Capitulo IV- Lembrem-se dos seus pecados

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Desde que Adão e Eva foram expulsos do paraíso por desobedeceram a Deus, o pecado original está enraizado nas entranhas da humanidade. Mas a questão é: o que aconteceria com a mais pura alma humana, corrompida pelos sete vícios capitais?

Muitas vezes sentimos Gula de poder, Inveja dos bem sucedidos, Ira de nós mesmos, Preguiça de sermos alguém melhor, Avareza para ter o mundo aos nossos pés, e o pior, Orgulho em sermos assim.

Mas se o pecado é algo tão nefasto por que sentimos tamanho prazer em cometê-los?

Acho que o fato de nos cobrirmos de humanidade é o que nos aproxima cada vez mais da terra. Dos nossos mais íntimos desejos humanos.

Perceberam que eu me esqueci de citar um dos sete, não é mesmo? Na verdade eu não esqueci.

A Luxúria sempre estará presente no sangue que corre nas veias de cada um de nós. Ela desperta os nossos sentidos mais obscuros. Eu sempre pensei nela como o mais terrível dos pecados, já que ela foi capaz de fazer até um homem que jurou castidade cair na pior das tentações.

Igreja de St. Christopher,

Um ano e meio antes.

Naquela manhã de sábado os intensos raios solares refletidos através das persianas do meu quarto tocaram delicadamente a minha pele dourada e fizeram com que eu rapidamente despertasse. Depois de dar uma longa espreguiçada comecei a me arrumar para um possível compromisso inadiável.

Assim que tomei um longo banho quente vesti um vestido jeans de botões, coloquei meias ¾ brancas que iam até a altura do joelho e calcei uma bota marrom de cano longo.

— Aonde vai tão cedo? — Minha mãe perguntou, se aproximando como uma hiena sorrateira até a porta do meu quarto.

— Ai que susto — disse, colocando a mão sobre o peito. Peguei uma bata de franjas que estava pendurada próxima ao meu pôster do Fleetwood Mac e joguei sobre o vestido. — Eu prometi a Susan que ajudaria a separar algumas roupas para o bazar de caridade da igreja.

— Você é uma boa garota, Courtney — disse minha mãe, se direcionando até a saída do meu quarto com um sorriso orgulhoso.

Não, eu era apenas uma vadia egoísta que acertava de vez em quando. Mas eu fazia isso parecer bom.

Depois que a minha mãe saiu eu admirei o meu visual uma última vez em frente o espelho e peguei a minha bolsa tiracolo finalmente me direcionando até as escadas que, por conseguinte, me levariam à saída da minha casa.

Fui caminhando tranquilamente pela calçada até a casa dos Scavo que ficava apenas há uma quadra da igreja. Subi rapidamente os pequenos degraus de madeira e toquei a campainha que ficava próxima a uma coluna de mármore.

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