sam. Você me paga. – Visto a peça e Dacre parece animado por aquilo estar acontecendo. – Pronto, agora você já pode ir embora.

– Bom filme para vocês. E, Laura, se sobrar pizza, guarda para mim.

– Vai embora, Sam!

Ela fecha a porta e a minha mão vai automaticamente para o zíper do onesie.

– Sério? Não deu nem um minuto que ela deixou o lugar – Dacre segura a minha mão.

– Não era eu quem estava sem camisa e partiu para cima da outra pessoa.

– Ok, eu me declaro culpado.

Seus braços em envolvem e eu me pergunto se ele realmente acha que eu estou bonita com esse... pijama. Dacre é Dacre, ele ficaria bom em qualquer peça de roupa porque, bom, o físico e o rosto dele ajudam muito. E eu sou esse saco de batatas importado que habita entre pessoas magras e orientais. Nem um pouco dentro do padrão.

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