Fifteen

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 Quando coloquei o nosso fugitivo sentado na sala de interrogatório, ele já estava consciente. Uma das meninas do departamento já tinha feito um curativo em meu braço, e outra tinha dado algum chá para Duane ficar mais calmo. Com Ravenna passando o dia com minha irmã, eu poderia finalmente me concentrar na outra parte do caso que não a envolvia, a parte dura, certamente.

Duane ficou em pé em um canto da sala, quando eu voltei da enfermaria com uma pasta em mãos. Eram dados do sujeito a minha frente, ele não estava tão bem quanto parecia.

– Ok... – Sussurrei olhando para a ficha em minhas mãos. – Adam Loutsi. Não é um sobrenome muito comum não é mesmo? – Ele só me encarava como se estivesse sendo mordido, sujeitinho de cara ruim. – Você por acaso conhece Richard Bonet?

– O que muda se eu conhecer o cara? – Ele disse algo pela primeira vez, parece que a chave era pressioná-lo bastante, e ele seria evasivo.

– Bom, nada, nós também conhecemos. O que muda é você estar na sala de interrogatório sendo interrogado por causa desse cara, e não nós. – Fechei sua ficha e me sentei em sua frente com a ficha de lado. – Você está fazendo negócios para o senhor Bonet, na boate?

– Acha que vai ser fácil assim me arrancar informações? – Um sorriso escárnio surgiu em seus lábios. – Deviam tentar tortura.

Me calei por alguns segundos vendo Duane caminhar até meu lado e sorrir para Adam.

– Acredite, você deveria tentar falar porque eu assisti vários filmes de tortura, e estou realmente pensando no caso.

Certo, Duane e aquele cara ficariam no joguinho de palavras. O problema, é que eu já tinha visto meu amigo acabar com toda a pose de criminosos só com jogo de palavras, o Leuske era bom com joguinho psicológico, e ele gostava de fazer aquilo. Podiam passar alguns minutos só se encarando até que o nosso interrogado em questão desviasse o olhar e suspirasse, e então começasse a contar tudo.

– Por que foi designado para fazer a defesa de Ravenna Tucker? – Perguntei com toda a seriedade que eu conseguia.

– Alguém precisava ter certeza de que a moça pagaria pelo que fez, eu só queria amenizar as coisas pra ela. – Ele sorriu, debochando do que falava.

E então eu entendi, ele foi mandado para fazer a defesa da moça, mas não para realmente defendê-la, e sim para ter certeza de que ela seria presa, era um advogado de acusação disfarçado. Ele estava realmente do lado de Richard.

– O que sabe sobre o assassinato da família Tucker? – Perguntei com seriedade novamente.

Ele poderia cooperar ou não, mas eu queria respostas.

– Eu sei algo sobre a menina. – Adam se ergueu na cadeira e seu rosto se aproximou do meu. – Sei que ela é boa de cama.

Meu sangue esquentou e eu o encarei como se o pudesse matar com o olhar, logo depois me levantei de supetão mesmo tentando me manter calmo.

Os Pecados de RavennaOnde histórias criam vida. Descubra agora