Frisson
O que ouço pelos ares
São mensagens subliminares
Chegam em códigos cifrados
Tudo tem que ser decifradoQuem planta as flores
Colhe também os dissabores
Além dos perfumes que elas exalam
Tem os espinhos que atrapalhamO mesmo vento que sopra mansinho, vira um redemoinho
Castelo de sonhos são destruídos
Vai tudo para o abismoSão sinais, alguns não consigo captar
Cada elo dessa corrente, pode se romper de repente
Vivo correndo perigo
Todos os dias chegam os avisosTudo não passa de hieroglifos
Que foram escritos nas paredes, da vida
Preciso ativar o meu radar, preciso decifrarQual o segredo? Qual a sintonia?
Equalização? Qual é o tom?
Na corda bamba, pra ser bamba, tenho que sambar, laia laiaHoje eu vi um clarão e é claro pra mim
É a minha clarividência dizendo que é inocência tentar entender as linhas do meu tempoAinda estou no jardim da infância
Sou aprendiz, só capto pequenos sons
Muito pouco pra entender esse frissonJonas Luiz
São Paulo, 02/09/17