Capítulo 5

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Passado uma semana

Estes dias têm sido um fiasco para mim. Cada dia que passa, os meus pais ocupam o meu tempo com aulas, as quais eu não vejo que tenham um grande benefício, como por exemplo "aulas de etiqueta", praticamente toda a gente sabe como se deve sentar numa mesa rodeada de gente, para que serve cada talher, como se deve dirigir a um grupo de pessoas que estão a falar sem parecer mal-educado ou intrometido. Isto, são uns dos exemplos de coisas que eu aprendo e as quais dispenso, pois não sinto que sejam um grande benefício. Também tenho andando bastante desmotivada com tudo estes dias. Desde que eu e o Damon nos beijámos naquela noite, que nunca mais o vi. Provavelmente eu deveria voltar à floresta, procurar por ele, mas se não fui é porque tenho receio, aliás medo. Eu não sei que tipo de vampiros poderei encontrar.

Tenho utilizado todo o tipo de pensamentos para ver se o Damon viria até mim, para falar com ele, ter a sua companhia e nada. É como se ele realmente tivesse ficado arrependido do que aconteceu entre nós e agora não quisesse voltar a ver-me.

– Novamente a pensar nele? – Perguntou a Yasmin.

– É assim tão notável? – Sentou-se ao meu lado – eu acho, que nunca mais o irei voltar a ver.

– Não penses assim – sorriu – porquê que não segues o meu conselho e vamos as duas à floresta? Assim, vez se realmente ele não te quer ver mais ou se aconteceu alguma coisa – levantei-me da cama.

– Achas, que lhe pode ter acontecido alguma coisa?

– Não sei Leonor eu não posso dizer nada em concreto porque eu mesma não sei, mas acho muito estranho o facto dele nunca mais ter vindo ter contigo. Ou quebrou alguma regra ao ter-te beijado ou realmente se arrependeu.

– Eu não o devia ter beijado.

– E, não só! Tu não devias ter-te deixado ir – suspirou – eu sei que ele é um gato, um cavalheiro, que trata-te bem e que dá aquela adrenalina que gostarias de viver diariamente, mas Leonor, ele é um vampiro! – Revirei os olhos – é um homem que está morto e simplesmente está vivo ao mesmo tempo, enquanto ele está sempre com aquela aparência juvenil, tu vais morrendo a cada segundo!

– Obrigada por tal apoio! – Disse – só fazes com que fique pior – suspirei – por momentos, gostaria e dava tudo para ser uma vampira!

– Leonor! – Repreendeu-me – eu não acredito que possas ter ficado interessada nele.

– Eu dei o meu primeiro beijo Yasmin!

– Vamos à floresta então! – Ao dizê-lo fiquei completamente perplexa, antigamente a Yasmin tinha medo de ir à floresta e ser comida por vampiros e agora não, é como se esse medo tivesse desaparecido.

– Não sei se é boa ideia, da última vez que fomos à floresta, encontrámos uma vampira chamada Cloe, que não foi muito simpática.

– Tudo bem, caso apareça mais um vampiro assim, leva com uma coisa chamada "alho" – pôs a mão na minha testa e abanei a cabeça.

– Yasmin, essa história que o alho assusta ou que faz com que os vampiros afastem, não passa de um mito.

– Soprei com álcool? – Revirei os olhos – pronto, vamos assim.

– Espero que os meus pais não me vejam – disse – hoje eles iam começar a organizar as coisas para o grande baile de Primavera.

– Eles não vão dar pela nossa falta, até porque o palácio é enorme – sorriu e piscou-me o olho.

– Tudo bem, vamos.

Peguei na minha capa, verifiquei através do espelho se estava bonita e fui-me embora do quarto com a companhia da Yasmin. Provavelmente estou a fazer um enorme disparate ao ir à floresta, pôr a minha vida em risco e nem sequer ter grandes garantias que possa encontrar o Damon. Se ele não apareceu até agora, é porque já não quer saber de mim, é porque pode ter quebrado alguma promessa ou então, não quer se aproximar mais de mim com receio que me apaixone.

A herdeira do trono de FlygiarOnde histórias criam vida. Descubra agora