Capítulo XII- EBracadabra e hocus pocus

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O giroflex do carro de polícia estacionado a poucas quadras da rua principal estava sendo responsável por atrair os olhares curiosos dos moradores da pequena vizinhança. Em um lugar como Allenwood, onde aparentemente nada de anormal acontecia, o quão chocante poderia ser ver alguém que você sempre teve a melhor das impressões sair algemado como um terrível criminoso?

09 horas antes...

Após sair rapidamente para pegar a correspondência, Ross voltou ao encontro de Natalie, Susan e Aaron que estavam todos reunidos na sala de estar da sua bela casa.

— Conta do cartão de crédito, revista de moda da Lexa... — Ross revirou os olhos, jogando tudo sobre a mesa de centro. — Nada de interessante.

— É uma heresia dizer que a Vanity Fair não tem nada de interessante. — Susan disse indignada, pegando rapidamente a revista para poder folheá-la.

Assim que ela a puxou, um panfleto que estava grudado na contracapa e que havia passado despercebido por Ross caiu sobre o colo dela.

— O que é isso? — Susan se indagou, pegando o papel entre os seus dedos.

— O quê? — Aaron também ficou curioso.

A ruiva rapidamente se pôs a ler o que estava escrito.

— Você está cordialmente convidado para o show de ilusionismo que acontecerá hoje à tarde no festival do dia dos fundadores em Lilywood. — Em um primeiro instante, Susan pensou que aquilo fosse tudo.

— Isso é cerca de duas horas daqui. — Natalie começou a ficar pensativa.

— Deixe-me ver isso. — Aaron rapidamente puxou o anúncio das mãos da ruiva e virou o papel, notando que ainda tinha algo para ser lido. — Tem mais uma coisa que vocês precisam saber. — Ele cerrou os lábios em um ato de nervosismo.

— Vai me dizer que...

Interrompendo a fala de Ross, Aaron terminou de ler em voz alta para os outros.

A verdade pode surgir em um passe de mágica, e Courtney Heitt sabia disso ao buscar respostas em Lilywood. Está na hora de perseguir o coelho. Beijos, vadias. –E.B.

— Viagem até o passado que mora ao lado... — Ross instantaneamente começou a se lembrar da mensagem que haviam recebido. — É isso. Era sobre Lilywood que E.B se referia na mensagem que recebemos no baile da Celestine.

Susan rapidamente cobriu o seu corpo com os braços, quase como se uma corrente gélida estivesse atravessando as persianas da sala e provocando calafrios sobre ela.

— Eu preferia quando ele só mandava mensagens de texto mesmo.

[...]

Antes.

Depois que Ethan desenvolveu o seu corpo do meu e deitou ainda desnudo de volta na cama, eu me levantei dos seus lençóis brancos e caminhei até o enorme espelho no quarto onde eu comecei a me vestir novamente.

— Você já vai? — Ele perguntou ao mesmo tempo em que pegava um cigarro sobre a cabeceira da cama e o acendia com o auxílio de um isqueiro.

— Eu realmente preciso voltar para Allenwood. — disse sem muitos detalhes, voltando até ele para pegar a minha bolsa. Percorri com o meu dedo indicador delicadamente pelo seu abdômen sequinho e exposto e puxei o cigarro dos seus lábios naturalmente vermelhos para dar uma tragada. — Ainda têm algumas coisas que eu preciso fazer.

Um guia para as vadias de Allenwood ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora