Victória

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Quando eu era pequena acreditava que as coisas sempre aconteciam por acaso, que as coisas não aconteciam por um propósito ou coisa assim, nada estava interligado, que as coisas que aconteciam, eram apenas, vocês sabem coisas.

Acreditei nessa teoria até os 13 anos de idade, quando um professor de filosofia me fez pensar completamente diferente do que tudo que eu sabia, eu não lembrava o nome do professor, ou aparência do mesmo, ou por qual razão eu tinha me inscrito justo naquela aula de filosofia, mas aquele homem me fez questionar as coisas que eu acreditava, ele me ensinou uma das únicas coisas que eu aprendi na escola que eu uso até hoje: A teoria da coincidência e do destino.

É uma teoria bem simples. Imaginem uma coisa assim: Você está em sua humilde casa e decide fazer um pão com manteiga, aqueles pães com manteiga de uma metade de um pão só, onde só um lado tem manteiga, eis que você termina seu pão e está com ele num prato indo para a mesa come-lo, mas você tropeça, e seu pão cai no chão, mas por pura sorte seu pão cai com a parte que você havia passado a manteiga para cima, ou seja, você não teria que limpar o seu chão amanteigado, e, se seu chão fosse bem limpinho, você pode até comer seu pão com manteiga.

Isso que vocês acabaram de ler, meus queridos, é uma coincidência, um acaso, uma sorte que você deu no mundo. Aquilo, de alguma forma, era muito pequeno para de conectar com o universo inteiro.

Mas o destino é outra coisa, imaginemos que você, tenha ganhado na loteria, um prêmio dos grandes, tipo, mais de um milhão de dólares, isso é destino, algo que foi desenhado para você, algo que algum dia você teria que fazer algo que é significante para o universo.

Até ai tudo bem, mas o meu professor não me explicou a parte mais importante, a parte qual às vezes ainda martela na minha cabeça todos esses anos. Conhecer alguém é destino ou coincidência?

Eu, particularmente, não queria acreditar que estamos destinados a uma pessoa só, falando amorosamente, sabe aquele negócio das "almas gêmeas", nunca quis acreditar que só uma pessoa no mundo inteiro, entre sete bilhões de pessoas, somente uma me faria feliz, era muito triste pensar isso.

Então penso que conhecer aspessoas ainda faz parte das coincidências, até que o universo deseje me provaro contrário. 


P.O.V Diana Belt

04/09/2015Sexta-feiraÀs 8:00 A.MNew York, Manhattan...


- Escritório do Cody Simpson, Diana falando, em que posso ajudar?
Eu falo quando atendo o telefone.

- Oh, Diana, era você mesmo que eu gostaria de falar.
Uma voz doce de uma mulher falava através do telefone.

- Perdão, quem é?
Eu não reconheço a voz por trás do telefonema.

- A senhorita não deve se lembrar de mesmo de mim, eu sou a aeromoça que os atendeu na ida a Los Angeles, lembre-se?

- Aí meu Deus como pôde esquecer? Bem, o que gostaria senhora... Bem, desculpe não me lembro da senhora ter me dito seu nome.

- Izzie, senhorita Diana.
A mulher responde ao telefone.

- Izzie, sim. Agora, diga-me o que eu posso fazer pela senhora?

- Bem, é uma história meio complicada.

- Não se preocupe. Tenho tempo.
Diana a tranquiliza.

- Ok, lembre-se que eu disse sobre a minha garotinha, a minha filha? Muito fã do cantor que a senhorita agencia.

- Claro. Victória o nome da mocinha, não é?

- Sim, sim. Bem, creio que não se recordará que eu disse que Victória tem leucemia, ela tem essa doença terrível, e ultimamente, minha Vic não tem melhorado, e os médicos também não me dão nenhuma esperança, e como último desejo, Victória me implorou que, eu disse a ela que seria quase impossível, porém, o que a gente não tenta fazer por um filho e...

- Não precisa mais me dizer nada senhora, eu entendi, e compreendo exatamente o desejo de sua filha. Quer que Cody a visite, não é?
Eu a interrompo.

- Sim, porém, se não houver disponibilidade dele, o que eu compreendo perfeitamente, cantores são completamente atarefados e...
Eu a interrompo novamente.

- Não será sacrifício nenhuma senhora. Por favor, me passe o endereço de onde essa garotinha está, para que Cody possa fazê-la uma tremenda surpresa.

P.O.V Diana Belt
07/09/2015
Segunda-feira
Às 8:00 A.M...


- Cody, você está muito nervoso, está tremendo a perna sem parar.
Eu esclareço.

- É claro que eu estou Diana. Nunca visitei uma fã doente antes, nunca visitei um doente antes por falar nisso.
Cody me responde.

- Pois trate de não parecer. A última coisa que essa garotinha e a mãe dela precisam é de alguém nervoso perto delas, elas precisam de calma e paz, ouviu?
Eu fico nervosa.

- Você, vai entrar comigo não vai?
Ele me pergunta com seus olhos de cachorrinho que caiu da mudança.

- Vou.

- Ótimo. Só quero fazer com que esse dia seja o dia mais feliz de sua vida.
Assim que Cody diz isso, Izzie aparece nos chamando para ir ao quarto do hospital.

- Vic, você tem visitas querida.
A mãe de Victória nos anuncia, e quando nós entramos quase vejo os olhos de Victória derramarei lágrimas de alegria.

Cody estava com um violão tocando Home to Mama, que Izzie tinha dito que era a música favorita dela, e eu estava com um buquê de violetas, que também eram suas flores favoritas, e aparentemente, roxo também era sua cor favorita, pois seu quarto era rodeado de coisas daquela cor.

Enquanto Victória conversava animadamente com Cody, eu observava todos os detalhes daquela princesinha, ela tinha 14 anos, pele morena e olhos bem escuros, seu cabelo estava raspado, devido aos seus infinitos tratamentos, mas não tenho dúvidas de que ela era realmente um menina linda e adorável.

- Ela é a Diana, Cody?
Victória pergunta, com sua voz suave e fina.

- É sim, gostaria de falar com ela?
Cody pergunta a ela.

- Quero sim.
Victória responde e eu me aproximo da cama onde ela estava deitada.

- Oi Victória, eu sou a Diana.
Eu esclareço.

- Eu sei quem você é, Cody me disse que você é a namorada dele.
Victória diz. Eu enrubesço e olho para Cody que dá um sorrisinho.

- Oh, ele disse é?

- Disse, mas não se preocupe, eu vou manter o segredo de vocês, prometo. Sei que existem ainda algumas fãs malucas por aí que ainda não aprovam o relacionamento de vocês.
Ela fala, e eu inclino a cabeça para o lado.

- E você aprova?
Eu pergunto.

- Eu não tenho que aprovar nada, não sou a mãe de vocês. Mas gosto de vocês juntos, Cody tem bom gosto, porque você é muito bonita.

- Você também é muito linda, pequenininha.

Comunicado no Instagram...

"Hoje, infelizmente, recebi uma das notícias mais tristes da minha vida. Victória Smith, por um infelicidade do destino, veio a falecer, Vic tinha leucemia, quando eu fui a visitar semana passada, não poderia imaginar que isso aconteceria tão rápido, ela parecia tão bem e alegre, vocês todos precisavam ver :(

Ela exalava força de vontade, força para continuar, e acho que é isso que eu vou levar para vida, isso foi o que eu aprendi com ela, além de outras coisa que conversamos aquele dia, que só nós dois sabíamos.

Victória Smith, para sempre em nossos corações, agora está brilhando nas estrelas.

- Cody Simpson"




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