Tênue
O poeta permeia nessa linha tênue entre a vida e a morte
Entre o amor e o ódio, esse é seu ópio
O poeta sente na própria pele, está enraizado na sua mente, essas duas vertentes
O céu lhe oferece a lua com seu brilho, a Deusa dos amantes
Contraponto a escuridão de noites sombrias e horripilantesO poeta absorve, se envolve nessas forças antagônicas
As duas existem, o feio e o belo a alegre e o triste
O antes e o depois, agora ou jamais
Não há outra maneira de se encarar a vida
Se não curar as feridas e se aprontar para novas investidasEscrevo inspirado em desejos, tristezas e alegrias, nos meus belos dias, no sol que brilha, nas minhas fantasias
Sigo-me equilibrando na linha do meu destino
Escapando das tormentas, agarrando nas últimas raízes do precipício
Assim vou fortalecendo minha existência
Vou me tornando forte, seguindo em frenteNa minha loucura nua e crua viajo na cauda de um cometa
Combino com o sol e juntos fazemos uma serenata para a luaNão posso negar que essa é a minha realidade é nela vivo meus dias de intensa felicidade
Jonas Luiz
São Paulo, 27/08/17