O vento traz, também leva

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O vento traz, também leva

O vento não fala, mas traz seus recados
E quando eles chegam ao nossos ouvidos, escancaram todos os nossos pecados
O vento é um moleque de recados

Eu vivo ao sabor dos ventos e até tento impor meus argumentos
Mas o que me resta é esse meu pobre corpo ao relento

O vento que sopra nos meus ouvidos
Também leva as minhas tristezas para bem longe
Varre os meus pensamentos, leva embora os pecados que me consomem

Os ventos que assolam os meus dias, chocam-se com o meu rosto, faz melodia sem sinfonia
Despenteiam meus cabelos e a minha alma silencia

Só quero ventos passageiros
Quero que os meus dias sejam de brisa leve na sua maioria
Que as tormentas nunca durem mais que as calmarias

Jonas Luiz
São Paulo, 03/10/17

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