Prólogo

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P.O.V Diana Belt
30/05/2015
Segunda-feira
Às 6:00 A.M
New York, Manhattan...


- Acorda. Ian acorda ou eu vou jogar um balde de água fria nessa sua cabeça de vento.
Dizia para o meu amigo.

Fala sério, acordar um cara de 24 anos nas costas já é demais para mim, eu quando morrer com certeza vou para o céu.

- Não, mãe. Eu estou de férias.
Ian chamava pela mãe.

Eu realmente não estou acreditando em uma coisa dessas. Tudo bem, meu bob's no cabelo me deixavam do um ar de Dona Florinda, mas não estou tão velha assim para parecer com a mãe dele.

- Eu. Não. Sou. Sua. Mãe.
E nesses intervalos eu dava travisseiradas naquele que estava na minha frente.

- Qual é já estou acordando Didi. Não precisa ser tão agressiva assim.
Ele reclamava por ter sido acordado.

Ian não sabe acordar cedo, não mesmo. Ele foi mimadinho por aquela vaca da mãe dele (Que me odeia, diga-se de passagem) a vida inteira, então agora, ele não sabe levantar a bunda da cama antes das dez da manhã sem umas sacolejadas, o Tio Jack, seu pai, o faz trabalhar na empresa da família há seis meses para que ele aprenda o "ofício da família Dawson".

Falei muito de Ian, é a minha hora de brilhar.

Diana Belt, muito prazer. Alta, loira e magra. Ha Ha, só que não. Baixa, morena e gordinha. Olhos marrons tão claros que chegam a ser amarelos.

Trabalho em uma agência de marketing para os mais dotados, ou seja, arranjamos agentes para pessoas famosas. Estou na Others há cinco meses e semana passada fui promovida - finalmente porra - pra ser uma das agentes. Se querer me gabar, mas sou muito boa no que faço.

- Bom Dia, Didi.
Ian passa por mim e me da um beijo bochecha enquanto estou preparando o café da manhã.

- Bom dia. Sabe que dia é hoje?
Pergunto, colocando seu waffle com manteiga em seu prato e um com morangos no meu.

- O seu dia de fazer o café?
Ele me responde com outra pergunta.

- Não, errado. Outra chance. E se errar, jogo esse copo de suco em sua camisa.

- Relaxa, eu estava só brincando. Eu sei que dia é hoje, o dia da sua tão esperada folga.

- E o que você tem que fazer nesse dia?

- Ficar fora das suas vistas até às sete horas da manhã do outro dia e não te ligar, mandar mensagem ou qualquer outro tipo de meio de comunicação a não ser que eu esteja morrendo.

- Exatamente.
Sorrio, satisfeita.

- Sabe, eu me sinto um pouco abandonado nos seus dias de folga, parece que você não me ama.

- Ian, amorzinho, eu te amo 29 dias por mês, não está bom?
Digo levantando da cadeira e colocando o prato na lava-louças.

- Você só pensa nessas suas amiguinhas.
Ele resmunga, mas eu ouço.

- Só penso nelas?! Ian, eu te vejo todo o dia, te acordo, te pego no trabalho quando está sem carro e você ainda tem a petulância de dizer isso? Eu não estou acreditando.

Ando até ele e começo a dou um tapa bem forte em seu braço.

- Aí, sua agressiva!
Ele reclama em resposta.

- Você mereceu.

Eu me jogo no sofá e ligo a televisão, ainda falta muito tempo para as meninas chegarem então vou mofar aqui no sofá até lá.

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