Twelve

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Apesar dos acontecimentos com Ravenna, eu sabia exatamente o que eu tinha que fazer

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Apesar dos acontecimentos com Ravenna, eu sabia exatamente o que eu tinha que fazer. Quando a noite chegou eu mesmo tratei de fazer o jantar, a mocinha estava pintando em seu quarto como sempre, mas dessa vez ela tentava finalizar meu quadro, eu planejava pagar por ele, não dava para negar que o trabalho da senhorita Tucker era incrível, ela se concentrava tanto para pintar que chegava a ser assustador.

Ravenna era como uma rosa, tão bonita, porém com tantos espinhos.

Eu precisava confrontá-la, parar de achar que ela não podia lidar com minhas perguntas, com o assunto. Ela conseguia lidar com tudo aquilo, estava aceitando ser condenada, o que já era uma ótima razão para que eu acreditasse que ela suportava aquilo tudo de queixo erguido.

Saí do escritório decido a ir até o quarto de Ravenna e lhe perguntar algumas coisas. Com cuidado para não acabar pegando a moça num mal momento, não que eu lembre de quando ela estava no banho e eu entrei no quarto, e quando me virei ela estava só de toalha, eu não lembro disso, eu vivo esse momento na minha cabeça diariamente, é diferente.

– Ravenna? – Chamei por ela a vendo sentada no banquinho alto que fora roubado da minha cozinha para seu quarto.

Na mesma posição que ela sempre estava, pintando, daquela maneira. Será que não sentia dores nas costas ou algo do gênero? Seria bom comprar para ela algum remédio para dor caso começasse a sentir.

– Eu já vou jantar. – Ela nem me deixou falar nada, apenas deu de ombros e voltou a contornar alguma coisa no quadro. Estava ficando lindo.

Entrei no quarto deixando a porta aberta e me escorei na porta do guarda-roupa enquanto a observava. Sua raiz era escura, e agora que o roxo estava saindo de seu cabelo eu conseguia ver isso. Será que ela não tinha vontade de retocar? Poderia me pedir, aposto que Rose a ajudaria com isso sem problema nenhum. Eu não queria que ela deixasse alguns costumes só por estar em minha casa.

– Na verdade eu queria te fazer algumas perguntas. – Seu olhar saiu da tela e encontrou o meu. Aqueles olhos estavam me pedindo para continuar, como se ela tivesse esperado esse momento o tempo todo. – Tem algum problema?

Descendo do banquinho ela foi pra cama, se deitando e encarando o teto como se aquilo fosse a cena de uma novela mexicana, e precisássemos de todo aquele drama. Imagino que boa atriz ela seria.

– Eu esperei que viesse me fazer perguntas desde aquele dia no departamento. Não acha muito melhor me perguntas as coisas do que ficar tentando adivinhar o que se passa na minha cabeça? – Ah, eu queria muito saber o que se passa na cabeça dela, só não sabia que podia perguntar quando tivesse curiosidade. – Apesar de que, a única coisa que se passa na minha cabeça, é como você pode ter uma bunda tão bonita.

Tentei esconder o riso, juro que tentei, mas aposto que ela percebeu alguma coisa se repuxando em meus lábios.

– É um pouco impossível trabalhar com você, sabia? – Olhei para o teto pedindo ajuda a Deus, a mocinha não tinha um freio naquela língua?

Os Pecados de RavennaOnde histórias criam vida. Descubra agora